Filmes Online: 13 filmes que você precisa assistir na Netflix

A equipe do Cinema de Buteco ajudou a vida de quem fica zapeando e recomenda 13 filmes para ver na Netflix.

ESTATÍSTICAS NÃO MUITO CONFIÁVEIS DIZEM QUE PARA CADA FILMES QUE SE ASSISTE NA Netflix, gasta-se quatro horas vendo as opções. Para ajudar os indecisos, juntamos parte da equipe e cada um indicou um filme do catálogo.

As opções estão bem diversas, com dramas, comédias, musicais, documentários romances. Filmes antigos, filmes recentes, filmes dirigidos e protagonizados por mulheres. E você também pode acompanhar nossas recomendações pelas redes sociais, procurando #ButecoIndica.

É só preparar a pipoca e dar play em alguma das opções abaixo. Elas estão em ordem cronológica.


1-Amor, Sublime Amor (West Side Story, Musical, 1961, EUA, Direção: Jerome Robbins e Robert Wise)

west_side_story_posterVocê com certeza já ouviu falar desse filme ou viu referências a respeito. Um clássico, no melhor sentido da palavra. A obra é a versão musical do clássico de Shakespeare, Romeu e Julieta, mas com interessantes adaptações para que o enredo se passe em Manhattan, em Nova Iorque. A história havia feito sucesso nos palcos da Broadway e, no cinema, esse sucesso se manteve. Em 1962, o filme, de mais de duas horas e meia, faturou dez Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor (Robert Wise e Jerome Robbins), Melhor Ator Coadjuvante (sublime George Chakiris) e Melhor Atriz Coadjuvante (Rita Moreno).

O que diferencia o filme da história tradicional é que, em vez de famílias rivais, o casal apaixonado pertence a gangues rivais. Amor, Sublime Amor também destaca-se por tratar de preconceito, especialmente de norte-americanos contra porto-riquenhos. Numa época em que se discutem muros em campanhas presidenciais e o preconceito contra imigrantes está mais forte que nunca, a música America, grande destaque da trilha sonora, não é apenas atual, mas essencial para reflexão. Curiosidade: o filme venceu o Grammy na categoria de melhor álbum de trilha sonora de cinema ou televisão.

Priscila Armani

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2- Dr. Fantástico (Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb, Comédia, 1964, EUA, Direção: Stanley Kubrick)

dr_strangeloveApesar de ser um dos menos lembrados da filmografia de Stanley Kubrick, Dr. Fantástico se destaca como uma das obras mais inteligentes e socialmente relevantes do cineasta. O filme retrata a tensão gerada após um general da Força Aérea americana ordena um ataque nuclear à União Soviética, e como ambos os países tentam lidar com a situação. Recheado de humor negro e com uma das melhores performances do sempre excelente Peter Sellers (que interpreta três personagens diferentes), Dr. Fantástico é um filme essencial para entender a insanidade do período da Guerra Fria, vista através do olhar único de Stanley Kubrick, causando um impacto social tão grande que, depois de seu lançamento, mudanças políticas foram providenciadas para evitar que a história do filme pudesse realmente ocorrer.

Lucas Victor

 

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3- No Calor da Noite (In the Heat of the Night, Drama, 1967, EUA, Direção: Norman Jewison)

in_the_heat_of_the_nightUm policial encontra um importante empresário morto no meio de Sparta, uma cidade sulista dos EUA. Ao buscar o possível culpado vê Sr. Tibbs na estação de trem, um negro bem vestido. Ao levá-lo como suspeito e encontrar em sua carteira uma grande quantidade de dinheiro, acredita ter encontrado o assassino.

Para quem vai atrás de um filme de suspense talvez não fique muito satisfeito, a linha de raciocínio pode se tornar um pouco confusa. Mas o foco não é esse, o roteiro critica um comportamento muito presente na época da filmagem e atualmente: o racismo. Tudo se intensifica mais por se passar em um dos estados mais preconceituosos dos EUA e em uma época em que a segregação ainda era muito presente na sociedade. Um suspense vanguardista, que conseguiu tocar em temas sociais. Com certeza incomodou na época, afinal o Oscar de Melhor Ator ficou para o chefe de polícia, Rod Steiger, e não para o ator principal, Sidney Poitier.

Natália Ranhel

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4 –Rede de Intrigas (Network, Drama, 1976, EUA, Direção: Sidney Lumet)

rede de intrigasCada vez mais atual, Rede de Intrigas usa o personagem Howard Beale (Peter Finch) para expressar o domínio que a TV exercia sobre seus consumidores da época, o que podemos relacionar com a internet (e com a TV também) dos dias de hoje. A reação exacerbada do âncora de um programa de notícias ao saber que vai perder o emprego eleva a audiência da emissora e faz com que a ética dos profissionais envolvidos seja questionada. O filme de Sidney Lumet conta com grandes nomes do cinema, como Robert Duvall e Faye Dunaway, e examina o filtro que todos precisamos ter ao fazer uso dos meios de comunicação.

Graciela Paciência

A crise financeira do jornalismo pode ser razoavelmente recente, mas se você acha que a crise moral é coisa nova, pense de novo. Na década de 70, o magistral Sidney Lumet nos conduz pela história de Howard Beale (Peter Finch), um âncora de telejornal que promete cometer suicídio em frente às câmeras. A partir de então, os executivos da emissora, especialmente uma inescrupulosa Faye Dunaway, utilizam vidas, sentimentos, grupos sociais e até sexo para alçar pontos no ibope e a carreira de Beale do inferno ao céu. O resultado do thriller(quase terror) é um envolvente soco no estômago. O elenco é tão sensacional que cinco atores foram indicados ao Oscar, com três vencendo (Beale, Dunaway e Beatrice Straight), assim como o brilhante roteiro de Paddy Chayefsky

Larissa Padron

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5- O Show de Truman (The Truman Show, Comédia, 1998, EUA, Direção: Peter Weir)

trumanshowTruman (Jim Carrey) vive dentro de uma gigante ilha cenográfica, controlada pelo “visionário” Christof, cercado de atores e produtos muito bem selecionados pelo departamento de marketing, com cada segundo de sua vida, desde seu nascimento, sendo transmitido ao vivo para todo o mundo. O mundo gira ao redor dele e ele é o único que não sabe disso. Pode não parecer original hoje, mas na 1998 pré-BBB o filme foi uma bela alfinetada na sociedade de consumo, sem deixar de ser divertido e adorável.

O roteiro é bem-estruturado e a direção é acertada ao dar um tom de sitcom barato para a produção. Mas é a construção do protagonista que torna o filme tão profundo. O papel de alguém que se porta naturalmente de maneira forçada, sendo exatamente o estereótipo do que buscamos na TV (o cara engraçado e amável do comercial de margarina) caiu como uma luva para Carrey.

Larissa Padron

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6- Anita (Idem, Drama, 2009, Argentina, Direção: Marcos Carnevale)

anitaEm anos de Netflix, poucas foram as vezes em que as avaliações me deixaram na mão. No caso de Anita, cinco estrelas não poderiam ser à toa. O filme conta, de uma forma diferente, o ataque terrorista à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em 1994. O assunto pode até não despertar o interesse logo de cara, mas com certeza prenderá a atenção do espectador com facilidade, durante todo o filme. Anita (Alejandra Manzo) é uma jovem doce que mora com a mãe e tem uma rotina tranquila, mas enfrenta os desafios de viver com Síndrome de Down. Esse último fato acaba se tornando o ponto chave do filme, pois dá uma perspectiva diferente aos desdobramentos do atentado. Perdida na cidade depois do ocorrido, a protagonista passará dificuldades e conhecerá pessoas de todos os tipos tentando voltar para casa.

Nos últimos tempos, perdi a conta de quantas vezes citei o filme em rodas de amigos, quando o assunto era o que cada um tinha visto de relevante. Diria que é mais que isso: é necessário. Colocar-se no lugar de outra pessoa com parâmetros diferentes dos nossos, deveria ser uma atividade diária. Marcos Carnevale é impecável ao proporcionar essa experiência de empatia. E além do mais, o público descobrirá que Anita é uma mulher mais forte que a maioria das pessoas com metade de suas dificuldades, principalmente frente a uma situação tão adversa como um atentado terrorista.

Cássio Gabus

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