Top 5 – Os melhores filmes da Netflix em 2016

Quem é que nunca parou na frente da Netflix e ficou procurando durante horas por alguma coisa para assistir? Pois é. Pensando nisso, o Cinema de Buteco estreou uma lista inédita para a retrospectiva 2016: os melhores filmes da Netflix.

Para esse primeiro ano, vamos ter que nos contentar com apenas 5 dicas imperdíveis na grade da Netflix. Selecionamos apenas o material produzido pelo serviço de streaming favorito dos nossos leitores, ou seja, essa lista é dedicada exclusivamente para o material original da Netflix lançado em 2016. OK?

Apreciem sem moderação!

5- Hush

Escrito e dirigido por Mike Flanagan, Hush se destaca pela simplicidade. Além da protagonista Madie (Katie Seagal, que divide os créditos do roteiro com o diretor), temos o assassino, uma garota que aparece pelo Skype e um casal. O roteiro também não é lá muito diferente do que se vê por aí no gênero, mas é o diferencial de ter uma personagem surda fugindo de um assassino que chama a atenção.

4- ARQ

RQ (Tony Elliot, 2016) é um autêntico representante do gênero sci-fi e uma das presenças obrigatórias em qualquer ranking de melhores filmes de ficção-científica de 2016. O longa-metragem produzido pela Netflix foi uma das surpresas da temporada e apresenta uma curiosa história sobre loop temporal, traições e mistérios.

ARQ conta a história de um casal que é atacado em casa por um grupo de bandidos interessados num segredo que o homem guarda. Durante o tempo em que são mantidos como reféns, as coisas dão errado e o cara acaba morrendo. Milagrosamente, ele acorda e vive novamente o mesmo dia sucessivas vezes até descobrir o que precisa fazer.

3- Jadotville

Jadotville é baseado em uma história real sobre um grupo de militares irlandeses que são atacados por tropas hostis na África Central em retaliação às ações das Nações Unidas.

Dirigido por Richie Smyth, cujos créditos no IMDb incluem um agradecimento pelo incrível filme de terror Citadel (eleito pelo Buteco como o melhor de 2012), o longa apresenta o galã Jamie Dornan (50 Tons de Cinza) no papel principal de um comandante inexperiente de um exército que nunca entrou em combate antes.

2- Fundamentals of Caring

Paul Rudd, agora mais lembrado como o Homem-Formiga da Marvel, é um sujeito extremamente carismático que traz uma simpatia natural para os projetos dos quais participa. Mesmo que seu personagem esteja num momento bem sombrio, sem rumo, torcemos por seu restabelecimento. Ben, o sujeito em questão, está se separando e não se vê escrevendo um novo livro. Por isso, faz um curso e vira cuidador de pessoas com necessidades especiais. A primeira vaga à qual se inscreve o leva à casa de Elsa (Jennifer Ehle, de Cinquenta Tons de Cinza, 2015), onde ele conhece o filho dela, Trevor (Craig Roberts, de Anjos da Lei 2, 2014), acometido por uma distrofia muscular rara. Ben e o jovem parecem se entender e ele é contratado. Trevor tem um humor peculiar que envolve piadas de cunho sexual e outras relacionadas à sua condição. (Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro)

1- A 13ª Emenda

Produção de Ava DuVernay para o serviço de streaming Netflix, A 13ª Emenda exala relevância e contundência. Realizando um resgate histórico, propõe-se ao entendimento do final da escravidão enquanto um mero renascimento disfarçado da lógica racista na organização social estadunidense, a partir deste ponto sendo velada sob os pretextos da “guerra às drogas” e do “combate ao crime”, motivadores do endurecimento inadequado das leis – realizado pelas figuras mais inesperadas – e da massificação do encarceramento; ao corretamente dar voz àqueles que sofreram com o hostil cenário norte-americano, o documentário torna-se instrumento de transformação, enquanto contextualiza-se de maneira progressivamente eloquente à atualidade ao embasar factualmente uma noção cujo conhecimento já deveria existir: das práticas policiais racistas à sobrecarga do sistema carcerário, todas as medidas públicas de caráter retrógrado – racistas, xenófobas etc -, inibidoras do progresso, invariavelmente sustentam seu desumano esqueleto com uma motivação fundamentalmente financeira e corporativista – e isto jamais dirá respeito apenas à realidade dos Estados Unidos da América. (Leonardo Lopes)