SERIA UMA COMPLETA INJUSTIÇA DIZER QUE A ADAPTAÇÃO DO LIVRO A PRINCESA DE MARTE É UM LIXO. Tudo bem que o cineasta Andrew Stanton (Wall-e e Procurando Nemo) colocou sal na caipirinha dos espectadores, mas o resultado não ficou tão ruim como tantas pessoas alegaram. A Disney fez um filme ingênuo, repleto de clichês, mas muito bonito visualmente e com uma história tão simples, que você simplesmente se diverte com o absurdo daquilo tudo.
John Carter – Entre Dois Mundos é baseado no livro A Princess of Mars, de Edgar Rice Burroughs. O filme narra a história de um soldado rebelde chamado John Carter (Taylor Kitsch) em pleno período da Guerra Civil. Após fugir de ajudar o Coronel Powell (Bryan Cranston), Carter é transportado para o planeta Marte e é obrigado a lutar para evitar que o planeta seja dominado pelo perigoso vilão interpretado por Dominic West.
George Lucas revelou que buscou inspiração na história de John Carter para imaginar o cenário onde ocorre uma das lutas principais de Star Wars: Episódio II – O Ataque dos Clones. O fato é que independente de Lucas ter imitado o texto de Burroughs, caberia aos produtores evitarem as comparações e se esforçarem para surpreender e superar tudo que já havia sido apresentado para o público antes. O visual obtido é até bonito, mas não chega a empolgar quem já assistiu ao Ataque dos Clones e imediatamente se recorda da batalha que iniciou a Guerra dos Clones.
Stanton criou uma versão simples para a história de Burroughs (que inclusive surge como um dos personagens do filme), escorrega um pouco na sua conclusão, mas que no meio de erros e acertos, é garantia de divertimento para a criançada e aqueles que se amarram em assistir filmes que evocam o clima das fantasias produzidas no cinema em décadas passadas. Talvez seja o clima de nostalgia que livra John Carter – Entre Dois Mundos de ser decepcionante.
Nota: