Oscar 2016 Beasts of no Nation

Top 5 – Melhores Filmes de Guerra de 2015

COM OS RECENTES NOTÁVEIS sucessos de público O Grande Herói e Sniper Americano – este, presente em nossa lista -, além das constantes – e muito boas – investidas de Kathryn Bigelow na temática, a guerra voltou a viver intensamente no Cinema – e os projetos antibelicistas também são responsáveis por isto.

Marca desta espécie de subgênero, a contextualização de seu tempo mantém-se como fator primordial em suas produções – retratando conflitos de seu período direto, ou de maneira metafórica, refletindo o presente através do passado; se antes tivemos explosões hollywoodianas com a Segunda Guerra Mundial ou a Guerra do Vietnã (não do modo ideal), hoje os conflitos do Oriente Médio são os mais costumeiros, embora o passado continue vindo à tona. De qualquer forma, o Cinema de Buteco reúne agora algumas das mais interessantes produções de guerra de 2015. Confira:

Oscar 2016 Beasts of no Nation

5- Beasts of No Nation

Beasts of No Nation foi o primeiro longa-metragem produzido pelo Netflix e que estreou direto no serviço de streaming. Se a indústria do cinema fosse justa, a produção de Cary Fukunaga (True Detective) estaria firme e forte na disputa pelos prêmios de melhores filmes do ano. Visceral, frio e emocionante, o filme acompanha a vida de uma criança depois que ela é transformada em um soldado e começa a lutar na guerra civil da África do Sul. (Tullio Dias)

Macbeth (Michael Fassbender) – Macbeth

4- Macbeth – Ambição e Guerra

É uma adaptação com falhas, sim, e William Shakespeare deve estar se remoendo ao ver Lady Macbeth tão pouco utilizada por Justin Kurzel. Por outro lado, o filme britânico se destaca pela maneira poética, intensa e humana que relê a clássica obra sobre um casal que chega ao poder ao matar um rei. A fotografia de tirar o fôlego, o elenco impecável, sobretudo a química entre Michael Fassbender e Marion Cotillard, e as cenas de ação à la Game Of Thrones, tornam esta versão um prato cheio para quem busca algo diferente do que já foi feito antes. (Dani Pacheco)

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guia de 2015 - sniper americano

3- Sniper Americano

Sniper Americano retrata a vida do atirador Chris Kyle, um homem que serviu ao seu país eliminando mais de 160 homens do exército inimigo – incluindo mulheres e crianças. A guerra não é bonita e Sniper Americano trabalha com as consequências disso na cabeça dos envolvidos. Não chega a ser tão agressivo e cru quanto Corações de Ferro, com Brad Pitt, mas a visão mais leve em nada prejudica a qualidade do filme, que pode ser considerado como um momento de reconciliação de Eastwood com o cinema depois de tantos trabalhos de qualidade duvidosa. (Tullio Dias)

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Corações de Ferro Brad Pitt

2- Corações de Ferro

Sob o comando de David Ayer, Corações de Ferro ganhou impulsão, voracidade e intensidade na condução de sequências tradicionais de embate militar – título que melhor o fez neste ano -, ainda que não as realize de maneira convencional – afinal, trata-se de um “filme de tanque”. Se as características negativas características do Cinema de guerra estão lá, como o traços de ufanismo e os estereótipos, as positivas também, a exemplo da retratação crua do período conflituoso e do fato de a relação de união desenvolvida entre as personagens passar a importar bem mais do que a ação em si. (Leonardo Lopes)

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Espionagem-2015-Ponte

1- Ponte dos Espiões

A contextualização de Ponte dos Espiões no período da Guerra Fria, quando o conflito militar e político se deu essencialmente num caráter ideológico e, neste âmbito, foi capaz de envolver uma parcela majoritária da população civil, é fundamental para o desenrolar da narrativa e seus comentários – quase despropositais de tão sensíveis – sobre a nossa atualidade global (especialmente em nosso país, vejam só): vivia-se um cenário de absoluta intolerância, no qual ódio e asco eram imediata e impiedosamente despejados pelas pessoas sobre quaisquer outras que pensassem diferente; e ai de quem ousasse agir de maneira humana, colocando o senso de justiça e a tolerância acima de diferenças ideológicas – poderia se tornar ferozmente ameaçado, como ocorreu com nosso protagonista, o advogado James Donovan (Tom Hanks). Este cenário parece cada vez menos distante do nosso senão por alguns anos de diferença – e Ponte dos Espiões é um filme que, como seu protagonista, clama por acrescê-lo de mais humanidade. (Leonardo Lopes)

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