Crítica: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Crítica: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

As expectativas em torno de Luc Besson são sempre grandes; afinal, é o cara que dirigiu O Profissional, O Quinto Elemento e Lucy. Não é à toa que chamam ele de Steven Spielberg francês. Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é, sem dúvidas, o projeto mais ambicioso e caro de sua carreira e, talvez, o maior fracasso de todos.

No papel, é um filme que tinha tudo pra ser um enorme sucesso. Um casal de oficiais que explora a galáxia e combate o mal, num universo que possibilita diversas aventuras e lugares. Como dar errado? Mas deu.

Visualmente, a produção é espetacular, isso não se pode negar. As criaturas, os planetas e os cenários definitivamente chamam a atenção e nos prendem por um tempo. Só que isso é o único ponto positivo do longa.

Não culpo os atores protagonistas, pois mesmo se fossem nomes mais renomados e carismáticos que Dane DeHaan e Cara Delevingne, duvido muito que o resultado seria outro. O problema aqui não é a atuação deles, mas o roteiro. Do início ao fim, o enredo não nos envolve e não criamos uma conexão com os personagens principais. Os diálogos não ajudam em nada também. Devo ter quase dormido umas dez vezes durante a sessão.

Fiquei surpresa, uma vez que Besson geralmente dirige longas que nos cativam e não o contrário. É realmente um mistério pra mim ver ele errar tão feio com uma história tão poderosa nas mãos. Poxa, dois heróis no espaço combatendo o mal, como assim ficou ruim?

As luzes se acendem e nada fica, é apenas mais um filme na sua vida, o qual você vai esquecer em um dia ou dois. Ou em algumas horas, vai saber. Espero que Besson gaste seus próximos $ 177 milhões em algo decente.