Os 25 Melhores Pôsteres do Ano

Eu não consigo apresentar itens de listas em ordem de preferido ou mais odiado – eu nunca tenho o mais preferido e o mais odiado, já que gosto de muitos e detesto vários ao mesmo tempo -, então, meus caros, jogarei meus pôsteres preferidos do ano na cara de vocês assim, aleatoriamente, sem dó. O motivo é simples: a arte gráfica da divulgação dos filmes (ou seja, o pôster) é sempre muito interessante e diversa. Designers gráficos e publicitários do mundo, seus danadinhos, vocês são “duca” quando são ótimos. E horrorosos quando são ruins, mas enfim, nenhuma profissão é perfeita…

Este ano foi cheio de coisas interessantes e como sempre minha lista ultrapassou o limite do meu editor-chefe, mas eu consegui dar uma enxugada boa. Lembrem-se: esta lista é dos pôsteres mais bacanas e não dos pôsteres dos filmes mais bacanas. Não necessariamente o filme correspondente ao pôster foi bom de acordo com o meu gosto e com o de vocês, colegas leitores, mas é isso aí, acontece. Também não quer dizer que o filme já tenha saído. Resumindo: é uma lista dos pôsteres MAIS LEGAIS LANÇADOS em 2012. Tá bom? Então, bora lá!

 

Detona Ralph (2012)

Eu sou fã de Disney. E eu também sou fã de video game, só que não da maneira convencional. Até gosto de jogar umas coisas de plataforma e tal (me acabei jogando Mario Kart no Nintendo 64 do meu primo, ou Crazy Taxi e Ready 2 Rumble no DreamCast dele), mas não sou boa em cumprir missões e etc. Apesar disso, sou ALUCINADA com as histórias e a arte do negócio, e posso tranquilamente sentar ao lado dos amigos para vê-los jogar Fable, Ocarina Of Time e Uncharted. Detona Ralph é um tributo dos maiores nerds do mundo para a massa nerd do mundo; ou seja, os animadores da Disney prestando nostalgia aos malucos que passam um mês trancafiados no quarto tentando zerar Skyrim ou que jogavam loucamente ataris nos anos 80 e 90. Tudo bem, não peguei muito essa fase e o máximo que joguei foi um Zelda ou Street Fighter na sorveteria da praia em que minha família passa as férias de verão ou até Dave, o primeiro jogo que tive no computador (e que ocupou muito bem meus 8 anos nos momentos de tédio, obrigada), mas como doidinha que sou, eu gostava de ver os amigos e primos mais velhos jogando aquele negócio enquanto tomava uma casquinha sabor Branca de Neve (é sério!). Este pôster do filme é, na minha opinião, o melhor de todos e nem chega a ser um dos oficiais – na verdade é um teaser poster, aquela coisa que a equipe de marketing lança faltando um século pro filme ser lançado e que serve justamente para aguçar a sua curiosidade e te deixar tarado pelo assunto até chegar a fatídica estreia. Boa, equipe de marketing da Disney. Mandou bem!

The Wolverine (2013)

 

Olha, eu não posso ver um pôster de Hugh Jackman e simplesmente deixar passar despercebido. Não existe tal coisa em minha concepção. Hugh Jackman descamisado então… SANTÍSSIMO! Eu nem sou fã de filmes de super-herois (assisto mas não morro de amores), mas eu gosto do Wolverine. Ele é mau humorado, ele é sujinho, ele é gostosão e ele é o Hugh Jackman. O quê que eu posso fazer?

Ok, sem-vergonhices de lado, esse pôster realmente ficou legal não só pela arte mas porque é um dos blockbusters certeiros de 2013. E também porque tem o Hugh Jackman. Desculpa, mãe.

West Of Memphis (2012)

 

O caso dos West Memphis 3 é controverso e exploradíssimo pela mídia.  A HBO lançou a ótima trilogia de documentários “Paradise Lost” e esse ano foi a vez de Peter Jackson produzir um novo filme sobre os caras que foram condenados adolescentes por um suposto crime satânico cometido no fanático Sul americano. A Deusa da Justiça carregando uma balança com os três dependurados ficou fantástica. E o documentário bombou por onde passou.

Branca de Neve e O Caçador (2012)

 

Meus caros, eu tenho que tirar o chapéu para a Universal Studios este ano. Eu nunca vi um filme tão odiado narrativamente falando e tão adorado tecnicamente dizendo reinar por críticas, listas e premiações em todo o mundo. Sem brincadeira e demagogia nenhuma, Branca de Neve e O Caçador é o maior paradoxo cinematográfico que já vi. Tinha TUDO pra ser incrível, tudo! A ideia era interessante, tinha um elenco excelente (com exceção de Kristen Stewart), o visual extremamente inovador – efeitos, fotografia, direção de arte, um escândalo que simplesmente sublinhou a famosa expressão americana que traduzida vira algo como  “não existe publicidade ruim” e fez o negócio bombar ainda mais (e os envolvidos mais ainda), mas no fim acabou sendo só legalzinho, apesar da bilheteria milionária e da promessa de uma franquia. Decepção à parte, eis aqui outro exemplo de que o “marketing fominha” (uma maneira carinhosa de chamar os vários teasers – “teaser poster” e “teaser trailer”) é tudo. Esse aqui é um dos teaser posters e eu vou te contar… ficou demais. Um dos meus tops dos tops.

Tropicália (2012)

Simples. Também, não precisava de muito. Basta escrever a palavra TROPICÁLIA e pronto, já vão ter milhares de pessoas afim de assistir. Coloca então a cara dos responsáveis por um dos maiores movimentos político-culturais deste país e você tem sucesso na certa.

Terror em Silent Hill: Revelação (2012)

Eu não sou fã do gênero terror trash. Mas que pôster mais nojento é esse, minha gente? Achei genial arrancar tudo o que define o rosto de um sujeito e dar uns pontos nada cirúrgicos no que restou. Açougue, minha gente! Açougue!

Paraísos Artificiais (2012)

Vou confessar: não vi ainda. Sei lá, tenho birra da Nathalia Dill. Ela é atriz global demais pro meu gosto (leia-se: atriz bonita porém ruim toda vida). Mas o pôster à la Avatar ficou bonito mesmo. Você até acha que tem um quê artístico no filme… mas algo diz que não. Complicado.

Only God Forgives (2013)

 

Tem três coisas boas neste pôster: o nome Nicolas Winding Refn (o cara que fez Valhalla Rising, Bronson e Drive), um homem todo arregaçado e o fato de este homem ser Ryan Gosling. Suscita em mim os mais profundos sentimentos de generosidade e amor para com os necessitados. Dá vontade de cuidar daquele olho esquerdo inchado ali, ó…

Desculpa, mãe. Fiz de novo. FOCO. Pois é, o cara arregaçado tá com cara de ódio. Tá com cara de vendetta, meus filhos. Vai ter porradaria trocada com certeza. A fonte é vermelha – indica mais quebração de pau e sangue. E o título, “Só Deus Perdoa”, é demais. Realmente, só Deus. Eu não perdoo o maldito que desceu o cacete no Ryan Gosling. Ah, não perdoo, não.

Sombras da Noite (2012)

 

A melhor coisa nos filmes trash de Tim Burton é Johnny Depp. Ele querendo ser Edward Cullen só que acidentalmente se saindo anos luz melhor é de matar. Pó de arroz excessivo, uma roupa que dá sérios problemas de pressão de tanto calor que deve causar, um oclinhos espelhado danado e cabelo do Justin Bieber, de alguma forma, são uma mistureba que deu certo e tá aí. Outro teaser poster legal. Tô começando a ter certeza que eles são melhores que os pôsteres oficiais…

Os Miseráveis (2013)

Esse pôster me marcou mais do que todos os outros de Os Miseráveis, e olha que tem um japonês (ou será coreano?) que tem Eddie Redmayne no que parece ser uma reprodução de pintura famosa da Revolução Francesa e um outro que é a arte gráfica baseada nesta foto aí… ambos de babar. Mas essa foto da Annie Leibovitz (aliás, todas do ensaio que ela fez para a Vogue com o elenco ficaram lindas) é de matar e eu acho que liricamente diz tudo sobre a época e, muito mais, diz muito sobre a obra de Victor Hugo. Olhos penetrantes, cabelo esvoaçante e sujeira. Coisa linda.

Projeto X – Uma Festa Fora de Controle (2012)

Filme horrível, sem dúvidas. Mas só tenho algo a dizer, partindo deste pôster: QUEM NUNCA?

Hitchcock (2012)

Esse foi também o ano das maquiagens. Quem ousar dizer que maquiagem é coisa de gente fútil, vai assistir Hitchcock e depois conversa comigo. Porque sim, meus caros, esse aqui em cima é tio Anthony Hopkins, que depois dessa produção pode adicionar o sobrenome Hitchcock (e quem sabe até o segundo nome Alfred) porque tá muito digno, sim, senhor. Sem contar a faquinha humilde, só pra lembrar Psicose.

Oz: Mágico e Poderoso (2013)

Outro teaser poster que quer tentar acalmar meus ânimos mas eu não sei, não. Tô com medo dessa “prequência” de O Mágico de Oz. Vai prestar? Não sei. Tô ligeiramente negativa, tô que nem os agnósticos: prove-me e acreditarei. Enfim, tem James Franco (que não é lá grandes coisas, mas tem uma simpatia e é um deleite para os olhos), Mila Kunis e a deusa das deusas, dona Rachel Weisz. Esse pôster tá tão bucólico, tão fofinho, tão Alice no País das Maravilhas do Tim Burton… Ai, Deus.

Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)

Amigos… Eu não gostei do filme. Pra ser sincera, achei uó. Mas esse pôster era um prenúncio de pelo menos uma bota maravilhosa que a Anne Hathaway ia usar. E não era mentira. Olha ali, o salto é uma faca das bravas! Pisa no morcego, pisa!

Indomável Sonhadora (2012)

(“Que tradução foi essa, gente responsável pela tradução do título dos filmes?”)

Esse aí é um exemplo de simplicidade e efetividade num pôster oficial, meus caros! É uma simples fotografia (claro, com tratos de cor, luz e foco no Photoshop como toda foto da era digital)! Nada de efeitos especiais grandiosos ou coisas do gênero. Uma menininha correndo com fogos nas mãos, muito verde e espaço pra jogar o título do filme. Lindo!

Moonrise Kingdom (2012)

(“O que é isso, pessoal responsável pela tradução dos títulos dos filmes? Esse vocês ficaram com preguiça e não traduziram?”)

Mais um teaser (aff!) belíssimo, cheio de arte bucólica pra lá de vintage, tons terrosos, roupas de época; a cara de Wes Anderson. Fonte cursiva toda bonitinha indicando um elenco monstro. O nome da produtora monstra ali no cantinho direito inferior (dona Focus Features) e o prenúncio real de algo bom. Aliás, o filme é lindo. Vá logo assistir, faça-me a gentileza.

Beauty Is Embarassing (2012)

Amei esse pôster. É meigo e sarcástico ao mesmo tempo, e com um título estilo “soco-na-sua-cara”. Pra que ser bonito se a beleza é constrangedora?

Lincoln (2013)

Para tudo que o homem voltou! E não é Abraham Lincoln (se fosse, corram que a coisa ia ficar preta). É Daniel Day-Lewis no ano da maquiagem, como eu disse. Não que este homem precise de maquiagem para trazer a melhor performance, obviamente; mas que ficou absurdamente faraônico, ficou. O pôster minimalista mais grandioso que eu já vi. Tá aí, outro paradoxo cinematográfico…

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012)

Longo de doer mas não menos maravilhoso por isso (veja o filme, é bárbaro), o primeiro de todos os pôsteres lançados é inspiradíssimo na arte de Alan Lee e John Howe, ilustradores oficiais das obras de Tolkien e designers conceituais dos filmes de Peter Jackson. Se você nunca viu as ilustrações, dê uma olhadinha pela internet. É i-gual-zi-nho. E tem Ian McKellen, gente! A melhor coisa que já aconteceu na vida do Peter Jackson foi este homem! (OK, exagerei um pouquinhozinho.)

Valente (2012)

Sem exagero nenhum, Valente é uma das melhores coisas que a Pixar fez (em minha humilde opinião). Não é a melhor das histórias e mesmo assim é ótimo. Poderia ter sido melhor se não tivessem açucarado tanto a história só porque o protagonista é uma menina, mas tudo bem. É divertido, tem elementos engraçadíssimos misturados com mitologia celta e Escócia, mas a melhor coisa mesmo foi o risco que os caras assumiram ao fazer um trabalho mais artístico, baseado em lendas mitológicas, com uma tecnologia de ponta e um trabalho primorosamente minucioso. Não é pouca coisa não, meu irmão. Mas eu não estou aqui pra isso. O pôster, lindo de doer, deu um gostinho da arte do filme (que é formidável e riquíssima em detalhes) e me deixou rindo de orelha a orelha. Eu esperei dois anos pelo filme, que foi adiado algumas vezes e finalmente saiu este ano. Outro imperdível!

It’s A Disaster (2012)

É um desastre. Você se prepara:

a) tomando umas biritas e curtindo o momento

b) vestindo a parafernália e indo pro olho do furacão

TENSO.

A Glimpse Inside the Mind of Charles Swan III (2012)

Jason Schwartzman diretamente associado a um pepino num filme que tem como protagonista Charlie Sheen. Alguém duvida que vai ser trash?

Django Livre (2013)

O mais legal é o anúncio: “O NOVO FILME DE QUENTIN TARANTINO“.

Universidade Monstros (2013)

A zoação está toda ali: jaquetas varsity, aparelho móvel, os livros de Economia (mas que na verdade são de auto-ajuda), o nerd e o atleta… Ficou hilário. Pôster ótimo.

 

Na Estrada (2012)

(“Sério, pessoal responsável pelas traduções dos títulos dos filmes? Quando não precisa traduzir – porque é inútil, ninguém vai chamar o filme pelo título traduzido – vocês vão lá e traduzem?”)

Esse foi o primeiro pôster, escondidinho, lançado no inicinho de 2012. Nem chegou a cair na internet (essa é uma foto do pôster) o arquivo digital, mas olha que beleza. Imagine só eu, fã do livro quase morrendo ao ver a materialização cinematográfica de um livro que levou 50 anos pra sair, que passou na mão de Deus e o mundo, que foi adaptado e jogado fora e readaptado e jogado fora de novo… E a foto diz muito com pouco: a estrada mexicana, o nome do Walter Salles ali (o orgulho brasileiro berrando dentro de mim), um carro antigo nos fazendo comer poeira, cores frias, o título bem grande… E aí eles lançam o filme este ano e eu queria cortar os pulsos já nos primeiros vinte minutos. Triste realidade. O pôster simplista prometeu o Céu… Pena que não nos deu.