Drácula de Bram Stoker

Bram Stoker’s Dracula). De Francis Ford Coppola. Com Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Tom Waits, Monica Belucci.


Ao ler os (ótimos) posts de Fla sobre a Trilogia Poderoso Chefão, o incontestável clássico dirigido por Francis Ford Coppola, me lembrei desde Drácula de Bram Stocker, dirigido pelo já renomado diretor em 1992. É com certeza um dos melhores filmes de terror que já vi, e o melhor (fato) sobre o atormentado Drácula, já que é baseado no romance original de Bram Stoker, o que torna a história do vampiro mais pop do mundo muito mais interessante: é a incansável busca pela reencarnação de sua amada Elisabetha, que foi condenada ao inferno por ter cometido suicídio ao ser vítima de uma conspiração. Após quatro séculos de procura, ele se depara com Wilhelmina Murray, ou Mina (Winona Ryder), que parece ser sua amada de volta a Terra, e pretende conquistá-la, mesmo que para isso tenha que deixar um rastro de sangue por onde passe.
O que Coppola pretende, é criar um clima fantasioso, e ao mesmo tempo assustador. A bela caracterização de Oldman, que se traveste de humano, ao mesmo tempo em que mostra sua verdadeira face (o filme ganhou o Oscar de Maquiagem), e a ambientação do castelo onde Drácula recebe o noivo de Mina, Jonathan Harker (Reeves) remetem a um pesadelo, de onde dificilmente se sairá com vida (a cena em que o Drácula se aproxima de Jonathan “flutuando”, ao mesmo tempo em que a câmera se aproxima, é de arrepiar!).

Drácula de Bram Stoker - Monica Belluci
Monica Belluci vampirizando

Gary Oldman está perfeito como o maléfico conde, demostrando uma incomum capacidade destrutiva (a cena da morte de Lucy, amiga de Mina é impressionante por sua visceralidade), embora seja capaz de questionamentos quase existenciais quando se depara novamente com sua amada, e se dá conta da eterna solidão a que está fadado. O elenco também conta com a participação do sempre ótimo Anthony Hopkins como o Professor Van Helsing, que ao lado de Jonathan, pretende salvar Mina das garras de Drácula e destruí-lo para sempre.
Com um belo final, e alguns bons sustos, Drácula de Bram Stoker, figura, ao lado de Poderoso Chefão, e Apocalispe Now (além da pequena obra prima A Conversação, sobre o qual ainda vou escrever aqui), como um dos melhores filmes de Coppola, que merece ser visto sobretudo para se conhecer esta outra faceta com a qual ele trabalhou tão bem: o terror.