O Profissional


O PRIMEIRO FILME DE NATALIE PORTMAN. É assim que podemos começar a resenha de O Profissional. Portman, na época com 13 anos, faz a pequena e rebelde Mathilda, descedente de uma familia de italianos bem problemática. Seu pai é traficante, sua madastra é uma prostituta, sua meia irmã uma futil que bate nela sempre que pode e seu irmão, de 4 anos, é o único membro que ela ama. Paralelamente Leon, Jean Reno, é um matador de aluguel. As vidas dos dois se encontram quando o maluco Stansfield, interpretado por Gary Oldman, mata a família inteira de Mathilda por causa de uma dívida.  Sim, mata até a criança. Mathilda é salva pois ao perceber do que se tratava, toca campainha na casa de Leon, que abre a porta e a deixa entrar. E assim começa a trama.

Leon é um cara solitário, iletrado e cheio de manias, porém um ótimo profissional. Mathilda pede para ele ensina-la como ser do jeito que é, transformando assim um laço de pai e filha, confundido pela própria como paixão.  Álias, é uma paixão. No roteiro original é sim algo sexual. Mas a pedidos dos pais de Portman, uma criança na época, o filme ficou mais macio e para os ingênuos, passa a ser uma relação pai e filha sem maldade nenhuma (mas para quem tá curioso, tem 24 minutos a mais no dvd de 2004 com as cenas que mostram esta relação pedófila).

A cada cena, uma peculiaridade e uma tensão. Pode ser sexual, pode ser de suspense, mas nada do filme é clichê. Nada do filme é óbvio. Até o final você não tem noção do que vai acontecer. O que transforma não em um filme de ação, daqueles que foda-se a história o que é legal é a propaganda do carro e da bebida que vai aparecer como mensagem subliminar, mas sim numa obra prima. Um filme que merece ser visto e revisto, principalmente pela química dos protagonistas e do roteiro. Tá sem nada para fazer em casa? Alugue e veja, sem especular sobre o final.