5 motivos para assistir X-Men: Apocalipse

Estreia hoje, 19 de maio, o aguardado X-Men: Apocalipse, que, aproveitando o clima de duelos que vem rolando nos filmes de quadrinhos (vide Batman x Superman e Guerra Civil) coloca mutantes contra mutantes em um combate que pode significar o fim do mundo.

O filme se desenrola a partir do despertar de En Sabah Nur (Apocalipse), ou o primeiro mutante. Em sua saga pela imortalidade, En (será que podemos apelida-lo assim?) vem trocando de corpo toda vez que se aproxima da morte, escolhendo sempre seres com poderes diferentes para somar às habilidades que já tem, e gerando por fim um super-mutante com capacidade construtiva e destrutiva incomensurável. Sua intenção é recrutar mutantes fortes que poderão se unir a ele para aniquilar o mundo como o conhecemos e começar do zero. Em apologia aos 4 cavaleiros do Apocalipse, Guerra, Fome, Peste e Morte, são recrutados, respectivamente, Magneto, Tempestade, Psylocke e Anjo, todos com poderes ampliados pela “magia” de En Sabah Nur.

Confira abaixo 5 motivos pelos quais você não pode deixar de ver esse filme e aproveite para ler a crítica completa aqui.

Ver o Wolverine como Wolverine em X-Men uma última vez

ORIGENS WOLVERINE
Alguns atores incorporam seus personagens. Porém, em raras ocasiões, vemos um ator que se transforma em um personagem. Desde Stallone como Rocky Balboa, passando por Mike Myers como Austin Powers, vemos atores que personificam histórias, criando filmes convincentes e, por vezes, perdendo sua personalidade para aquela do personagem. Dentre essas personificações maravilhosas, não podemos deixar de citar como o incrível cantor de musicais e levantador de toras (sério gente, miseráveis <3) Wolv, ops, Hugh Jackman. Sua semelhança com Wolverine e sua entrega ao papel é tão perfeita, que já começamos a ficar saudosos em X-Men: Apocalipse. Isso porque o mutante ator declarou que finalizaria a encarnação de Wolverine em Wolverine 3 (que estreia em 2017), o que faria deste seu último X-Men. Para nós, o que fica é um nó na garganta e uma incrível esperança de que ele mude de ideia. Para os diretores, fica o desafio de escalar alguém que faça jus ao maravilhoso histórico de Hugh.

Então, para despedir – ou não –, Wolverine (ou Logan) comparece em uma participação curtinha, porém marcante. Sua conexão mística (talvez seja melhor não usar esse adjetivo para não gerar complicações) com a jovem Jean, contrastada com a sanguinolência e selvageria dos minutos que ele está em cena, nos faz lembrar da primeira trilogia (e secretamente desejar que Jean tivesse escolhido o barbudo Logan ao invés do paspalho do Ciclope). Ao mesmo tempo que chegam as boas lembranças da franquia dos anos 2000, vêm também o arrepios com as temerosas memórias dos filmes individuais de Wolverine, uma dor a parte que não faz jus à magnificência do personagem, e que esperamos ser superada no último filme da franquia no ano que vem.

Uma nova Tempestade

Alexandra Shipp X-Men Apocalipse

Uma caloura que ganhou corações nesse filme. A atriz fofíssima – e até então pouco conhecida – chama-se Alexandra Shipp, e fez uma entrada memorável na história dos X-men. Seu look agressivo no estilo punk combina muito com a fase da personagem, que fica com um ar bem mais convincente do que a estranha Halle Berry que, por mais linda que seja, acaba dando um ar de deusa da metereologia que é bem irritante. Seu moicano, advindo dos traços de Paul Smith em 1983, retrata uma época de mudança no estilo da personagem, quando ela abraça seus poderes e se inspira na amiga, a ronin (samurai independente) Sukio. Com isso, a personagem sai do lugar comum e evolui para a punk climática, com muito prazer. Ainda que ela não se mostre muito no filme, com certeza sua introdução abre precedentes para novos bons filmes.

Retorno da Moira McTaggert (Rose Byrne)

Moira McTaggert

Sou extremante romântica, então é óbvio que, no segundo em que Moira aparece (logo no início do filme) as fanfics já estavam todas arquitetadas para o fofo casal Choira (Charles + Moira), que ganhou nossas lágrimas em X-Men: Primeira Classe. A simplicidade, simpatia e talento da atriz fazem com que ela consiga se manter discreta, porém nunca passar despercebida. Seus olhares penetrantes e suas memórias confusas instigam o espectador a mirabolar cenas picantes ou suaves com o sensual professor, ganhando um erotismo que muitas vezes falta em filmes da Marvel ou DC.

James McAvoy

James McAvoy X-Men Apocalipse

E como não? O maravilhoso (em TODOS os sentidos) McAvoy encarna o professor Xavier não só honrando o personagem da primeira trilogia, como também evoluindo e aprofundando-o de forma magnífica. Pessoalmente, considero Patrick Stewart, o ator da primeira franquia, um antipático (podem me odiar, Xaviéricos de 2000 e fãs de Jornada nas Estrelas). Não é um professor que conseguimos admirar da mesma forma que os mutantes. É o telepata mais robótico e raso da franquia. Mas, com McAvoy – que assumo, ganhou meu coração em Desejo e Reparação – o personagem também ascendeu ganhando não só carisma e personalidade, como também dimensões humanas que transcendem a genialidade. A atuação impecável, a boa índole e a previsibilidade não fazem dele um personagem débil, mas criam um personagem leal e bom que é o perfeito contraponto ao conflituoso Magneto. Aliás, a dinâmica McFassy (ou Cherik) continua maravilhosa, mesmo que nesse filme eles não tenham tantas oportunidades de interação quanto no primeiro da trilogia.

Todas as sequências maravilhosas de Mercúrio/Quicksilver

X-Men Apocalypse Evan Peters

Se nada disso te convenceu, vou só dizer que Mercúrio está triunfal no filme, ao som de nada menos que a icônica “Sweet Dreams (are made of this)” por Eurythmics, clássico dos anos 80 que ganha vida nos passos velozes do personagem. Não só esse é o melhor velocista de qualquer universo de quadrinhos, mas o ator foi tão bem escolhido que fica difícil não ser amado. Seu rosto extremamente comum, seu sorriso torto e sua (falsa) humildade fazem desse um dos melhores personagens da série, e com certeza uma das melhores cenas do filme. Em 3D, a cena fica ainda mais interessante, com qualidade excepcional e a sensação de que tudo acontece muito lentamente, aumentando a compreensão da velocidade ultra-sônica de Mercúrio de maneira bem mais elegante do que simplesmente acelerar o personagem. Para aqueles que amaram a invasão do pentágono no último filme, vocês não perdem por esperar pelo Apocalipse.