Review: The Walking Dead s06e12 – “Not Tomorrow Yet”

O Cinema de Buteco adverte: o texto a seguir possui spoilers e deverá ser apreciado com moderação.

Not Tomorrow Yet
Já estava com saudades de Carol em The Walking Dead depois de um tempinho fora de cena. Em “Not Tomorrow Yet”, uma das personagens com o arco de histórias mais interessante da série reaparece mostrando que ainda tem muito a oferecer para os telespectadores. Quem diria que Carol se envolveria em uma história de amor na série? Aliás, o romance está em alta em The Walking Dead atualmente…

Carol é a personagem central do episódio 12 da sexta temporada e faz isso muito bem, inclusive demonstrando que a conversa com Morgan teve um efeito em sua própria personalidade. Ao preparar os biscoitos para os moradores de Alexandria e se permitir uma paixão por Tobin (notem como ela é combativa em relação à ele. Ao invés de usar palavras de carinho, Carol usa ofensas para demonstrar o seu amor. Aposto que ela é de libra), a heroína começa a viver um conflito interno sobre todas as pessoas que ela tirou a vida.  Considerando a maneira como o episódio acaba, tudo é possível no futuro de Carol em The Walking Dead…

Falando em “romance”, Abraham finalmente toma a sua decisão e faz isso de um jeito muito brusco. A coitada da Rosita não merecia o final do relacionamento da forma como aconteceu. O ruivão, com a sutileza de um elefante, diz: “Quando eu te conheci, pensava que fosse a última mulher do mundo. Só que você não é.”

Tipo. Cacete.

A gente até entende que Abraham não é um tipo muito sensível, mas eu não me lembro de ter visto um término de relacionamento tão definitivo. Ou agressivo. Nem os meus namoros acabam assim. Geralmente é com uma ameaça de processo, cartas desejando a minha morte ou revelando profundo arrependimento de terem me conhecido. Coisa bem de leve e diferente do que Abraham fez.

Completando a história de “Not Tomorrow Yet”, temos a turma de Rick invadindo um complexo em que os homens de Negan vivem. Numa ação que deixaria o Capitão Nascimento orgulhoso (até mesmo do Padre Gabriel, que vestia até mesmo uma “farda” preta. 100% caveira), eles exterminam com parte dos Salvadores. Poderia ser uma sequência mais eletrizante e com boas doses de suspense, mas a intenção foi mesmo deixar claro para os telespectadores a supremacia de Rick e seus amigos. Não interessa como conseguiram os resultados. No entanto, um momento merece ser destacado: Glenn e Heath ainda não haviam matado nenhum humano e conversavam sobre o impacto que isso teria em suas vidas. Diante a possibilidade de morrerem, eles são obrigados a apertarem o gatilho para garantir a sua sobrevivência. Ainda sobre Glenn: que cena tensa dele admirando as fotos das cabeças esmagadas pela Lucille, a arma de Negan… Quem conhece a HQ se arrepiou!

Por fim, The Walking Dead é provavelmente a única série que já mostrou um padre negro dando conselhos amorosos para uma branquela lésbica e sendo observado por um sujeito chamado Jesus. Fica ainda melhor depois que Jesus e Gabriel saem juntos para matar os Salvadores. Ironia define.