Review: It’s Always Sunny in Philadelphia s11e01 – “Chardee MacDennis 2: Electric Boogaloo”

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A comédia mais duvidosa da TV está de volta para a sua décima primeira temporada. Finalmente superamos Friends em número de temporadas. Porém, mais do que um marco, os roteiristas de It’s Always Sunny in Philadelphia devem tentar compensar a todo custo o fato da temporada passada não ter sido nem um pouco memorável como deveria ser. E pelo pouco que esse primeiro episódio já pode nos contar, parece que teremos um ano de bons episódios, com bastante humilhação dos personagens e com uma boa dose de referências a história da série, o que para os fãs é sim, a melhor parte.

“Chardee MacDennis 2: Electric Boogaloo” nos levou direto para a divina sétima temporada, repleta de pérolas como “Fat Mac”, a gravidez de Dee, o sensacional concurso de beleza infantil de Frank, a reunião do ensino médio, e claro, também foi a temporada em que fomos apresentados a “Chardee MacDennis: The Game of Games”. Como essa temporada foi bem acima da média, confesso desse episódio ter passado um pouco sob meu o radar, se comparado aos outros, porém assistindo isoladamente é super divertido, humor nocivo e de alta qualidade como só os roteiristas de It’s Always Sunny in Philadelphia conseguem fazer.

A versão 2.0 do jogo não chegou a mesma altura que o original, mas teve seus pontos altos. E agora com Frank dominando mais a brincadeira é claro que as coisas ficaram mais bizarras, como a introdução da fase quatro “Horror”. Ver Frank encarnando Jigsaw e a gangue lutando pela sua sobrevivência, com direito a choques elétricos e Charlie cagando nas calças, sem dúvidas foi a melhor sequência do episódio. Frank é muito bizarro e sempre podemos contar com o personagem para levar as coisas para o próximo level, como a bandeira Natzy que ele criou para o seu time… Incrível.

A construção do episódio em si já foi muito boa, o fato deles terem que apresentar o jogo para o falso representante da Matel, e terem feito aquele vídeo de divulgação super nonsense, já valeu o plot. Muito pelo fato deles não terem sacaneado o cara, não injetado a seringa nele ou ridicularizado o mesmo como eles fazem com todo mundo, uma parte de mim já desconfiava qual seria o desfecho da história, que foi bem típico da série. Serviu tudo para nada, como sempre. Frank com seu poder manipulador, poderia ter levado a noite, se não tivesse ido  tão longe em seu jogo.

As mudanças de regras vieram para bem, porém a condução do jogo durante o episódio, deixou vários furos de continuidade. Não sei se era por estarem apenas exibindo o jogo ao investidor, mas o fato deles avançarem sempre juntos para a próxima fase me incomodou um pouco. Agora, o hilário plot do álcool na veia para evitar a trapaça, e a nova cerimônia com estiamento de bandeiras foram grandes adições, até mesmo o pior sotaque brasileiro já feito na história da TV, confesso que me conquistou. E finalmente também descobrimos porque Charlie e Mac odeiam tanto a modalidade dos quebra-cabeças.

Agora, cá entre nós, não seria “Chardee MacDennis” se o jogo não tivesse mantido sua verdadeira essência: degradação física e humilhação pública. Mesmo tentando disfarçar seus instintos, a gangue eventualmente deixou eles falarem mais alto. Dee e Denis queimando a bandeira de Mac e Charlie, com o mesmo na cama do hospital, e trazerem a garçonete para esculachar publicamente ele, foram as duas cerejas no bolo que eu precisava para acreditar que essa será sim uma grande temporada. Aos fãs de It’s Always Sunny in Philadelphia, sejam bem vindos, estarei cobrindo essa temporada aqui no Cinema de Buteco. Até!