Crítica: Guerra dos Sexos (2017)

Confesso que não sabia de quase nada antes de assistir A Guerra dos Sexos, portanto foi uma grata surpresa (e um pouquinho de ignorância da minha parte) descobrir que se trata de uma história baseada em fatos.

Dirigido pela dupla Jonathan Dayton e Valerie Faris (Pequena Miss Sunshine), o filme retrata a vida da tenista Billie Jean King (Emma Stone) durante o ano de 1973, em que participa de uma partida contra Bobby Riggs (Steve Carell), um ex-campeão e apostador que criou este evento apenas para ganhar dinheiro, mas que acabou se tornando um episódio importante na história do esporte e principalmente na igualdade de gêneros nos Estados Unidos.

Apesar do título fazer referência a essa partida, o filme é muito mais focado na história de Billie Jean, o que é ótimo, já que sua trajetória é muito interessante e Emma Stone está excelente no papel, mais contida e revelando-se uma atriz cada vez mais versátil. Além dela, é legal ver atrizes interessantes como Sarah Silverman e Elisabeth Shue em papéis diferentes do que costumam interpretar.

O roteiro de Simon Beaufoy (127 Horas) desenvolve bem os personagens, e olha que são vários, mas nenhum deles se encaixa em típicos estereótipos, erro que normalmente ocorre em comédias, como a ex-mulher chata ou o marido ciumento, etc. A fotografia de Linus Sandgren (vencedor do Oscar de melhor fotografia esse ano por La La Land) também merece destaque, e se encaixa bem no mundo ensolarado dos diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris.

Apesar de Guerra dos Sexos trazer temas importantes e atuais, ainda assim é um filme leve, divertido e despretensioso. O que poderia ser um drama ou algo mais pesado nos anos 70, hoje pode ser considerado um feel good movie, e isso não é ruim!