9 – A Salvação

Após ler a crítica de Pablo Villaça no aniversariante do mês Cinema em Cena, descobri que a história de 9 – A Salvação começou em um curta-metragem. Isso explicaria o motivo do filme ser tão vazio no que diz respeito ao roteiro. Concordo plenamente com Villaça, que diz que “certas histórias precisam apenas de 10 minutos para serem contadas”. A trama é tão básica, tão bobinha, mas mesmo assim… tão legal, que até se entende o motivo do diretor Shane Acker ter resolvido arriscar extender sua história.

O mais interessante em 9 – A Salvação, tirando o óbvio que é a excelente animação (dá para imaginar fácil um jogo baseado no filme), é o time de produção: Tim Burton (ele se amarra em coisas estranhas, não é mesmo?) e o russo Timo Bekmambetov (dirigiu O Procurado). Com um time desses por trás dos bastidores, é realmente dificil fazer feio. Mas Acker chega bem perto!

A voz do personagem principal ficou para o ator Elijah Wood. Jennifer Connelly e John C. Reilly também deixaram suas vozes registradas no filme. Destaque para o 5 (que tem a voz de Reilly) e sua carência e instinto de proteção, mesmo sendo um bonequinho caolho. Uma pena que os personagens não foram bem trabalhados, poderiam gerar momentos divertidos para o público.

O motivo dessa falta de detalhamento dos personagens pode ser o roteiro. Não convence, sabe? Tentei puxar algumas referências e o máximo que consegui foi um Wall-e com bonequinhos de pano. A premissa das máquinas se voltarem contra os homens nunca foi das minhas favoritas e é um tanto chata quando feita sem a devida atenção. Tudo bem que o público que se interessa por uma animação como 9 – A Salvação, não deve estar realmente atrás de uma boa história amarrada. Se a trama fosse tão boa quanto os efeitos, poderiamos ter um grande (pequeno) filme aqui.

Dou 2 caipirinhas.