Review: Outcast s01e7 – “The Damage Done”

Os medos do Reverendo Anderson parecem funcionar como combustível para reviver a sua força. E fé. Depois dos eventos do episódio anterior, o personagem parece ter se reencontrado e aceitado o seu lugar no mundo. Ao invés de lamentar não ter o dom de Kyle, o Reverendo arregaça as mangas para iniciar a sua luta – mas faz isso da pior forma possível.

Geralmente temos personagens religiosos transformados em vilões ou tipos esquisitos para nos dar medo. São poucas as exceções, como o caso de O Exorcista, que convenhamos tem um padre com um papel muito bem definido, além dele não ser um maluco pregando o tempo inteiro. Logo, é interessante ver a maneira como o Reverendo Anderson é trabalhado e como o roteiro faz os personagens olharem para ele como um verdadeiro lunático, enquanto nós, como telespectadores, sabemos que toda aquela pregação alucinada fazia sentido e que ele estava querendo realmente combater o mal. Uma inversão curiosa.

Ao mesmo tempo temos mais informações sobre o passado de Kyle, cuja habilidade especial de descobrir o capeta no corpo das pessoas é usada pelo chefe de polícia, que incrédulo com a chance do amigo cometer um crime, prefere acreditar que é obra do demônio. Pois é.

A esposa de Kyle, Allison, relembra o que de fato aconteceu naquele dia em que foi possuída. Demorou um pouco para acontecer – convenhamos, estava ficando um pouco chato a quantidade de vezes em que ela tinha flashs de memória e nada ficava – mas agora tudo ficou bem claro para ela, que decide visitar o marido para uma noite de amor e deixar a filha sob a sua guarda. Nisso temos a melhor cena do episódio (não estou falando apenas dos seios da Kate Lyn Sheil), quando Kyle e sua filha observam a casa do falecido vizinho cheia de névoa agourenta ao seu redor.

“The Damage Done” é um episódio irregular, mas cheio de revelações e momentos importantes. A série caminha para a sua metade final com um saldo positivo e com os mistérios se esclarecendo aos poucos, no ritmo adequado.