Review: Fear the Walking Dead s01e06 – “The Good Man”

Review Fear the Walking Dead - The Good Man

Wow!

E assim chegamos ao final da primeira temporada de Fear the Walking Dead. O sexto episódio, The Good Man, até pode não ter sido lá tão sensacional, mas todos os eventos apresentados foram grandiosos o bastante para uma season finale digna.

Para quem lamentou a ausência de zumbis em alguns episódios, The Good Man conseguiu pagar com juros e correção para competir diretamente com a série principal em seus melhores momentos com milhares de zumbis se arrastando ao mesmo tempo. De qualquer maneira fica a questão preguiçosamente ignorada no roteiro: como é que Daniel não apenas conseguiu livrar os zumbis aprisionados no estádio como também fez com que todos o seguissem até chegar são e salvo para o local onde Madison e Travis o esperavam. Aliás, os carros não chamaram a atenção dos soldados. Bem conveniente. Bem preguiçoso.

No entanto, a série Fear the Walking Dead é tão boa e divertida que a gente perdoa esses deslizes facilmente. Qual o problema em permitir um pouco de falta de lógica interna no universo concebido pelos produtores e roteiristas? Somos nós, telespectadores, que saímos ganhando no final das contas.

No review anterior comentei que Travis certamente enfrentaria um problema durante o climax da série para mudar sua relação com armas. Os produtores devem ter ficado um tanto chateados por isso ter acontecido justamente num período em que a discussão sobre posse ou não de armas voltou aos jornais e televisões do país, com um novo atentado dentro de uma escola. É como se as armas tivessem vencido a discussão, ainda que Travis tenha motivos de sobra para puxar o gatilho. A sua transformação, na verdade, já havia acontecido minutos antes durante a fuga do complexo militar. Ao esmurrar Andy até deixá-lo desfigurado, Travis entendeu a dimensão das suas escolhas e que ser bonzinho, como o título diz, não é a melhor coisa para se fazer nesses tempos caóticos.

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A conclusão do arco de histórias de Liza também chega a ser comovente. Ao abraçar seu filho e dizer que o amava com uma intensidade fora do comum, Liza partiu para cumprir a decisão lógica que havia tomado, dadas as circunstâncias. Num belo diálogo com Madison, com direito a inclusive repetir as mesmas palavras que a atual esposa de seu ex-marido disse, Liza pede para ser morta antes de se transformar. Uma morte meio previsível até, afinal não é o povo conservador norte-americano que iria permitir que uma mãe que abandonou o próprio filho tivesse um final feliz numa série de televisão.

O fim da série acontece justamente no momento em que nos preparamos para o esperado retorno de The Walking Dead. Para os fãs de Madison, Travis e cia, agora começa um longo período de espera até que os 15 episódios da segunda temporada em 2016. Teremos muitas questões, assim como a já certa introdução de personagens que sobreviverem no especial que será transmitido na véspera da estreia da sexta temporada de The Walking Dead. Será que a Abigail levará nossos personagens para mais próximo de onde Rick e nossos personagens queridos estão ou esse crossover demorará mais um tempo para acontecer – se é que a linha de tempo de Fear the Walking Dead permita isso.