#5- Onde está Segunda?
(What Happened to Monday?, Tommy Wirkola, 2017) Em um futuro distópico em que as famílias são obrigadas a terem apenas um filho para conter o problema da superpopulação, uma família de sete irmãs idênticas (Noomi Rapace) precisa encontrar uma maneira de seguir viva e longe das garras do governo depois do desaparecimento de uma delas.
Tommy Wirkola é o cara que assina o surreal Zumbis na Neve e desde então tem o meu respeito e atenção para qualquer projeto. Aqui ele investe num sci-fi de qualidade, que fica acima da média por conta da atuação de Rapace.
#4- Colossal
(Colossal, Nacho Vigalondo, 2016) Gloria é uma jovem escritora que pode estar desempregada por beber demais ou pode estar bebendo demais por estar desempregada. A bagunça que ela faz de sua vida acaba afastando o namorado e ela se vê sem dinheiro e onde morar, não tendo outra opção a não ser voltar para a casa vazia onde cresceu. Lá, reencontra um amigo de infância, vai trabalhar no bar dele, e ainda se interessa por um local.
Por essa premissa, Colossal pareceria mais um filme independente bonitinho, mas é aí que aparece um monstro gigante. (Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro)
#3- Star Wars: Os Últimos Jedi
(Star Wars: The Last Jedi, Rian Johnson, 2017) Ao contrário de todos os outros sete exemplares da saga, The Last Jedi não dá saltos temporais e começa exatamente de onde paramos em O Despertar da Força. Rey partiu em busca de Luke num planeta abandonado enquanto seus amigos são perseguidos brutalmente pelo misterioso Snoke numa imensa batalha espacial.
Esse é mais um belo exemplar da franquia, provavelmente o melhor se tratando de direção, e que deixará fãs histéricos com todas as suas surpresas e sequências de ação. The Last Jedi eleva o nível para preparar o terreno para o encerramento da nova trilogia.
#2- Marjorie Prime
(Michael Almereyda, 2017) Imaginem como seria uma versão menos romântica de Ela com A Descoberta (mencionado nessa lista mesmo) e chegarão perto da ideia por trás desse ambicioso projeto de Michael Almereyda, que com uma simplicidade absurda no trato com a câmera e montagem nos dá o sci-fi mais filosófico de 2017.
Marjorie Prime apresenta um mundo em que existe um serviço que oferece interações holográficas com os nossos entes queridos que já se foram. Isso permite a um homem ter um encontro com a versão mais jovem do pai de sua esposa.
#1- Blade Runner 2049
(Denis Villeneuve, 2017) Comandado por Denis Villeneuve (A Chegada), o novo Blade Runner é um show visual capaz de encher os nossos olhos de lágrimas. Desde Mad Max: Estrada da Fúria não via um trabalho tão lindo na fotografia e acredito que talvez seja inevitável ver o diretor de fotografia Roger Deakins recebendo o seu primeiro Oscar em 2018. São cenas maravilhosas que conduzem o espectador para um mundo gigantesco que é explorado sem pressa ao longo das 2h32 de exibição. Enquanto Villeneuve não tem pressa de criar sequências de ação, Deakins deita e rola.
São quase 3 horas que se passam sem cansar o público. Nós simplesmente embarcamos numa jornada misteriosa em busca da verdade e em momento algum queremos imaginar que existe um destino, um lugar para se chegar e concluir a história.