No dia 25 de Novembro de 2008, o amigo João lançou o seu post sobre o filme Violência Gratuita. Passou em branco para mim, até que o Fred comentou alguma coisa sobre o quanto era bizarro e valia a pena assistir. Logo fui lembrado (ou avisado, como preferirem) de que já havia um post no blog. Para dar um crédito para o Jão, aqui vai o post dele de novo, mas dessa vez, com uma analise da analise. (e o que falta para a gente inventar?) Se você não viu o filme, visite o link acima e não continue a leitura.
Alguém aí duvida que o espectador é mais sádico que todos os roteiristas, diretores e suas respectivas crias para o cinema de horror? O esperto Michael Haneke fez um filme que toca bem na ferida do público e ele mesmo dá suas pistas ao mostrar a interação dos assassinos com quem está assistindo o filme e na famosa cena (que em breve vocês vão ver aqui no Cinema de Buteco) em que um controle remoto mágico é usado (roubaram do Click…) e impede a chance de um final feliz. Em Violência Gratuita, não existe espaço para o final feliz. Tudo tende a se repetir e sem um motivo claro.
Os dialógos entre os dois assassinos são os mais bizarros que já vi nos últimos tempos. De suas origens secretas (em momento algum é explicado de onde eles vieram e os seus motivos) e histórias mentirosas até as discussões sobre o que era ficção e realidade. A verdadeira natureza dos dois jovens é confundir e atropelar a essência do que é concreto e tangível. Tudo é um pequeno jogo divertido, desde o começo até o final.
A tal cena mencionada é a que Ann rouba a espingarda e despedaça metade de Peter. Não sei se concordo com ela ser chocante ou causar prazer. O filme já estava num nível de violência (ou será que sou eu?) que nada mais causaria estranhamento. Mas confesso que não deixou de ser engraçado observar o pequeno psicopata voando pela sala. Só que logo depois surge a exaltação da violência e da surrealidade. Os personagens bonzinhos não tem chance e não podem romper as regras. O destino deles é morrer.
Ficha Técnica:
Violência Gratuita (Funny Games, 2008)
Dirigido: Michael Haneke
Roteiro: Michael Haneke
Genêro: Suspense
Elenco: Naomi Watts , Tim Roth
Trailer: