Quarentena 2: Terminal

 

SURPREENDENTE SERIA A MELHOR PALAVRA PARA DESCREVER A SEQUÊNCIA DO HORROROSO QUARENTENA. E quando eu falo horroroso, não é para bancar o cult metidinho (aliás, se alguém acha que um sujeito que escreve sobre Quarentena e sua sequência é cult, precisa rever seus conceitos. U-R-G-E-N-T-E-M-E-N-T-E) ou o especialista: Quarentena é uma das piores merdas que eu já assisti em todos os tempos. Ele destrói completamente a essência do filme original e potencializa os defeitos de REC. Qualquer pessoa normal fugiria do risco de morrer de desgosto assistindo a continuação, mas alguém tem que fazer o serviço sujo, né?

Quarentena 2: Terminal surpreende com um primeiro ato que vai criando todo o clima de tensão enquanto apresenta os personagens dentro de um avião. Existe suspense, até mesmo o esboço de profundidade nas personagens, que conseguem até convencer o espectador. No começo, era inevitável comparações com o bizonho O Voo da Morte (também conhecido como Zumbis à Bordo), mas o diretor John Pogue sabiamente fugiu da produção citada e ao invés de detonar a ação antes do avião pousar, ele espera calmamente para introduzir o pânico no meio do terminal de um aeroporto. 

Caso você esteja familiarizado com os filmes originais, pode ter estranhado o roteiro de Quarentena 2. Mas a verdade é que Pogue novamente demonstra inteligência e arrisca criar uma trama completamente diferente do roteiro de REC 2 (que foi bem xexelento, diga-se de passagem).  O resultado é um filme de zumbis cheio de adrenalina e suspense. A pésssima impressão que o remake estrelado pela delícia Jennifer Carpenter (da série Dexter) deve ser ignorada (pena que nunca poderá ser esquecida, viu? ô filminho ruim aquele…), assim como qualquer comparação com a franquia REC. 

Pogue escorrega várias vezes ao longo da produção, que conta com efeitos especiais toscos e acaba perdendo a força ao longo do desenvolvimento da trama. O roteiro aponta diversos clichês, como um vilão chato e previsível, mas mesmo assim é capaz de prender a atenção dos fãs do gênero, superando diversos títulos envolvendo zumbis. 

Diversão (quase) garantida.