
Um documentário sobre uma banda de rock pode ter duas funções principais: a primeira ser um registro fiel (ou quase) da banda (ou de um determinado fato) para seus fãs às vezes até buscando ser uma evolução em termo de registro audiovisual; a segunda é buscar uma verdadeira conexão com o público que não fã e/ou desconhece a banda criando uma empatia que ultrapassa os limites do documentário e cria uma nova ligação com quem assiste.
Infelizmente documentário FIX – The Ministry Movie consegue cumprir apenas a primeira função. O Ministry iniciou suas atividades em 1981 em Chicago tendo como líder o vocalista Alain Jourgensen e foram responsáveis pela criação do chamado metal industrial que segundo a nossa querida Wikipédia “é um gênero musical que mistura a música industrial com diversos subgêneros do heavy metal, usando riffs de guitarra rítmicos e repetitivos, samplers, sintetizadores ou sequenciadores e vocais distorcidos” influenciando grupos Rammstein e Nine Inch Nails.
O diretor Douglas Freel, que fez videoclipes de bandas como Kiss, Rush e Poison, prefere focar o lado auto-destrutivo de Alain Jourgensen regado a muito sexo, drogas e rock’n’roll e deixa para construir a importância da banda na história do metal por conta dos depoimentos de outros músicos como Trent Reznor (Nine Inch Nails), Lemmy Kilmister (Motörhead), Dave Navarro (Jane’s Addiction) e pessoas que trabalharam com a banda.

Em suma FIX – The Ministry Movie peca por não nos mostrar nada de novo. Para os fãs do Ministry é um registro válido e com algumas informações relevantes e com seus momentos engraçados proporcionados pelo carismático Alain Jourgensen. E para quem chega sem nunca ter ouvido ou escutado a banda pode sair com aquela sensação de dejà vu proporcionada pela falta de inventividade do documentário.