Review Game of Thrones s06e06 – “Blood of my Blood”

Previsível que depois de um episódio incrível como o da semana passada, “The Door”, Game of Thrones pisaria um pouco no freio para acelerar novamente a partir dos quatro próximos capítulos, que serão os últimos da sexta temporada. “Blood of my Blood” é uma derrapada nessa temporada, mas isso está longe de significar um episódio ruim. Muito pelo contrário.

Gosto sempre de apontar as qualidades de Game of Thrones em relação ao respeito com seu telespectador. Se em The Walking Dead somos enrolados eternamente com vários cliffhangers apelativos e a criação de suspense sem necessidade, GoT é objetivo sempre. Logo de cara já descobrimos o que está acontecendo com Bran após a sua fuga. Ele ainda está em transe (parte da sua transformação em Corvo) e Meera se desespera quando percebe que eles não conseguirão escapar da fúria dos zumbis de Extermínio fazendo participação especial em GoT. O que ela não esperava era pelo retorno de Benjen Stark, que passou mais tempo desaparecido do que em cena ao longo desses seis anos.

A volta de Benjen e sua explicação para ter sobrevivido levantam hipóteses de que Lady Stoneheart, uma das personagens mais interessantes do livro, possa realmente se tornar uma realidade no futuro da série. No entanto, sou apenas um leitor das teorias e nunca mergulhei nas milhares de páginas escritas por George R. Martin. Convido você, caro leitor, a deixar sua opinião sobre o tema e se Benjen também se tornou um tipo de White Walker…

De longe, Benjen foi a coisa mais interessante do episódio. O sangue do meu sangue parece ter mais sentido com o seu retorno do que pensar no arco de Gilly e Sam visitando os familiares do gordinho mais simpático da série.

A opção de contar menos histórias por episódio se mostra acertada mais uma vez. Menos arcos significa maior tempo para desenvolvimento, o que acaba envolvendo mais o público. Não ficamos com aquela sensação desconfortável de ver mil coisas acontecendo ao mesmo tempo.

Arya encerrou o seu treinamento. Não do jeito que deveria, mas da maneira como era esperado. O negócio agora é saber se ela não será a morte chocante da temporada, já que a outra aprendiz do Deus de Muitas Faces está babando de vontade de matar a jovem Stark. Se ela escapar e conseguir voltar para a sua terra, o que podemos esperar? Será que um aguardado reencontro Stark será possível sem mais nenhuma baixa?

Tommem nos surpreende a cada episódio como o cara mais pamonha de Game of Thrones, como diz a Path Torres nas nossas gravações do hanGOT. Tommem é um lerdo sem cérebro. Ainda não sabemos o que significa a mudança de comportamento de Margaery Tyrell, mas ela é uma mulher que se adapta fácil ao ambiente. O fato é que a inesperada parceria do Rei com o Alto Pardal frustrou nossos desejos de ver um banho de sangue com o Montanha mostrando tudo que é capaz de fazer, e ainda significou um exílio para Jaiminho Lannister, que partirá para Correrio… Podemos esperar um reencontro dele com Brienne? Será que Tortmund ficará enciumado? Na verdade, me pergunto como Jaime Lannister escapará da morte se cruzar o caminho de Jon Snow…

Sobre a Khaleesi… nada de novo em relação ao que estamos acostumados. Os produtores parecem ter um fetiche (ou uma espécie de regra) que obriga que todos os encerramentos sejam com ela fazendo alguma coisa épica. Não importa se é repetido, se a gente já viu isso antes em outra ocasião, se ela está de roupa ou peladona: o que importa é mostrar Daenerys chutando traseiros. E ela fez isso de novo, ao reencontrar com o seu dragão gigantesco. Será que a pergunta dela sobre os navios levanta possibilidades de Theon e Yara Greyjoy aparecerem para reforçar o seu exército?

“Blood of my Blood” precisava ser mais leve e dosar as emoções para esse episódio. Depois de nos traumatizar em “The Door”, se os produtores seguissem no mesmo ritmo causariam muito sofrimento entre os telespectadores. Às vezes precisamos desses momentos, mas GoT provou que podem existir capítulos “leves” sem que isso diminua a qualidade e excelência da temporada.