Arte, Amor e Ilusão

(Shape of Things). De Neil Labute. Com Paul Rudd, Rachel Weisz, Gretchen Mol, Frederick Willer
Assista a Arte, Amor e Ilusão. Agora. Correndo. Um filme desses não pode ser deixado pra depois… Eu sei que Neil Labute dirigiu aquele filme horrendo, o tal de O Sacrifício (esperar o quê de um filme com Nicolas Cage?), mas seu Na Compania dos Homens não deixa dúvidas de que é um cara talentoso.

Adam (Paul Rudd, ótimo como sempre) é aquele sujeito estranho, que trabalha como monitor em uma galeria de arte. Sua vida é praticamente um marasmo, interrompido pela figura subversiva de uma garota que quer intervir em uma das obras da galeria: Evelyn (Rachel Weisz linda como de costume). Sua subversão não se restringe àquele ato isolado. Ela quer decretar a morte da arte! Pelo menos como ela é tradicionalmente concebida. É como se a moça representasse a materialização da própria arte contemporânea, com suas inúmeras possibilidades e atitudes.
Depois deste encontro, os dois se apaixonam e aos poucos mudanças no comportamento/aparência de Adam, a princípio um geek bizarro vão sendo percebidas. Os amigos notam, estranham… À medida que fica mais auto-confiante e sedutor, seu egocentrismo e individualismo aumentam. Onde está o verdadeiro Adam? Estas mudanças são mesmo necessárias? Quem é o culpado por tudo isso? Evelyn ou o próprio Adam?
É impressionante a forma como o filme nos arrebata. De comédia romântica à drama em menos de uma hora! Quando percebemos estamos questionando as fronteiras da arte contemporânea, os desgastes inerentes a todo relacionamento (Closer?), e tudo isso em medidas bem graduais, pra que o choque final seja realmente… chocante!
Arte, Amor e Ilusão é obrigatório pra quem gosta de arte, cinema, Paul Rudd (rs), e de filmes surpreendentes!
Recomendadíssimo (e na minha opinião, uma ótima pedida pra discussões regadas a bebida, se é que me entendem… rs)