O Cinema de Buteco adverte: o texto a seguir possui spoilers e deverá ser apreciado com moderação.
Já estava com saudades de Carol em The Walking Dead depois de um tempinho fora de cena. Em “Not Tomorrow Yet”, uma das personagens com o arco de histórias mais interessante da série reaparece mostrando que ainda tem muito a oferecer para os telespectadores. Quem diria que Carol se envolveria em uma história de amor na série? Aliás, o romance está em alta em The Walking Dead atualmente…
Carol é a personagem central do episódio 12 da sexta temporada e faz isso muito bem, inclusive demonstrando que a conversa com Morgan teve um efeito em sua própria personalidade. Ao preparar os biscoitos para os moradores de Alexandria e se permitir uma paixão por Tobin (notem como ela é combativa em relação à ele. Ao invés de usar palavras de carinho, Carol usa ofensas para demonstrar o seu amor. Aposto que ela é de libra), a heroína começa a viver um conflito interno sobre todas as pessoas que ela tirou a vida. Considerando a maneira como o episódio acaba, tudo é possível no futuro de Carol em The Walking Dead…
Falando em “romance”, Abraham finalmente toma a sua decisão e faz isso de um jeito muito brusco. A coitada da Rosita não merecia o final do relacionamento da forma como aconteceu. O ruivão, com a sutileza de um elefante, diz: “Quando eu te conheci, pensava que fosse a última mulher do mundo. Só que você não é.”
Tipo. Cacete.
A gente até entende que Abraham não é um tipo muito sensível, mas eu não me lembro de ter visto um término de relacionamento tão definitivo. Ou agressivo. Nem os meus namoros acabam assim. Geralmente é com uma ameaça de processo, cartas desejando a minha morte ou revelando profundo arrependimento de terem me conhecido. Coisa bem de leve e diferente do que Abraham fez.
Completando a história de “Not Tomorrow Yet”, temos a turma de Rick invadindo um complexo em que os homens de Negan vivem. Numa ação que deixaria o Capitão Nascimento orgulhoso (até mesmo do Padre Gabriel, que vestia até mesmo uma “farda” preta. 100% caveira), eles exterminam com parte dos Salvadores. Poderia ser uma sequência mais eletrizante e com boas doses de suspense, mas a intenção foi mesmo deixar claro para os telespectadores a supremacia de Rick e seus amigos. Não interessa como conseguiram os resultados. No entanto, um momento merece ser destacado: Glenn e Heath ainda não haviam matado nenhum humano e conversavam sobre o impacto que isso teria em suas vidas. Diante a possibilidade de morrerem, eles são obrigados a apertarem o gatilho para garantir a sua sobrevivência. Ainda sobre Glenn: que cena tensa dele admirando as fotos das cabeças esmagadas pela Lucille, a arma de Negan… Quem conhece a HQ se arrepiou!
Por fim, The Walking Dead é provavelmente a única série que já mostrou um padre negro dando conselhos amorosos para uma branquela lésbica e sendo observado por um sujeito chamado Jesus. Fica ainda melhor depois que Jesus e Gabriel saem juntos para matar os Salvadores. Ironia define.