Review: It’s Always Sunny in Philadelphia s11e02 – “Frank Falls Out the Window”

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Tem alguma coisa com as histórias criadas pelos roteiristas de It’s Always Sunny in Philadelphia, que quanto mais vezes repetidas e referenciadas, elas conseguem ficar mais divertidas ainda. Parece que teremos muito disso nessa décima primeira temporada. A  perda de memória de Frank neste segundo episódio, foi mais um pretexto dos produtores para entrarmos direto no túnel do tempo relembrarmos mais alguns desses hilários momentos da história do show que, pasmem, já acompanhamos por mais de uma década.

Acreditem ou não, já fazem dez anos desde que Frank entrou na vida da gangue. Com o propósito de ensinar uma lição aos seus filhos, o personagem acabou se encontrando na vida boêmia e dando um rumo completamente diferente à sua história de vida. A contusão cerebral que leva o personagem diretamente para 2006, entrega de mãos beijadas nas mão de Dee e Denis a oportunidade de reescrever a história e finalmente conseguir tirar algum dinheiro de Frank. Tudo o que eles precisavam fazer era evitar que ele entrasse em contato com certos gatilhos de sua memória.

Porém, assim como nós não podemos apagar da nossa memória todos esses momentos marcantes de Frank no show, ele acabou esbarrando também com várias dessas situações que o levaram a recuperação da sua memória. Voltamos ao restaurante que Frank atacou de espião, ao strip club, relembramos o tão famoso presunto de rum, que me levou direto para “The Gang Goes To The Jersey Shore”… E já que estamos falando na segunda temporada, porque não curtir um pouquinho de Denis and Dee de volta ao vício do Crack, tentando o seguro social novamente e insinuando que as coisas ficaram muito mais largadas no governo Obama. Sensacional, até a atriz que interpretou a assistente social estava de volta no papel. Impecável!

Por falar em Denis e Dee, a maravilhosa química de Glenn Howerton e Kaitlin Olson das primeiras temporadas, parece que voltou com tudo. Ver Dee segurando aquelas lagostas e eles dançando ao som de Wyclef Jean, foi uma das partes mais hilárias do episódio. Aliás todo o paralelo dos irmãos com a história do desvio de verbas do cantor, para a caridade no Haiti, foi uma sacada de gênio de quem escreveu esse episódio. Mas não parou por ai, ainda tivemos uma boa dose de realidade, com eles jogando as verdades um na cara do outro, Denis surtando com sua calvíce e claro, os dois acordando “no crack”.

Charlie e sua procura por um novo roomate acabou ficando em segundo plano, mas não menos engraçada, nos proporcionando os flashbacks da faca de tirar caraca dos dedos de Frank, e o engraçadíssimo diálogo do comer ou não comer a comida de gato. E Para a felicidade do personagem, quem apareceu também em busca de um lugar para morar foi a garçonete, que participou de seu segundo episódio seguido essa temporada. Outra coisa muito engraçada com Charlie, que não poderia deixar de comentar, foi a cena em que ele não sabia a letra de “Gone Till November” e toda a gangue ficou encarando ele. Como eu ri dessa cena boba.

Parece que é exatamente em cima desses momentos simples, como encasquetar com uma música ou um filme, que está o grande trunfo do show. Que se prevalece não pela quantidade de bizarrices e críticas sociais abordadas, mas pelo fato dos personagens sempre levarem tudo isso para o mesmo lugar comum, com seus comportamentos desprezíveis e ridículos. Se a temporada continuar assim fazendo reverência à todos esses momentos incríveis de sua história, prevejo um grande ano pela frente, para a série.