Milk – A Voz da Igualdade

“Meu nome é Harvey Milk e eu estou aqui para recrutá-los!”

Era dessa maneira que Harvey Bernard Milk começava seus discursos em São Francisco, década de 70. Época em que homossexuais, hippies e prostitutas eram as chagas do mundo; repelidos, humilhados, pisados, espancados. Essa era a realidade. Mas Harvey Milk decidiu mudar isso.

Olha que pessoa mais simpática!

Estados Unidos, início da década de 70. Nixon no poder. Guerra do Vietnã. O fim do sonho americano, a desilusão de um mundo de paz e amor. Nesse contexto, Milk se destacou por liderar um movimento contra todo o preconceito que existia em São Francisco, cidade com maior concentração de gays na época. Assim, persistente até o fim, ele se candidatou várias e várias vezes a cargos políticos, até que, em 1976, Milk é eleito Supervisor. Em atividade, lutou amplamente pelos direitos dos gays, conseguindo vitórias memoráveis.

“Não queremos liberais simpáticos, queremos gays representando gays… Eu represento a população gay das ruas — o gay fugitivo de San Antonio de 14 anos de idade. Temos que compensar por centenas de anos de perseguição. Temos que dar esperança a essa pobre criança fugida de San Antonio. Eles vão aos bares porque as igrejas são hostis. Eles precisam de esperança! Precisam de uma parte do bolo!”

Harvey Milk foi assassinado em 27 de novembro de 1978.

A atuação de Sean Penn é perfeita. Ele consegue nos transmitir o verdadeiro sentimento da época, como as mudanças eram necessárias. Oscar merecidíssimo! Recomendo demaaaais!

Dirigido por Gus Van Sant (Paris, Te Amo; Gênio Indomável), e baseado em fatos reais, Milk foi indicado ao Oscar (e levou para casa) nas categorias de Melhor Ator (Sean Penn) e Melhor Roteiro Original; foi indicado, ainda, a Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Josh Brolin), Melhor Edição, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora.

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