Crítica: Berkshire County (2014)

O QUE NÃO FALTA É ROTEIRO PARECIDO COM O IRREGULAR BERKSHIRE COUNTY (2014) EM HOLLYWOOD. Produtores decidem investir seu dinheirinho nesses filmes genéricos e quanto mais parecidos a outros que foram próximos de serem considerados sucesso (no caso, Os Estranhos e Você é o Próximo), melhor.

O longa-metragem é meio confuso. Logo no começo, um playboy manda uma garota bêbada pagar um boquete para ele. Ok. O problema é que o maldito está filmando a parada toda com o seu celular, enquanto amigos dele estão flmando de longe. É óbvio que a menina começa a sofrer bullying no dia seguinte, já que ser babaca é mais legal do que ser uma pessoa do bem e a escola inteira ficou sabendo do vídeo. Depois disso, a garota vai ser babá na casa de uns ricaços (que aparentemente sabiam do vídeo também) e de noite é perseguida por um trio de psicopatas (que não sabiam do vídeo, diga-se de passagem).

O que é fraco e confuso no filme é que em momento algum temos uma “resolução” nesse drama apresentado no começo apenas para contextualizar a personagem. Me recuso a acreditar que foi apenas uma maneira de nos introduzir a uma garota insegura e que está passando por um momento de exposição bem negativa da marca.

Mas deve ser isso mesmo. Filme ruim é foda.

No entanto, verdade seja dita, Berkshire County é um ruim bom. A partir do momento em que os psicopatas tentam invadir a casa e a garota tenta escapar, a narrativa fica mais interessante e sufocante. Sentimos o suspense crescer e aquele eterna dúvida de até quando a mocinha vai conseguir escapar dos vilões. E esse é o único mérito do filme.

Berkshire County é um terror daqueles que nos fazem derreter o cérebro e curtir umas boas horinhas de descanso com entretenimento raso e descartável. Para quem gosta de filmes com donzelas em perigo, essa é uma boa pedida. Ou então, prefira o filme do Pelé.