Review: Demolidor s02e11 – “.380”

Demolidor 038
Em “038”, Demolidor e Justiceiro continuam tentando descobrir quem é o Blacksmith, o terrorista que levou a promotora Reyes a organizar a operação policial desastrosa que acabou num massacre público e com a morte da família de Castle.

Apesar do Demolidor ser o meu terceiro personagem de HQ’s favorito (Batman e Homem-Aranha possuem espaço maior nesse coração congelado), li apenas as graphic novels e raramente acompanhei as aventuras mensais do protetor da Hells Kitchen. Portanto, desconheço o verdadeiro poder da Mão e sua importância na mitologia do personagem. Nesse episódio temos a certeza de que esses ninjas ainda darão muito trabalho para o Demolidor, mas o intrigante de verdade é entender qual é a das crianças zumbis.

Já na introdução, pegando o gancho direto do final do capítulo anterior, temos uma grande sequência de luta do Homem Sem Medo contra um grupo enorme de ninjas, que acaba matando uma das enfermeiras e quase liquida a coitada da Claire também, se não fosse a intervenção do herói. Me incomodo com essas aparições na hora exata porque são clichês e tentam recriar coisas que funcionavam nos quadrinhos numa época em que as exigências do público eram discretas e era fácil de agradar. A segunda temporada de Demolidor abusa disso.

No campo as “referências”, ao ser jogada pela janela do hospital, Claire se torna a Gwen Stacy por alguns instantes antes do Demolidor pular atrás dela e impedir a morte certa. Quem viu O Espetacular Homem-Aranha 2 sabe bem do que estou falando.

Sobre Claire, que é uma personagem que comentei poucas vezes, pode ser dito que se trata de uma mulher que se doa completamente para seus ideais. Uma pessoa que faz atos tão ou mais heróicos que qualquer outro justiceiro das ruas da cidade. Gosto especialmente de como ela não se deixa abalar pelo risco de perder o emprego quando a direção do hospital tenta encobrir o assassinato da enfermeira por acreditar que “seria ruim para os negócios”. Curioso para saber como será a participação de Rosario Dawson na série agora que se demitiu.

Um dos melhores momentos do episódio 11 envolve essa curiosa relação de afeto de Karen e Frank Castle. A dupla tem uma discussão sobre sentimentos que termina com uma verdadeira lição de moral do Justiceiro (“Você ama Murdock. Só pessoas que estão próximas conseguem nos fazer sofrer e a minha esposa fazia o mesmo comigo. Eu nunca vou sentir isso novamente. Não perca essa chance.”) antes de revelar que usou a loira como isca para atrair dois bandidos para a lanchonete em que estavam conversando. As cenas a seguir mantém o nível de violência gráfica de todas as outras protagonizadas pelo Justiceiro.

Através de suas investigações individuais, Demolidor e Justiceiro se reencontram no barco que entrega a heroína do Blacksmith. Óbvio que quebram o pau mais uma vez – com a primeira “vitória” do Demolidor na luta, depois de levar duas surras – antes de se aliarem e tentarem escapar de um novo grupo de terroristas que chegou para completar o serviço. Castle joga Murdock para fora do barco, que explode sem deixar nenhum “sobrevivente”.

O episódio termina com Elektra partindo para a sua vingança contra Stick e nos deixando arrepiados ao perceber que a morena realmente está bolada com a vida agora. Sangue no olho. Querendo sangue.