Mesa de Bar: O Nascimento de Uma Coluna

TODA SEMANA NÓS FICAMOS DISCUTINDO NA REDAÇÃO PARA INVENTAR NOVAS COLUNAS NO CINEMA DE BUTECO. Geralmente acontece um balde de água fria, porque dizem que não existe tempo ou pessoas para produzir esse material. Mas precisamos nos arriscar na vida para sermos felizes e assim nasceu esta nova coluna, Mesa de Bar.

Para começar, Tullio Dias e Lucas Paio discutem sobre como começa uma ideia de coluna.

Tullio: Então… Lucas, você chegou com uma pauta meio louca esses dias para virar uma coluna…

Lucas: Isso aí, Tullio Dias. A ideia nem foi minha, roubei descaradamente do New York Times, mas se é pra roubar, melhor que seja de fontes fidedignas.

Tullio: Que cara de pau! Ainda admite isso para o pessoal! Nossos leitores nunca mais mandarão caipirinhas para você. Mas explica isso melhor. Como é que vai funcionar essa coluna especificamente?

Lucas: A coluna nada mais é do que um bate-papo por escrito. Uma conversa de bar transcrita em letras, vírgulas e pontos finais. Um diálogo informal sobre cinema, atualidades, polêmicas e o que der na nosso telha, como é a cara do Buteco.

Falando em caipirinhas, ainda estou aguardando aquela que você prometeu quando ganhei o bolão do Oscar em 2014. Depois fala em cara de pau…

Tullio: A crise é brava e as chances de te mandar uma caipirinha por Sedex são nulas. Desculpa aí!

Entendi. Basicamente vamos falar sobre notícias ou assuntos diversos dessa forma mais descontraída. Quase como se a gente tivesse registrado um papo no chat do Facebook ou WhatsApp?

Lucas: Exatamente. Só que sem usar “kkkkkkk”, polegares pra cima ou emojis (dane-se que os Oxford Dictionaries tenham declarado a carinha feliz derramando lágrimas como “palavra do ano” em 2015).

Tullio: Curti demais essa ideia, cara. Aliás, é muito legal a gente colocar em prática material novo. Esse ano estamos com fogo no cu, né? Já foi a Histórias de Cinema, Filmes Assistidos Durante o Mês… e sem falar no novo layout (que inclusive saiu do papel graças ao Felipe Borba e você, né? <3). Como é que funciona o seu processo para dar ideia de uma nova coluna?

Lucas: É simples. Eu tenho uma equipe de Oompa Loopmas que trabalham exclusivamente com a criação de novas colunas, dedicando dezessete horas por dia à tarefa. As outras sete horas restantes são mais bem gastas financeiramente, já que envolvem uma mina de adamantium nos cafundós de Pandora, mas são as ideias de colunas que realmente nos satisfazem. Nosso muito obrigado aos Oompa Loopmas por mais esta contribuição.

Tullio: São 20h30 no Brasil e eu entendo que você esteja bêbado, mas se o seu processo criativo realmente envolver chompalompas, acho que você tem um probleminha com drogas. Hahahaha

Lucas: “Oompa loopma doompadee doo, I’ve got another puzzle for you.”

Espumante barato de supermercado não é droga, Tullio Dias. Mas talvez o efeito seja o mesmo.

Tullio: Espumante na Alemanha parece diferente do brasileiro… só se for.

Lucas: Olha, aqui você consegue espumante e vinho no supermercado a preços bem acessíveis. Rolou uma promoção outro dia de 1 euro a garrafa. Diferente de uma cachaça, que é vendida a 10 euros. Cachaça Pitú, Velho Barreiro e 51.

Tullio: Meu velho, eu passaria mal aí com uma cachaça vendida a 10 euros. Finalmente pararia de beber. Mas é sério. Como é que funciona esse seu processo criativo para inventar as coisas? Até falando sobre os curtas que você fez

Eu geralmente costumo ter as ideias em conversas ou mesmo quando vejo alguma coisa legal, como foi o caso aqui. Mas acredito que as melhores ideias vieram num bar conversando com os amigos. A Histórias de Cinema foi mais ou menos assim. Aliás, minto. Ela é inspirada na Essa me Lembra Você, do Audiograma. Tive a ideia depois que terminei um relacionamento e fiquei com ódio de determinada música. Percebi como é comum fazer essas ligações afetivas com obras de arte e nasceu a coluna!

Lucas: Cara, as ideias surgem de qualquer lugar. A ideia desta coluna realmente veio de um formato parecido no New York Times, enquanto outras colunas (como a Buteco Pelo Mundo, que está uns dois anos atrasadas mas retornará triunfalmente em breve) surgem da vontade de ler algo que ainda não existe. Então só nos resta escrever…

Tullio: Escrever se torna um vício, né? Dizem que a produção é 99% transpiração, mas aquele 1% inspiração faz a diferença.

Acho que deu para o pessoal pegar a ideia de como vamos trabalhar nessa coluna, né? Só precisamos definir se será semanal ou sempre que tiver conteúdo… Afinal, já tem o trailer de Rogue One para ser discutido…

Lucas: Deu sim, nossos leitores são sagazes. Quanto à periodicidade, semanal me parece a melhor opção, comentando as principais notícias da semana, mas com edições especiais — com direito àquela musiquinha do plantão – quando alguma notícia bombástica pintar por aí.

Falando em Star Wars, talvez no próximo papo você finalmente revele pra gente se é parente do Sifo Dias.

Sifo-Dyas Star Wars