MELHORES FILMES DE DRAMA DOS ANOS 2010 - Vantagens de ser invisível

Top 10 – Filmes de Romance de 2012

Filmes de romance de 2012… Ou “Não existe amor em 2012” diriam os desavisados numa primeira olhada nos filmes lançados esse ano. O ano de 2011 foi AQUELA coisa, né? Um romance é um romance, e um pente é um pente: Von Trier, Ryan Gosling, Woody Allen. Mas e 2012? Tá, até que 2012 não foi muito diferente em termos de “participantes”: tivemos Woody Allen, Kirsten Dunst, Xavier Dolan… Mas em termos de qualidade, devo dizer que 2012 precisaria de uma daquelas pílulas azulzinhas pra ver se melhorava um pouco a situação.

Já deixo avisado que vocês não encontrarão nenhuma referência ao final da Saga Crepúsculo, porque isso pra mim é outro nível!

ATENÇÃO para três coisas: 1) os filmes listados abaixo são filmes lançados no Brasil em 2012; 2) este post pode conter spoilers; e 3) os filmes não estão em ordem de preferência. Vamos lá…

Filmes de Romance de 2012 - Entre o Amor e a Paixão

10 – Entre o Amor e a Paixão

Ahhh a banalização do “eu te amo”… Numa tentativa de resgatar o mínimo que possa existir desse sentimento. O filme fala sobre um casal formado por Michelle Williams (Margot) e Seth Rogen (Lou)… Já tá errado aí, né? Aliás, se trocassem o nome do filme pra “Sinta pena do Seth Rogen” também funcionaria… Ou não! Sem carisma nenhum como bom moço romanticuzinho coitadinho, a atuação de Rogen como mocinho deixou a desejar. Isso sem contar que a Michelle Williams nunca mais será Michelle Williams sem o Ryan Gosling, né? Ahhhh 2011! Enfim, posso dizer que a história da Margot com o Lou é bonitinha, mas a quantidade de “eu te amos” dita pelo casal já é um indicativo de que as coisas não vão bem (afirmação demais é sinal de que falta crença, não é mesmo?). Aí chega Daniel (Luke Kirby) e balança um pouco a estabilidade acomodada do casal. Mas essa coisa da mulher ser cheia de “questões” e os diálogos esquisito-bacaninhas não pegaram pra mim. No final das contas, pensando o filme pelo conjunto dá pra rir um pouco com as besteiras do casal, dá pra se apaixonar um pouco pelo “outro” e dá pra acreditar que a Margot estava de fato confusa.E a trilha sonora é uma delicinha. Bom, pelo menos deixaram o Seth Rogen mais fit e quase gostoso, mas isso é assunto pra um outro post. – Clique aqui para ler a crítica completa do filme

Filmes de Romance de 2012 - Laurence anyways

09 – Laurence Anyways

Mais um ano se passa e mais uma vez o queridinho Xavier Dolan aparece na minha lista. O que eu posso fazer se eu me identifico com o que ele chama de amor? Talvez dessa vez nem tanto, mas a sensibilidade com que ele trata o amor em Laurence Anyways pra mim é tocante. Em seu primeiro filme não biográfico, Dolan retrata a história de um homem que depois dos 30 resolve se assumir transexual. Laurence (Melvil Poupaud) tem uma namorada, Fred (Suzanne Clément) a quem ele ama, e enfrentar tanto a ela como sua família, amigos e a sociedade ao optar por essa “transformação” externa em busca da felicidade não foi barato pra ele. O filme mostra o densenrolar e o enrolar desse relacionamento, junto com o progresso da “transformação” de Laurence. Dentre o elenco figurinha carimbada (Monica Chokri), cenas em slow motion e discussões já clássicas dos filmes de Dolan, Laurence Anyways, pra mim, só peca num aspecto: o tempo. O filme é longo demais; a história poderia sim ser contada em menos tempo sem deixar de contar nada. Mas como toda história de amor é eterna, o filme levou o tempo que tinha que levar pra mostrar que seja homem, mulher, travesti, transexual, ou o Tullio, o que importa mesmo é que você é você, e você ama a quem você quiser amar. Custe o que custar.

Filmes de Romance de 2012 - As Vantagens de Ser Invisível

08 – As Vantagens de Ser Invisível

Sei que posso parecer a velha louca dos romances adolescentes, mas como não citar numa lista de filmes de romance um filme lindo de romance? Ou melhor, de amor! O personagem de Logan Lerman, Charlie, é um adolescente problemático que entra no high school (porque pros americanos o segundo grau parece ser muito mais difícil do que pra nós, pobres brasileiros),nos anos 90 sem amigos e em busca de novos amigos, e se enturma com os outsiders: Patrick (Ezra Miller), Sam (Emma Watson) e alguns outros. Dentre histórias típicas da adolescência compartilhadas por todos os personagens, como a entrada no segundo grau, o primeiro beijo, a primeira namorada, a primeira transa e o primeiro amor, aparecem as histórias de Charlie, suas lembranças traumáticas e seu comportamento introvertido. No meio disso tudo surge um amor a 3 entre Charlie, Sam e Patrick, no sentido mais fraternal da palavra, e Cherlie se apaixona por Sam, mas se envolve com uma outra amiga. Todos os três se sentem subjulgados por seus amores, porque “aceitam o amor que acham que merecem”. As referências à cultura trash oitentista e a trilha sonora são maravilhosas! E a cena do túnel está pau a pau com a cena do ônibus de Quase Famosos, tem que ver isso aí! E, além disso, o filme conta com um elenco fofo. Um brinde à amizade, o mais forte e sincero dos amores. – Clique aqui para ler a crítica completa do filme

07 – The Deep Blue Sea Filmes de Romance de 2012 - The Deep Blue Sea

Expectativa ao ver um filme de romance com a Rachel Weizs e o Tom Hiddleston: UHUL! VAI SER LINDO! VOU CHORAR HORRORES! Realidade: ¬¬

No filme, Hester (Rachel Weizs) é casada com um juiz, mas o trai com seu amigo, um piloto veterano da guerra, Fred (Tom Hiddleston). Num romance tórrido e tóxico, um vai matando o outro lentamente até que a relação chega ao fundo do poço e Hester, num grito de desespero, tenta suicídio, o que irrita profundamente Fred que acha que Hester o responsabiliza por isso. Ok, podemos considerar uns questionamentos como “nossa, como pode um homem reagir assim a tentativa de suicídio de sua mulher?” ou então “será que vale a pena trocar o certo por uma aventura?” e até mesmo “qual o limite entre o desejo e o amor?”, mas isso não me comoveu. Não sei se faltou empatia, não sei se faltou sentimento na atuação, mas os choros e brigas não foram suficientes pra me fazer chorar, mas sim pra me fazer questionar “por que é que eu estou vendo esse filme mesmo?”. Dois desses questionamentos que eu citei podem ser feitos também no filme Entre o Amor e a Paixão, e aí sim rolou uma troca afetiva mais perceptível entre os personagens do filme, aí sim consegui perceber a questão do filme, mesmo não tendo rolado aquela afeição por ele. Mas The Deep Blue Sea não passou de uma grande onda azul de tédio e depressão. Na tentativa de fazer um romance denso, Terence Davies pesou na mão e perdeu e se afundou no mar azul. Mas quanto à atuação da Rachel Weizs devo dizer que está impecável, mesmo a personagem sendo chata.

Filmes de Romance de 2012 - Moonrise Kingdom06 – Moonrise Kingdom

Nada como um doce e inocente amor juvenil! O mais novo filme do diretor Wes Anderson conta a história de um jovem casal, formado por Sam (Jared Gilman), um menino sem família que frequenta um acampamento para escoteiros, e Suzy (Kara Hayward). Os dois se conhecem numa apresentação na igreja local e depois de um ano trocando cartas, resolvem fugir de onde cada um está, se encontrar num determinado ponto e buscar juntos um local o qual eles dão o nome de Moonrise Kingdom. Com a fuga dos pombinhos, toda a cidade e o acampamento se mobiliza para encontrá-los e, consequentemente, separá-los, no melhor estilo cidadezinha do interior onde todos metem o bedelho na vida de todos. Parece enredo de filme adolescente da Sessão da Tarde, né? Mas se não fosse a fotografia linda, as localizações mais lindas ainda, os diálogos engraçadinhos e o elenco cheio de figurinhas como Bill Murray, Bruce Willis, Edward Norton e Frances McDormand, até poderíamos fazer essa confusão. Mas a trama bem elaborada e as pitadas de ação no romance “à la” A Lagoa Azul (onde o casal “cresce” e descobre o amor), não são passíveis de confusão. A essa altura vocês já perceberam que eu adoro um romancezinho adolescente, né? E Moonrise Kingdom foi um dos melhores que eu assisti em 2012. Não cabe palavra melhor do que “fofíssimo” pra esse filme, que resgata a fantasia dos romances dos contos de fada, de mocinhos e bandidos e da inocência do amor infantil.

05 – Cinco Anos de Noivado

Filmes de Romance de 2012 - Cinco Anos de Noivado

O Ted que me perdoe, mas o Marshall sim é o cara ideal. E o Jason Segel continua sendo aquele fofo de How I Met Your Mother em Cinco Anos de Noivado! Nesse filme ele interpreta Tom, que conhece Violet (Emily Blunt) numa festa de réveillon e um ano depois a pede em casamento. A ideia era casar logo, mas acontecimentos na família e na vida profissional do casal vão mudando os planos até que se chega ao título do filme. Violet é britânica, psicóloga (ferrou-se) e seu sonho é ser professora universitária, mas a oportunidade de fazer mestrado em comportamento humano surge numa outra cidade e o chef Tom abandona o restaurante onde trabalha e a oportunidade de liderar um novo restaurante para acompanhar a noiva. Pois é, mas nem sempre é bom abdicar daquilo que se deseja em prol da pessoa amada, e é isso que acontece tanto com Tom como com o casal, e a relação que era ótima, vai se deteriorando. Violet sofre do karma de todo psicólogo/psicóloga: aplicar conhecimentos teóricos em sua vida pessoal, e isso só piora sua relação. Mas como em todo filme de romance bolckbuster, o amor sempre vence no final e, aliás, o final desse filme é a coisa mais linda! Eita amor que resiste ao tempo e às intempéries de uma noiva psicóloga!

04 – Um Divã Para Dois  Filmes de Romance de 2012 - Um divã para dois

Contrabalançando a onda de amores juvenis e primeiros amores, 2012 nos trouxe a maravilinda Meryl Streep como uma esposa insatisfeita (Kay) com seu casamento de 31 anos, onde o esposo é interpretado por Tommy Lee Jones (Arnold). O casal de meia idade, por decisão da mulher, vai para um centro de terapia de casal intensiva, onde o terapeuta é interpretado pelo Steve Carrel, que quando não erra na mão se sai muito bem, e dessa vez ele acertou na medida para interpretar o Dr Feld. Pois é, só o Seth Rogen não se saiu muito bem num papel contrário ao que a gente costuma vê-lo fazendo, mas o mundo não acabou dia 21, 2013 tá aí e ele pode tentar de novo. Mas como nenhum relacionamento é um mar de flores (muito menos um de 30 anos, imagino eu), dentre deboches e brigas o casal consegue aproveitar a experiência e a roupa suja é lavada, principalmente no que diz respeito ao assunto que, tanto dentre jovens como dentre pessoas mais experientes ainda é complicado e costuma trazer problemas: o sexo. Mesmo indo por pura e espontânea pressão de Kay, Arnold, todo bronco e resistente, começa a repensar algumas coisas e expor sentimentos e pensamentos na tentativa de melhorar seu casamento com Kay e vendo que não é só o Divã do Dr Feld que é para dois, mas o casamento só pode melhorar com a participação dos dois no processo. Renovar um relacionamento tão longo e com tantos problemas já “cristalizados” não é mole.

03 – Upside Down Filmes de Romance de 2012 - Upside Down

Assumo que estava bastante curiosa para assistir esse filme, porque ele me pareceu uma luz no fim do túnel pros filmes de romance com histórias de amor em 2012. No filme, as leis da física e da sociedade desafiam as leis do amor. Olha, o personagem do Jim Sturgees (Adam) explica direitinho no começo do filme como funciona o negócio da gravidade entre os dois mundos e tudo mais pra poder contar sua história de amor, mas no meio do filme eu já estava confusa. A história de amor “impossível” Adam e Eden (Kirsten Dunst) se inicia na infância dos dois e a história consiste na tentativa de Adam, um órfão que tem sua família perdida na tragédia que separou os dois mundos (onde um é Superior e o outro é Inferior, e neste último se encontram os renegados, pobres, a “escória”) em reencontrar Eden (que mora no chamado Mundo Superior) e continuar a história de amor interrompida na adolescência do casal, quando os dois são pegos… Ah sim, esqueci de mencionar que a entrada de pessoas do mundo Inferior no Superior é proibida, por isso o amor é proibido. Mas as coisas acontecem de forma tão rápida que por vezes eu fiquei me perguntando se eu tinha cochilado e perdido alguma coisa (o que é totalmente possível que tenha acontecido, embora não tenha… Sério), e olha que o filme tem quase duas horas de duração! Enquanto em Laurence Anyways o Dolan usa e abusa do tempo, em Upside Down o diretor Juan Solanas quis correr e acabou se perdendo. Não que o filme seja ruim, a história é bobinha e romanticazinha, mas até que poderia dar certo se o elenco não tivesse sido aproveitado. Pelo menos a história é digna de filme de princesa.

Filmes de Romance de 2012 - Ruby Sparks

02 – Ruby Sparks: A Namorada Perfeita

Uma coisa que eu reparei com relação a esse filme é que ele faz muito mais sucesso entre os homens do que entre as mulheres. Talvez porque ele fale sobre uma “namorada perfeita” criada por um homem, mas isso não vem ao caso. Fato é que no filme o jovem escritor Calvin Weir-Fields (Paul Dano envelhecido em barris de carvalho) sofre de bloqueio criativo e coração partido quando após um sonho decide criar uma personagem que seria a namorada perfeita e ideal para ele, Ruby Sparks (Zoe Kazan). Tudo muito bom, tudo muito bem até, parafraseando livremente Renato Russo “o perfeito sempre acaba”, e Calvin começa a fazer alterações na história, alterações estas que não se saem tão perfeitas quanto a criação original, e a partir daí a história ganha graça e a ficção imita o real: brigas, separações, voltas, e voltas. Tá, o filme é bem bonitinho e engraçadinho, mas as outras produções dos diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris, que também dirigiram o fofíssimo Pequena Miss Sunshine (agora você entendeu porque eu disse que o Paul Dano envelheceu em barris de carvalho, né?), são bem mais cativantes nesse sentido. Mas como pros meninos uma gostosa ruiva perfeita é mais interessante do que uma família problemática levando sua filha gordinha pra participar de um concurso de miss, eles gostam mais da Ruby Sparks do que da pequena Olive Hoover. Mas enfim, vamos deixar os meninos e seus hormônios de lado. Ruby Sparks – a namorada perfeita é um bom filme, mostra que nem tudo que brilha é ouro e que o amor está mesmo no real, naquilo que foge à regra, no que não combina, mas que mesmo assim consegue deixar a gente bobo bobo pela outra pessoa.

01 – 2 Dias em Nova Iorque Filmes de Romance de 2012 - 2 Dias em Nova Iorque

“Just a love story with a happy ending”. Porque nem todo romance precisa ser intenso e dramático para ser bom. Arrisco dizer que esse é o melhor filme de romance de 2012. Como falar de amor sem falar do que “cerca” esse amor? Um casal não é feito por apenas duas pessoas, e não, eu não estou falando em ménage ou qualquer tipo de relação tripla ou quádrupla ou (…), mas como somos seres sociais e não viemos da chocadeira, todos temos família e alguns de nós temos bons amigos. E no filme isso fica bem claro: como as relações familiares podem afetar um relacionamento; como uma relação boa e estável pode ser abalada por uma família louca? Hahahaha! Como diz minha mãe parafraseando sua falecida tia “família é uma merda”, e como diz o querido Fred Borges “intimidade só pode dar duas coisas: ou filho ou problema”, e o filme é bem isso aí. Numa mistura fina entre problemas e amores, francês e inglês, comédia e romance sem cair naquelas baboseiras das comédias românticas americanas, Julie Delpy (que interpreta Marion, além de roteirizar e dirigir o filme) acerta novamente. E Chris Rock (Mingus) mandando um IN YOUR FACE no Seth Rogen, fazendo um bom personagem mais sério e com um humor mais seco. O casal formado pelos dois atores já citados se conhece e se junta depois dos 30, já com filhos e tudo mais. “How many times do you get before you strike?” é a pergunta que Marion faz no final do filme, que pra mim diz tudo sobre o mesmo: quantas vezes você tenta até acertar? Quantas vezes você desiste achando que aquela pessoa não é A pessoa? E quantas vezes você se engana com alguém achando que aquela É A pessoa? O amor está nas coisas simples da vida, está naquela pessoa que não te aceita como você é, mas que convive com seus defeitos, e com os “defeituosos” que vem junto com você.

O que eu aprendi com os filmes de romance de 2012? Que não se deve casar com psicólog@s ou psiquiatras, porque das duas uma: ou a pessoa é louca e desvairada, ou não tem tempo pro amor. Mas procurar um psicólogo pode te ajudar a salvar seu casamento…

Brincadeiras à parte, os romances de 2012 provam que o amor vem em “formas misteriosas” e que cabe a cada um achar que é melhor lhe agrada. Podem não ter sido tão quentes e intensos como os de 2011, mas 2013 vem aí, vamos aguardar romances, paixões e bons filmes.