As Aventuras de Sammy

Logo após seus primeiros passos, Sammy, uma tartaruguinha marinha começa sua volta ao mundo pelos oceanos e continentes do planeta, em busca de seu grande amor, Shelly.
O próprio Sammy é quem narra a história em flashback e conta suas aventuras, que já começam desde seu nascimento, em 1959.

É interessante ver uma animação, não Hollywoodiana, apresentando uma técnica bastante elaborada, principalmente no que se diz respeito à tecnologia 3D. Muito bem feita, ela nos faz mergulhar pelas maravilhas do fundo do mar, fazendo-nos sentir parte de tudo aquilo. As imagens, as paisagens… Tudo é muito perfeito e isso mostra que estamos cada vez mais perto de um novo estilo de se ver cinema.

Outro ponto positivo para a animação é a trilha sonora, que está sensacional. É coerente e nos envolve ao longo da trama. O playlist vai de Mika (Love Today) a Michael Jackon (Ain’t No Sunshine), passando pela famosa Free, de Donovan Frankenreiter e The Mamas and Papas com Califórnia Dreamin, entre outras raridades do Surf Music.

E como não poderia faltar, o filme é recheado de personagens que vão encantar a garotada além de possibilitar a reflexão sobre o amor, amizade e sustentabilidade. O contato dos humanos com os animais é outra questão bastante explorada, desde suas ações que afetam negativamente o meio natural, quanto nas corajosas atitudes de ativistas ambientais.

Mas, quem vai assistir esperando algo parecido com Procurando Nemo, que pra mim, ao lado de Toy Story, está entre as melhores animações dessa década, provavelmente VAI SE DECEPCIONAR.

“As Aventuras de Sammy”, está longe de ser a melhor animação de 2011, pois apesar de ser super bem-feita, deixa a desejar no enredo. Hora nenhuma eu vi ou senti que Sammy estava em uma grande aventura. Em sua volta ao mundo, apenas dois lugares mostravam que ele estava por outras “bandas”. É um filme bastante infantil, com questões psicológicas e lições de moral não tão profundas como nesses dois primeiros que citei. Não tem um final surpreendente e confesso que a certa altura comecei a bocejar…

Pelo sim, pelo não e pelos acertos quanto às técnicas e tecnologia usadas, dou ao filme 3 caipirinhas e fico por aqui.