Histórias de Cinema #10 – Linha do Tempo e Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Quando digo que o cinema é minha maior paixão não estou brincando; ele faz parte da minha vida e esteve lá em momentos inesquecíveis. Escolhi dois filmes para este post porque eles estão ligados de certa forma, algo que você vai entender no fim do texto.

Começo em fevereiro de 2004, quando tinha 14 anos e finalmente experimentei meu primeiro beijo. Demorei demais? Não? Enfim, não se tem idade para beijar ou fazer sexo, você simplesmente deixa acontecer naturalmente e acontece. No meu caso, a saída ao cinema incluiu outras pessoas (que ficaram bem longe na sala, deixo claro) e o filme escolhido foi um que, hoje em dia, mal lembro do que se trata: Linha do Tempo (2003). Apenas lembro que tinha o Paul Walker.

Entramos na sala, sentamos na última fileira, ele segurou minha mão e o filme foi indo, foi indo, foi indo…a tensão aumentando cada vez mais à medida em que o tempo passava e nada acontecia. Em um momento oportuno, já no final, tem uma cena romântica entre o personagem de Walker e Frances O’Connor e foi lá que o rapaz aproveitou. Mas foi diferente: ele mostrou uma mensagem no celular e eu congelei. Sim, não fiz nada. Passou um tempo e ele mostrou de novo e nada. Até que, finalmente, ele tomou iniciativa e foi direto e aí sim. Foi estranho no início, meio “faço o que agora?”, mas lembro que depois deu tudo certo. O filme acabou e saímos abraçados, enquanto todos os amigos, que estavam atrás, comemoraram. Adolescentes…

Um ano depois descobri que aquele também havia sido o primeiro beijo dele mas tudo bem, entendo por que ele escondeu isso de mim. E foi bom, então não tenho nada do que reclamar!

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

A segunda história entra aqui porque tive uma outra sessão marcante com essa mesma pessoa, só que dessa vez como amiga mesmo. Fomos ao contrário: ao invés de amigos que ficam, fizemos o percurso inverso. Em julho de 2012, fomos ver Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, ambos assistindo-o pela segunda vez.

Foi uma experiência divertida porque ele me mostrava cenas engraçadas que eu não tinha observado anteriormente e eu fazia o mesmo, como algumas expressões do Bane (Tom Hardy) e a morte bizarra da Talia (Marion Cotillard diva, ótima atriz apesar disso ok?). E o melhor: teve problema na exibição do filme e o cinema deu cortesia para quem tinha que ir embora – era um domingo à noite – e não podia esperar o projetor ser arrumado. Meu amigo sugeriu fingirmos ir embora para pegar as entradas e depois retornarmos à sala e foi isso que fizemos. Ele super de boa e eu meio nervosa porque não gosto de quebrar as regras.

Juro que esta é a última parte. O filme acabou e fomos embora já depois de meia-noite, ou seja, somente nós e o restante dos espectadores no estacionamento; fila enorme porque apenas uma saída estava aberta. Já era de se esperar, então eu fiquei tranquila no carro, conversando normalmente com ele. Quando estávamos na metade do caminho, parados, ele me avisou que ia fazer um teste. Não tive muito tempo de reagir e ele botou a mão na minha buzina – eu estava dirigindo. Estava um silêncio total, todo mundo calmo esperando sua vez, mas depois disso não deu outra: buzina atrás de buzina. Dei uns murros nele, ele riu e fomos embora eventualmente.

Enfim, boas experiências!