Exterminador do Futuro: A Salvação

A primeira coisa que me vem à cabeça quando falam de exterminador do futuro é Arnold Shwarzenegger (com seu EX corpo Maravilhoso) e Guns n’ Roses – (com a Música You Could Be Mine).


Quando assistir o trailer de O Exterminador do Futuro “A salvação” fiquei encantada com toda a produção gráfica e, efeitos sonoros. John Connor se mostrava mais forte e determinado a vencer as maquinas, mas diante de todos esses encantos tinha uma coisa me preocupava; a continuidade. Já vi vários filmes perderem a coerência da história, por quererem mostrar mais os efeitos visuais. Isso é terrível.

Fui assistir o filme com Papai (também fascinado por cinema, cerveja e aperitivos, como torresmo e uma boa pimentinha de bacon). Nossa expectativa era grande com relação ao filme, cinema lotado, pessoas legais e idiotas ao mesmo tempo indo assistir (digo assim, porque teve um F*L$@ Da P7T!A que não parava de rir na minha frente, isso me deixou nervosa, afinal o filme não era de comedia, ou era?). Enfim, desliguei meu sensor de idiotas e foquei no filme.

A história se passa no apocalíptico ano de 2018, em que John Connor (vivido por Christian Bale) lidera a resistência humana contra os exércitos de andróides exterminadores da Skynet, que devastou o planeta nos ataques do final do terceiro filme( lembram?). Neste mesmo espaço de tempo, o homicida que vendeu seu corpo à experimentos científicos em 2003, Marcus Wright, se torna a peça-chave para um segredo da Skynet que determinará o futuro da guerra das máquinas contra humanos. Resta a Connor se unir – ou não – a Marcus para decidir a quem esse segredo será favorável.

Neste filme em que os exterminadores se transformaram em meros coadjuvantes e âncoras do título, os papéis humanos não são desenvolvidos ou, então, não fazem jus ao mostrado anteriormente. O próprio Connor de Christian Bale é um total oposto do conceito que fora construído na trilogia anterior (o que me preocupava!!!!) É agressivo e arrogante, causando até um reflexo da imagem egocêntrica que o ator deixou transparecer durante as filmagens. Afff

Mas ainda há trunfos. Marcus Wright, fundamental para o desenvolvimento da trama, é sem dúvida o melhor personagem de A Salvação. Sua dualidade e busca por origens (um conceito batido, mas que funciona para dar coerência à história) divide espaço com um heroísmo despreocupado, jogando para o ator Sam Worthington uma carga protagonista que não serviu em Bale. Sua dupla com o jovem Anton Yelchin (o esforçado Chekov do novo Star Trek rsrs), na pele de Kyle Reese, resulta em um ótimo aproveitamento da primeira parte do filme. E temos a participação de Bonham Carter (adoro desde Clube da Luta).

Enfim, o filme foi bacana e não saiu muito da historia original e desta vez mesmo com 50 milhões a menos de investimento com relação ao filme anterior, a série atingiu um nível técnico invejável. Alem disso O Exterminador do Futuro: A Salvação garante uma boa continuidade ao que já foi contado antes por James Cameron e expandido por Jonathan Mostow – ainda que merecesse ter parado no segundo episódio. Mas é algo que só é válido para criar um bom filme-pipoca calcado em explosões e pirotecnia digital. Nada que um roteiro mais instigante e denso aliado a um olhar atento aos astros que comporta não possa melhorar na seqüência. Que venha o próximo! \o/

SalvaçãoTerminator Salvation EUA, 2009 – 116 minAção / Ficção científica
Direção:McG
Roteiro:John D. Brancato, Michael Ferris
Elenco:Christian Bale, Sam Worthington, Anton Yelchin, Moon Bloodgood, Bryce Dallas Howard, Common, Jane Alexander, Helena Bonham-Carter