Mesa de Bar: Sexo, cinema e Terrence Malick

TODA SEMANA, A REDAÇÃO DO CINEMA DE BUTECO se reúne numa mesa de bar virtual e discute as principais notícias do cinema dos últimos sete dias – ou simplesmente o que lhes vier à cabeça. Especialmente pelas próximas semanas, o Lucas Paio irá tirar alguns dias de folga e o Tullio Dias comandará a coluna SURPREENDENDO os membros da sua equipe sem aviso prévio, como fez com a DANI PACHECO nesta edição:

Tullio Dias: Olá, Dani Pacheco, também conhecida como a minha musa das críticas de cinema! Tudo bem contigo?

Dani Pacheco: Oooi! Joia e você? Tá tudo bem? Está cedo… rs [eram 9h da manhã]

Tullio Dias: Está cedo porque às vezes até as criaturas noturnas, como eu, precisam ver o sol para absorver um pouquinho de vitamina D. Dizem que quinze minutos de exposição diária basta. Mas não quero falar sobre nutrição e prevenção de doenças nesse momento, pois esta é a sua primeira participação na coluna mesa de bar! AEEEEEEEE

Dani Pacheco: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Tullio Dias: Esse meu talento para fazer as pessoas rirem. Nunca sei se é de mim ou comigo…

Reflexões à parte, quero falar de uma coisa séria com você. Terrence Malick está com um NOVO longa-metragem, que é na verdade uma espécie de spin-of de seu último trabalho [Knight of Cups], que permanece inédito no Brasil. É isso mesmo?

Dani Pacheco: Não sei se podemos chamar de spin-of. Ninguém sabe nada. Sabemos que o Bale tem algumas cenas, assim como a Blanchett [que estão em Knight of Cups], mas o foco é outro. Esse novo filme, Weightless, é ambientado no cenário musical de Austin. O Ryan Gosling namora a Rooney Mara, que também pega o Michael Fassbender, que também pega a Natalie Portman. A Rooney aprendeu a tocar guitarra para fazer esse filme.

Tullio Dias: É basicamente uma obra como qualquer outra do Malick, né? Mas com um bacanal… Que elenco foda!

Dani Pacheco: apenas sabe-se disso. Não foi divulgado mais nada, fora a parte que tem MUITO sexo… O elenco ainda tem Val Kilmer, Benício del Toro, Holly Hunter e a cantora Florence Welch. A previsão é que será lançado em 24 de junho. Tem gente especulando que Weightless será exibido no Glastonbury!

Tullio Dias: Poxa… Pensei que Love, de Gaspar Noe, seria o mais próximo que os cinéfilos chegariam de um filme pornô dirigido pelo Terrence Malick, mas parece que não…

Teremos cenas de sexo explícitas ou poéticas, hein? hahaha

Dani Pacheco: nem ideia. Um site divulgou que a classificação será 15 anos por causa do conteúdo sexual. E a duração será de 2h25.

Tullio Dias: Cenas poéticas então. Bah.

Glastonbury, para quem não sabe, é aquele Festival musical épico que acontece na Inglaterra, né? O pessoal encarna o clima de Woodstock total, acampa e curte a vibe de músicas boas e natureza. Tenho muita vontade de ir… apesar do peso da idade.

Dani Pacheco: sim, é o maior festival a céu aberto do mundo. Mas isso foi apenas uma suposição por causa do lançamento em junho. Talvez não dê em nada. O filme será lançado no dia 24 de junho, enquanto o Festival vai do dia 22 até 26. Olha aqui as informações!

Tullio Dias: Ah, tá! Então será lançado durante o evento. Gosto dessa ideia de assistirmos a um filme, supostamente, sobre rock num grande Festival como o Glastonbury.

Dani Pacheco: Não, Tullio!!!! kkkkkkkkkk Isso é uma suposição, menino! Não tem NADA confirmado. O site fez essa suposição por causa do tema do filme e da coincidência da época do Festival.

Tullio Dias: Mas eu gosto da ideia de lançarem o filme assim. Até mesmo para fugir muito do convencional ou de lançamentos diretamente em streaming. Só de imaginar a sensação de estar chapado, no meio de um bando de louco e de repente começar a ver um filme do Malick já sinto meu cérebro derretendo…

Dani Pacheco: sim, mas não fale que isso vai acontecer. É uma possibilidade.

Tullio Dias: Pois torço para que essa suposição aconteça! Poderiam aproveitar a chance. E sobre Knights of Cups? O que você acha? Ou achou, se é que já assistiu?

Dani Pacheco: não vi ainda.

Tullio Dias: Mas é uma característica sua, e até bom falar para quem não te conhece muito bem ainda, acompanhar assiduamente as opiniões e expectativas da crítica mundial. Chegou a ler alguma coisa?

Dani Pacheco: eu sei que a recepção foi dividida.

Tullio Dias: Saquei. Eu também não assisti ainda e estou bem curioso.

Mas Dani, antes de finalizarmos, queria que você fizesse uma apresentação (tardia) da sua pessoa. Você está conosco desde 2014, mas como somente agora começamos a trabalhar em determinados conteúdos mais pessoais, o espaço para o pessoal aparecer é maior. Você foi a responsável por muitos materiais que os leitores amaram, como as previsões do Oscar 2016, matéria no dia dos namorados, e especialmente por ter dominado as críticas de lançamentos nos últimos anos. Então, valeu demais pela força e por tudo que já fez pelo site! Só que, mesmo depois desta minha introdução provando que muitos leitores já te conhecem, quero mais… alguma coisa inédita sobre Dani Pacheco.

Dani Pacheco: você está falando pro Mesa de Bar? rsrsrs

Tullio Dias: A Dani também tem essa característica de viajar nas mensagens, como podem ver… hahahaha

Moça, você já está na coluna Mesa de Bar desta semana. HAHAHAHA, só falta você falar um pouquinho de si mesma e podemos encerrar por hoje.

Dani Pacheco: você vai copiar e colar isso? Oi? kkkkkk

O que você quer saber, menino?

Tullio Dias: Sim! É exatamente isso que vou fazer. O Lucas sempre faz isso comigo e estou ansioso para fazer isso com as pessoas. Você e o João Golin serão as minhas primeiras vítimas… 🙂

Uai… O que você gostaria de compartilhar com seus admiradores secretos? Como é que você começou a gostar de cinema? Como é que entrou/conheceu o Cinema de Buteco? Qual a crítica que você gostou mais de escrever? Seus três filmes favoritos? Essas coisas…

Dani Pacheco: Nossa, coisa demais. Bom, gosto de cinema desde pequena e minhas sessões da tarde na Globo. Adorava ver mil vezes Conta Comigo, Curtindo a vida Adoidado, Double Dragon, Beetlejuice, Jumanji, etc. Ir ao cinema com amigos sempre foi algo que eu fiz também, apesar de sempre ver os filmes comerciais da vida. Eu tinha um grupo de amigas que gostava de fazer aquelas festas de pijama e passar na locadora pra procurar coisas diferentes. Nessas aventuras vi muita coisa bizarra e outras até legais, como o terror Jogo dos Espíritos. Bons tempos de adolescência! Somente quando fiquei mais velha, no período da faculdade e até depois, que passei a ver outras produções, especialmente francesas (Marion Cotillard me fez amar o cinema francês e ter vontade de aprender a língua). Com isso, hoje em dia vejo filmes dos mais variados estilos, sem preconceitos. Taí umas das vantagens de crescer e ter a cabeça aberta! Até minhas críticas melhoraram depois que busquei outras fontes cinematográficas. Aquela teoria de que, quanto mais você lê, mais você aprende a escrever melhor, também se encaixa no cinema: quando mais filmes você vê, mais você aprende sobre cinema.

Eu conhecia o CdB desde a faculdade, já que o pessoal da UFMG conhecia muito o site, mas foi numa experiência de trabalho com um certo Tullio que eu finalmente entrei para a equipe. E não vou sair mais! Posso não viver de cinema, mas como hobby já basta pra mim.

Gosto de escrever todas as críticas, mesmo com algumas sendo extremamente difíceis de fazer devido à complexidade ou não do filme. Mas admito que gosto mais de fazer crítica de filmes que ou AMO ou ODEIO, pois sei exatamente o que gostei ou não. Por exemplo, adorei escrever sobre A Grande Aposta e Steve Jobs, dois filmes indicados ao Oscar 2016. Adorei o primeiro e detestei o último.

Filmes favoritos? Faz isso comigo não! Te falo meus atores favoritos, serve? River Phoenix, amor fruto da sessão da tarde com Conta Comigo. Audrey Hepburn, pois ela é diva demais. Ainda tenho que terminar de assistir meu box de filmes dela!

Tullio Dias: Herege… não gostar de coisa do Danny Boyle!

Dani Pacheco: Gosto dele sim!  Não gostei de Steve Jobs e nem de A Praia, mas sou fascinada por Trainspotting.

Gosto mais de outros diretores, como Sofia Coppola, Nolan, Julie Delpy, Kathryn Bigelow, James Gray, Jacques Audiard, José Padilha, Lenny Abrahamson, Ridley Scott (Thelma e Louise, Um Bom Ano e Perdido em Marte são os meus favoritos), George Miller (amo a diversidade dele, com Mad Max e aqueles filmes dos Pinguins). E tem o Pedro Morelli, de Entre Nós e Zoom, que também é muito bom.

Tullio Dias: Como não amar essa garota?

Bom, Dani, muito obrigado por sua participação nessa edição da Mesa de Bar e espero contar com você novamente em breve – de preferência, sem te avisar previamente que vamos produzir o material. HAHAHAHA