O Albergue

Eli Roth começou a se aventurar na direção com Cabana do Inferno, o que lhe rendeu nome o suficiente para uma empreitada maior. Passados três anos do lançamento de seu primeiro filme, Roth conseguiu o apoio de Quentin Tarantino para lançar o terror splash gore, O Albergue. Torturas, humor negro, piadas óbvias, sangue, mortes, peitos, mulheres gostosas, adolescentes norteamericanos, drogas. Todos os ingredientes “perfeitos” para o sucesso de bilheteria estavam presentes e com o nome de Tarantino, tudo superestimava o produto final.

O problema maior de O Albergue foi competir com Jogos Mortais. Nenhum filme de terror moderno pode competir diretamente com Jogos Mortais. Não estou dizendo que é uma obra genial, mas ele mistura tortura com sadismo. É um prato diferente e muita gente acabou não entendendo isso. O que é uma pena, já que o filme de Eli Roth tem valores distorcidos bem interessantes de serem estudados.

Como escrevi na resenha de O Albergue 2, não é impossível imaginar que os acontecimentos mostrados na história tenham realmente sido inspirados na vida real. A primeira parte foge dos padrões e ao invés de mostrar as origens e o funcionamento, só assistimos às vítimas sendo massacradas pelos ricaços. Destaque para a participação do japa genial Takashi Miike na cena em que Paxton (Hernandez) chega até a “exposição de arte”.

O Albergue é sem dúvida, um dos filmes mais sádicos já criados por Hollywood. E se fosse observado além de um mero filme sanguinário, conseguiria resultados bem melhores. Excelente história de Eli Roth. Recomendo demais!