No Country for Javier Bardem

Quem foi que inventou de sair dizendo por aí que Onde Os Fracos Não Tem Vez é um daqueles filmes que se você morre sem assistir, vai diretinho pro inferno dos *sem cultura* sem escalas?
Assumo que não sou grande conhecedora do trabalho dos irmãos Coen, mas se essa última produção é a obra prima da dupla, qual seria o seu pior trabalho? Será que foi queimado num impulso de vergonha junto as cópias do pornô da Xuxa?

Mesmo com toda publicidade feita para o filme ainda na época de seu lançamento e da premiação do Oscar, não tive o mínimo interesse em sair de casa para assistir. Durante os últimos meses, fui bombardeada pela insistencia de amigos para que eu gastasse 2 preciosas horas das minhas férias vendo um dos melhores filmes do ano.
Enfim, ontem resolvi me aventurar na locadora a procura de um bom filme, e aí dei de cara com o rostinho ameaçador do Bardem e sua arma de fogo me obrigando a levá-lo pra casa. (confesso que aluguei muito mais porque a capa estava nova do que por vontade de ver o filme).
Cheguei em casa e fui correndo assistir. Foram os primeiros 40 minutos de filme mais intediantes de toda a minha vida. Achei que não estava com humor pra coisa e resolvi recomeçar a ver no dia seguinte. E assim foi. Mais 40 minutos insuportáveis de ausencias angustiantes de diálogos. Tiros, sangue, roubos, mexicanos *made in texas*, xerifes com estrelinhas no bolso e chapéu de cowboy e um doido com o cabelo escovado vagando pelos Estados Unidos atrás de uma mala de dinheiro.

Mas aí eu parei e pensei que não podia ser tão ruim e que o final ia me surpreender. Daí eu ia sair por aí pagando língua e dizendo que esse era um dos melhores filmes do ano. Mais uma vez, eu estava errada. Final? Que final? Teve final? Nem uma frase de efeito daquelas de fim de Sessão da Tarde.
Perdi 2 horas da minha vida? Nãããooo. Aprendi que o Javier Bardem é um péssimo ator mesmo.
E que, definitivamente, o Oscar nunca foi minha referência de bons filmes.