Crítica: Rocky Horror Show (Teatro)

Rocky Horror Show é uma celebrada obra cult. Podemos fazer essa afirmação tanto acerca de sua versão para o cinema, quanto a seu espetáculo ao vivo, no palco, onde teve sua estreia. O ator britânico Richard O’Brien criou a sensação musical que estreou em 1973 em um pequeno teatro em Londres, para dois anos depois atuar e adaptar o roteiro para o cinema. Nas telas, o sucesso só veio depois, mas virou febre nas sessões da meia noite, quando o público não só assistia aos infortúnios do casal Janet Weiss e Brad Majors no castelo do Dr. Frank’n’Furter, mas participava do filme usando de acessórios condizentes às cenas, interagindo com os diálogos, cantando e dançando as divertidas coreografias.

Charles Möeller assina e acerta na direção de uma afiada versão de Claudio Botelho para o enredo musical que transcende classificações se perdendo entre ficção científica, comédia e terror, entregando nada menos que uma divertidíssima experiência teatral!

Já no início, podemos ter o gosto do que está por vir, quando, em “Science Fiction”, ambientamos nossa imaginação com os cartazes de filmes “Lado B” das décadas de 40 a 70. Brad pede Janet em casamento e os dois decidem viajar à cidade natal, onde se conheceram, para convidar um velho amigo para apadrinhá-los. No caminho, o pneu do carro fura em meio à uma tempestade e eles decidem pedir ajuda em um excêntrico castelo, propriedade do Dr. Frank’n’Furter, que naquela noite dá vida à sua nova criatura, que tem ares de Frankenstein: Rocky.

Marcelo Medici nos toma por assalto, superando seu já conhecido tempo ritmo preciso e sua interpretação refinada, nos conduzindo na trama com maestria. Todo elenco se diverte em cena em absoluta sintonia numa digníssima homenagem a tudo que o musical representa, dando vida aos excêntricos personagens que vivem naquele castelo e segurando o fôlego da plateia, sem nos deixar escapar por nem um segundo.

A simples, porém genial cenografia nos dá elementos para construir os ambientes do castelo conseguindo sempre deixar o palco aberto, como em um verdadeiro show de música, ou, mais apropriadamente: um show de Glam Rock!

“Não sonhe, SEJA! ”

Essa é a famosa mensagem que o Dr. Frank’n’Furter nos deixa. E não poderíamos sair menos inspirados do teatro! Na peça, o público não canta junto, nem participa das cenas como nas sessões especiais de cinema, mas marca presença com os aplausos acalorados aos finais dos números e as gargalhadas divertidas que não cessam. Alguns ainda vão às sessões com figurinos dos personagens e sobem ao final do agradecimento para dançar com o elenco.

O espetáculo reestreia dia 10 de fevereiro no Teatro Porto Seguro em São Paulo e os ingressos já estão à venda!

FICHA TÉCNICA

Autor: Richard O’Brien
Um espetáculo de Charles Möeller & Claudio Botelho
Elenco: Marcelo Medici, Bruna Guerin, Felipe de Carolis, Gottsha, Thiago Machado, Jana Amorim, Nicola Lama, Felipe Mafra, Marcel Octavio, Vanessa Costa e Thiago Garça.
Texto, Música e Letras: Richard O`Brien
Versão Brasileira: Claudio Botelho
Direção: Charles Möeller
Coreografia: Alonso Barros
Cenografia: Rogério Falcão
Direção Musical: Jorge de Godoy
Iluminação: Rogério Wiltgen
Visagismo: Beto Carramanhos
Design de som: Ademir de Moraes Jr.
Coordenação Artística: Tina Salles
Direção de Produção: Beatriz Braga
Produção Executiva: Edson Lopes
Assistente de Direção: Gustavo Barchilon
Assistente de Coordenação Artística: Lorena Morais
Assistente de Coreografia: Vanessa Costa
Pianista ensaiador: Marcelo Farias
Assistente de Produção: Bruno Avellar
Assessoria de Imprensa: Factoria Comunicação
Mídias Sociais: Leo Ladeira
Realização: Möeller & Botelho

SERVIÇO

ESTREIA 10/02/2017
Sextas e sábados, às 21h
Domingos, às 19h

Duração: 90 minutos de duração + 15 minutos de intervalo
Gênero: Teatro Musical
Classificação Etária: 14 anos
Local: Teatro Porto Seguro (Alameda Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos)

INGRESSOS

Plateia: R$ 120,00 / R$ 60,00 (meia-entrada)
Balcão: R$ 50,00 / R$ 25,00 (meia-entrada)
Frisas: R$ 90,00 / R$ 45,00 (meia-entrada)