Resident Evil 7 review

Resident Evil 7 review – Confira a nossa análise completa

biohazard resident evil 7 review ps4Resident Evil 7 Review – Descubra o que nós achamos do novo game da série da Capcom!

Resident Evil 7, novo título da franquia, volta às origens do terror galhofa, apresentado referências cinematográficas e um ótimo humor negro. O título sai do clima de jogos de tiro em terceira pessoa e nos mostra a perspectiva do protagonista num jogo de ação e furtividade em primeira pessoa. Claro que tais novidades não agradaram a todos, mas Resident Evil 7 finalmente retorna ao survival horror que definia seu gênero.

Em RE7 temos um novo personagem, Ethan Winters, que ao receber um vídeo da sua esposa desaparecida há 3 anos, resolve procurá-la em uma fazenda em Louisiana. E assim como alguns filmes do gênero horror, Ethan parte sozinho, sem avisar amigos, parentes ou alertar à polícia sobre o “reaparecimento” misterioso da sua esposa. Ele vai de carro ao suposto local, uma área abandonada com algumas casas e uma mansão. Ethan a encontra presa em uma das casas e ao libertá-la, a loucura se inicia. Sua esposa parece estar possuída e o ataca; numa cena com fortes referências ao filme The Evil Dead (1981). E vale ressaltar, como curiosidade, que sua esposa, Mia, possui o mesmo nome da protagonista do remake Evil Dead (2013). Algo que provavelmente não foi mera coincidência. Após “matar” sua esposa, Ethan é nocauteado por um estranho que lhe dá boas vindas à família. E assim o jogo se inicia.

Ao acordar, Ethan está amarrado em uma cadeira e é apresentado à família Baker: Jack, o pai; Marguerite, a mãe; Lucas, o filho e a vovó. Você foi “convidado” para esse jantar peculiar com sua nova família; uma refeição macabra composta de animais mortos e carne podre. Uma referência ao filme O Massacre da Serra Elétrica ao nos apresentar a família do Leatherface.

Ethan consegue escapar da cadeira e sua jornada tem início. Para fugir da mansão, ele deve resolver puzzles, alguns mais simples e outros um pouco complexos que referenciam filmes como Jogos Mortais. Inicialmente há poucos inimigos na mansão e você passa a maior parte fugindo deles que os enfrentando. Convém destacar que um membro da família Baker o persegue de maneira similar ao Mr. X de RE 2 (ou o Nemesis de RE 3) ; um inimigo imortal que pode aparecer em qualquer momento do jogo.

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As mecânicas deste novo capítulo da série estão um pouco diferentes dos seus antecessores.Além da perspectiva em primeira pessoa, Ethan se movimenta de maneira mais lenta, algo que difere dos FPS atuais. Há também um botão de defesa, algo desde então inédito na série. Aliás, RE 7 tão pouco pode ser considerado um FPS, visto que a ação é bastante moderada. O jogo possui poucos inimigos e também há pouca variedade entre eles. A jornada se passa basicamente na fazenda dos Bakers; no qual as áreas estão interligadas de uma maneira similar aos primeiros jogos da franquia. RE 7 possui gráficos fotorrealistas, considerados até bons para os padrões atuais. Os efeitos de som e luz dão um show a parte. A trilha sonora auxilia muito ao criar tensão no jogo, a assustar até quando estamos esperando. O título também pode ser jogado com o capacete de realidade virtual da Sony, o Playstation VR, que ajuda a criar a sensação claustrofóbica que o jogo quer transmitir.

RE 7 ainda conta com dois dlc’s que já foram lançados até o momento dessa análise e um terceiro que virá em breve. O primeiro DLC , Gravação Proibida vol 1, nos traz um personagem que aparece em uma parte do jogo, no qual o mesmo está preso em um cômodo da mansão e deve fugir resolvendo uma série de puzzles. Algo similar a um escape room. Além disso, há também um modo sobrevivência no qual você passa algumas horas em uma parte da casa; contado com algumas armas e itens de cura. A segunda DLC, Gravação Proibida vol 2, mostra uma parte importante da história dos Baker; traz um jogo de cartas com algumas peculiaridades e um novo modo sobrevivência, no qual você deve alimentar o patriarca da família enquanto enfrenta inimigos pela casa. E finalmente, a terceira DLC trará uma aventura com um personagem importante da franquia e será gratuita. Pelo preço cobrado e pela sua importância no jogo, não vejo vantagem alguma em adquirir as expansões. Elas agregam pouco ao jogo principal e podem ser finalizadas em poucos minutos.

Em suma, RE 7 foi uma ótima surpresa neste começo de ano. A série precisava se renovar, pois a fórmula antiga já se encontrava desgastada. E Resident Evil mesmo não tendo inventando o gênero survival horror, sempre encontra maneiras de aperfeiçoá-lo. Se gosta da série nos moldes antigos ou mesmo se é um novato que curte um bom jogo de horror, RE 7 é um excelente jogo que vale a pena conferir.

Disponível para Xbox One, Playstation 4 e PC. Lançamento: 24/01/2017