Harry Potter e o Calice de Fogo

Mike Newell foi o terceiro diretor a se aventurar na franquia de Harry Potter nos cinemas. Seu ponto mais positivo foi ter respeitado um detalhe sutil dos livros: o cabelo de Harry estava sempre desarrumado. Quem conferiu A Ordem de Fênix ou O Prisioneiro de Azkaban sabe que essa “regra” foi solenemente ignorada. Outro ponto a ressaltar é que Newell foi o diretor que inseriu menos doses de humor fácil na trama. Óbvio que elas ainda estão lá (a cena em que Harry baba ao trocar olhares com Cho Chang), mas menos que nos outros filmes.

Após conferir o último filme (O Enigma do Príncipe) fiquei com a sensação de afinal de contas, os filmes não são realmente ruins. J.K. Rowling interferiu nos roteiros e mostrou que sabia exatamente onde queria chegar com a sua história. Não se pode querer comparar com os livros, mas são filmes dignos e que (com muito custo) acabaram fazendo jus à história. Tudo por conta dos detalhes, os tão amados detalhes.

Apesar dessa repentina mudança de opinião quanto aos filmes, O Cálice de Fogo peca (como todos os outros filmes) por ser rápido demais e deixar passar diversas histórias que poderiam acrescentar bastante no desenvolver da trama. Infelizmente estas falhas nunca serão totalmente perdoadas pelos fãs mais severos. Aliás, é bom dizer que este é o filme em que Alan Rickman menos aparece. Suas cenas são misteriosas e ambíguas, mas fazem total sentido com o futuro de seu personagem. Mais que todos os outros, é até engraçado falar isso, O Cálice de Fogo gira em torno de Daniel Radcliff. Ele leva o filme todo nas costas e conta apenas com a ajuda de uma atuação inspirada de Brendan Gleeson (que interpreta um professor biruta). Destaque para a participação de Robert Pattinson, que ficou conhecido por dar “carne e sangue” para o vampiro Edward Cullen de Crepusculo.

Ah, uma curiosidade para os fãs de Radiohead: o guitarrista Jonny Greenwood e o baterista Phil Sellway fazem parte da banda que toca no Yule Ball.


um dos livros mais aguardados da série…