Críticas de filmes
Simplesmente Complicado

Mas, basta pintar uma formatura de um dos filhos do casal, uma viagem para Nova York e aquilo que era uma convivência amigável acaba se tornando um romance, fazendo com que a história do casal dê uma reviravolta já que agora Jane ocupa o papel que era recriminou e que foi o motivo principal de sua separação dez anos antes, o de amante.
No meio disso surge Adam (Martin), o arquiteto responsável pela reforma da casa de Jane. Uma reforma que pode representar também a mudança de vida dela, que passa a não ter mais que cuidar dos três filhos. Adam se interessa por Jane, que retribui o interesse e está formado o triangulo amoroso do filme.
Apesar de um enredo abaixo do esperado, representando o “mais do mesmo” promovido por Nancy Meyers, o filme conta com boas interpretações, belos cenários, figurinos e uma fotografia de dar inveja a outras produções. Além do trio formado por Streep, Martin (mais “controlado” do que em seus filmes habituais) e Baldwin (que leva para o filme um pouco do homem canastrão de 30 Rock), um dos ótimos destaques fica por conta da trilha sonora assinada por Hans Zimmer e pelo brasileiro Heitor Pereira.
O outro fica por conta de Harley, o noivo de uma das filhas de Jane e Jake, interpretado por John Krasinski. Muito do timing cômico que ele desenvolveu no seriado The Office está presente no filme, o que deu um molho a mais a trama, rendendo boas cenas e risadas.
Com Alec Baldwin, Steve Martin e John Krasinski como suportes, Meryl leva o filme com a sua excelência costumeira e que lhe rendeu (mais uma) indicação ao Globo de Ouro, como melhor atriz de comédia e musical. É uma ótima opção para diversão, desde que você não espere algo muito diferente vindo de Nancy Meyers.

Gênero: Comédia Romântica
Direção: Nancy Meyers
Roteiro: Nancy Meyers
Produção: Nancy Meyers e Scott Rudin
Fotografia: John Toll.
Edição: Joe Hutshing e David Moritz.
Música: Heitor Pereira e Hans Zimmer
Elenco: Meryl Streep (Jane), Steve Martin (Adam), Alec Baldwin (Jake), John Krasinski (Harley), Lake Bell (Agness), Mary Kay Place (Joanne), Rita Wilson (Trisha), Alexandra Wentworth (Diana), Hunter Parrish (Luke), Zoe Kazan (Gabby), Caitlin Fitzgerald (Lauren), Emjay Anthony (Pedro), Nora Dunn (Sally), Bruce Altman (Ted), Robert Curtis Brown (Peter), James Patrick Stuart (Dr. Moss), Peter Mackenzie (Dr. Allen), Sean Hamrin (Oliver), Valente Rodriguez (Reynaldo)
Trailer:
Críticas de filmes
O Telefone Preto

A Blumhouse, produtora americana conhecida pelas franquias Halloween e Atividade Paranormal, traz uma boa surpresa para o cenário do terror mainstream em 2022 com o lançamento de O Telefone Preto. O longa dirigido por Scott Derrickson (Doutor Estranho, 2016), chega aos cinemas brasileiros dia 21 de julho e traz Ethan Hawke (Cavaleiro da Lua, 2022) sequestrando adolescentes nos anos 70.
O roteiro segue Finney Shaw, interpretado por Mason Thames (Walker, 2017) um adolescente de 13 anos introvertido e que sofre bullying na escola. Ele e sua irmã Gwen, vivida por Madeleine McGraw (Homem Formiga e a Vespa, 2018), são muitos próximos e enfrentam dificuldades em casa devido ao alcoolismo do pai, papel de Jeremy Davies (A Casa Que Jack Construiu, 2018).
Um ponto alto do filme está no carisma das crianças. Finney e Gwen são personagens com os quais nos importamos desde o ínicio, não apenas por serem crianças desprotegidas, mas por possuírem instinto de sobrevivência e superação. A amizade dos irmãos proporciona momentos comoventes e fofos em tela e, mesmo quando estão separados, a conexão entre os dois continua muito forte.

Dessa forma, ao colocar crianças como protagonistas, o diretor que também é um dos roteiristas do filme juntamente com C. Robert Cargill (A Entidade, 2012), assumiu o risco de confiar nas habilidades delas para transmitir a tensão do filme. É certo que o elenco de apoio, composto pelos adultos também atua bem, o próprio Ethan Hawke, sempre competente, porém, ele passa todo tempo do filme mascarado e, as situações mais aflitivas, são lideradas pelos atores mirins.
Na cidade de Denver, Colorado, onde a família mora, alguns garotos que estudam na mesma escola dos irmãos começam a desaparecer. Finney, ao voltar para casa depois da aula, também é pego pelo sequestrador mascarado que o leva para um porão à prova de som. No local, há apenas uma cama e um telefone preto desconectado, porém, Finney começa a ouvir chamadas do aparelho desligado.
As ligações recebidas por Finney são os fantasmas dos meninos assassinados anteriormente pelo sequestrador. A princípio, Finney fica assustado com essa interação sobrenatural, mas logo começa a se comunicar melhor com os garotos mortos e usar isso para tentar escapar do cativeiro. Nesse momento, conhecemos melhor o caráter sádico do vilão e quem foram as primeiras vítimas dele.

Além disso, a atmosfera sombria, a violência e a constante ameaça de que Finney não irá escapar de seu destino terrível, aliadas ao uso contidos de jump scares, fazem com que o suspense seja eficiente. O longa foi baseado no conto de mesmo nome de Joe Hill, filho do famoso escritor Stephen King, e, os fãs de King irão perceber várias referências e inspirações do autor de It: A coisa.
O Telefone Preto não é um filme perfeito e pode não impressionar a todos, porém, quem aprecia uma combinação entre os subgêneros sobrevivência e investigação, irá sair da sessão muito satisfeito. As jornadas dos personagens e a entrega das performances conseguem prender nossa atenção. Vale a pena conferir!
Críticas de filmes
Elvis: Austin Butler é o Rei do Rock em cinebiografia de Baz Luhrmann
O ator de 30 anos, Austin Butler, era conhecido por participações em programas adolescentes dos canais Disney Channel e Nickelodeon e por protagonizar a série The Carries Diaries (2013-2014). No ano de 2019, além de uma ponta em Era Uma Vez…Em Hollywood de Quentin Tarantino, Butler foi escalado para viver Elvis Presley na cinebiografia Elvis (2022), de Baz Luhrmann, neste que provavelmente é o papel que colocará o jovem ator como um dos mais promissores artistas do cinema atualmente.
Elvis, que estreia no Brasil no dia 14 de julho de 2022, a primeira vista pode parecer uma cinebiografia tradicional e, de certo modo, o roteiro segue uma estrutura linear conhecida de ascensão e queda do astro do rock. Contudo, a direção e estilo de Baz Luhrmann (O Grande Gatsby, 2013), trazem um diferencial para o filme e, principalmente, para quem é fã do diretor, elevem a experiência cinematográfica.
Como de costume, Baz utilizou de toda sua criatividade para maximizar os eventos que ele decidiu contar. O filme é extremamente vibrante e frenético. Logo nos minutos iniciais pode-se perceber que a montagem, nada convencional, realiza transições diferentes, mistura gêneros diferentes e potencializa as partes musicais com cortes rápidos e variações de filtros e cores em sua fotografia e figurinos.
Para acompanhar essa vibração alucinante, era preciso contar com uma performance marcante que conseguisse capturar a essência de Elvis. Levando isso em conta, Austin Butler foi a escolha perfeita. Austin é uma estrela em ascensão e, é impossível não se apaixonar por ele. Em entrevistas para promover o longa, Butler detalhou um longo processo de dois anos de estudo para fazer justiça à figura de Presley.
A dedicação e preparo do ator compensaram bastante porque Austin Butler é o filme! Para dar luz ao personagem, além de cantar e dançar muito bem, eram necessárias atitudes e comportamentos que fossem além de imitações caricatas. Dessa maneira, o ator transmite todo o magnetismo, energia e carisma que encontramos em Elvis Presley.
Por outro lado, o personagem vivido por Tom Hanks, o empresário Tom Parker, que foi responsável por lançar o cantor ao estrelato, não fugiu muito de um caráter caricaturesco. Isso se deve, não tanto pela interpretação de Tom Hanks, mas sim, pelas escolhas do roteiro e direção. Ao definirem Tom Parker como um antagonista muito claro, eles o transformaram em um vilão exagerado. De fato, os abusos emocionais e financeiros que Parker praticava com Elvis, são angustiantes e é nítido que a proposta do filme era aumentar a comoção e nos deixar revoltados com a manipulação sofrida por ele.
De maneira geral, Elvis emociona, entretém e destaca as contribuições do ícone do rock para a história da música. Comparada às dezenas de cinebiografias que os estúdios produzem todos os anos, Elvis consegue se sobressair. O filme foi ovacionado por 12 minutos no Festival de Cannes em maio deste ano, e vem conseguindo ótimos números de bilheteria nos Estados Unidos. O sucesso do filme é merecido, vida longa a Austin Butler e Baz Luhrmann!
Críticas de filmes
Lightyear: Buzz recruta turma de desajustados em aventura do Comando Estelar
A franquia Toy Story é sem dúvidas um dos maiores sucessos da história do cinema, tanto no desempenho nas bilheterias quanto na aclamação da crítica e do público em geral. Um dos motivos que explicam tamanho êxito é o carisma e simpatia de personagens como Woody, Rex, Sr. Cabeça de Batata e Buzz Lightyear. Este último ganhou seu spin-off que estreia dia 16 de junho no Brasil.

Os fãs de Toy Story, provavelmente devem se lembrar que em 1995, Andy ganhou um exemplar do brinquedo Buzz, personagem principal do seu filme favorito. Assim, Lightyear, como indica o nome, se propõe a contar a história original de como Buzz se tornou o lendário patrulheiro espacial.
No enredo, Buzz é ainda um jovem astronauta e junto de sua parceira de equipe, Izzy, estão a explorar um planeta desconhecido, porém as coisas se complicam quando plantas hostis atacam a nave de Buzz. A tentativa de escapar do local dá errado e Buzz e a tripulação são forçados a ficar no local e elaborar um plano arriscado de fuga.
Dessa forma, o filme percorre várias referências e alusões a clássicos da ficção científica. De fato, em sua missão para conseguir retornar à Terra, Buzz precisa encontrar uma maneira de viajar entre o tempo e o espaço. Assim, em suas tentativas, o patrulheiro envelhece alguns minutos, enquanto seus amigos envelhecem por anos e, a cada falha de Buzz, ele se distancia da idade das pessoas.
Além disso, esse fato traz diversos conflitos para o protagonista: Buzz se sente muito frustrado por não conseguir cumprir a missão e não consegue se integrar à nova realidade. Dessa maneira, o roteiro usa as investidas que falharam para mostrar características da personalidade de Buzz, ele ainda é muito teimoso e se recusa a aceitar ajuda.
Todas essas qualidades são acentuadas quando Buzz se junta à uma turma de patrulheiros desajustados. Nesse momento, o protagonista precisa aprender a lidar com seus defeitos e, principalmente, a trabalhar em equipe. Os elementos de nostalgia são explorados na medida mas nunca em exager. Assim, o filme destaca valores de amizade, companheirismo e força de vontade.
Outro momento especial que acompanhamos são as mudanças de traje do Buzz, que vão evoluindo no decorrer da história. De modo geral, Lightyear é divertido e tem personagens carismáticos que vão agradar a todos os públicos. O enredo se mantém consistente e no terceiro ato traz elementos novos mas sem grandes reviravoltas. A Pixar trouxe uma experiência cinematográfica depois de dois anos sem lançamentos no cinema e vale a pena conferir.
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2T
27 de fevereiro de 2010 at 1:16
John Kradinski eh fodaaaaaa! E ver um filme bom com o Steve Martin é a mesma coisa que esperar um filme ruim da Streep. Sorte dele que ela esta no filme… hahaha
Ná
6 de março de 2010 at 5:13
Adorei esse filme super moderno….mto bom, a trilha sonora esta maravilhosa.
JAQUELINE
24 de março de 2010 at 1:35
queriq o nome de uma musca do filme e nao consegui
karina_augusta20
14 de julho de 2010 at 0:01
gente eu queria as músicas desse filme!
(teem uma antiga q eu adorooo!) Se alguém souber me ajude!!!Ah,rs!eu ameei o filmeee! 😀
Vivi
28 de agosto de 2010 at 21:05
Tb quero mto uma musica desse filme e nao consigo achar, alguem me ajudaaaa ?! Rsrs
Anonymous
2 de março de 2011 at 13:53
Trilha Sonora de Simplesmente Complicado:
01. Judy Blue Eyes – Crosby, Stills and Nash
02. Grooving In The Garden – Daniel May
03. L’ombre Et La Lumiere – Benjamin Biolay
04. Late Night Session – Fluff
05. Save Room – John Legend
06. Love That Girl – Raphael Saadiq
07. Girl They Won’t Believe It – Joss Stone
08. Don’t Do Me Like That – Tom Petty and the Heartbreakers
09. Pomp And Circumstance – The Band of The Grenadier Guards
10. Good To Go – The Daniel May Quartet
11. Do Your Thing – Basement Jaxx and Richard Mitchell
12. Charmaine – Erno Rapee
13. Night And Day – Oscar Peterson
14. In The Still Of The Night – Oscar Peterson Trio
15. Since I Fell For You – Gladys Knight
16. Mama Said – The Shirelles
17. Bennie And The Jets – Elton John
18. Rebel Rebel – David Bowie
19. You Make Me Feel Like Dancing – Leo Sayer
20. Good Thing – Fine Young Cannibals
21. Monkey Man – The Specials
22. Back/Forth – Jensen Karp
23. Wouldn’t It Be Nice – The Beach Boys
24. Mal O Mains – Sanseverino
25. Singleman Party Foxtrot – Dave Grusin
26. It’s Complicated – Hans Zimmer & Heitor Pereira
Cássia Maria
7 de março de 2011 at 20:57
qual a música que toca na cena que eles estão num quarto de hotel,antes do desmaio dele.
adorei o filme.Ri muito