Garota Infernal

Quando vejo fotos da atriz Megan Fox e comparo com a presença dela no filme Transformers, sinto que tem alguma coisa destoante que causa certo estranhamento. Demorei um tempo para perceber que se tratava do bronzeamento. Tudo bem que ela é linda de qualquer jeito, mas eu prefiro muito mais a Megan Fox fantasminha do que a “uber brazilian color” Mikaela da franquia de Michael Bay. Em Garota Infernal, a atriz ataca do jeitinho que eu gosto e só por isso já temos um ponto positivo no filme escrito por Diablo “Ex-Stripper” Cody.

Li não sei onde que Garota Infernal é a versão de Crepúsculo para meninos. Ok. Primeiro: não é preciso pensar muito para encontrar os motivos que levam alguém a afirmar que os livros de Stephenie Meyer são voltados exclusivamente para menininhas de 15 anos. Mas porque os meninos (heteros inclusos, claro) não podem gostar também? A Bella é gostosinha, vai… Pode ter se apaixonado por um dentuço com cara de peixe morto e que brilha, mas ela é bonitinha e vale (aturar) o filme; Segundo: Garota Infernal está mais para A Mão Assassina versão feminina; Terceiro: quem foi que disse que as mulheres não vão se deliciar com Megan Fox e sua antagonista Amanda Seyfried? Nem mesmo a maior das heteros iria conseguir ignorar o vulcão de sensualidade que transparece a cada sequência do longa. Ou seja, se você leu em algum lugar que Garota Infernal é um filme adolescente idiota para meninos, repense! Pelo menos a parte de ser só para meninos.

Quando surgiram as primeiras notícias da produção, as atenções eram divididas entre “filme de terror da escritora de Juno” e “filme de terror em que a Megan Fox fica pelada” (isso não chega a acontecer durante o longa, mas sempre existem fotos de bastidores – exceto se você for um menino tarado e pervertido de 15 anos de idade, e que irá achar muito mais interessante ver a atriz se insinuando do que chegando às vias de fato. pelo menos é o que eu prefiro nessas condições). Podemos dizer que algumas expectativas foram quebradas – para não dizer estraçalhadas. Parece que Diablo Cody viajou demais na maionese e esqueceu de usar o repertório ácido que lhe rendeu um Oscar pelo roteiro de Juno. Existem sim boas tiradas de humor, mas nada que arranque risadas. A maioria é bem forçada e infelizmente, não funcionou bem. Uma pena. Já Amanda Seyfried só não rouba a cena por conta do turbilhão chamado Megan Fox. Mas verdade seja dita: a loirinha não fica devendo em (quase) nada para a encapetada cheerleader devoradora de ovos de galinha evoluídos.

Só para não dizerem que eu falei de tudo menos da história do filme, aí vai: garota metida a gostosona e com uma paixão velada por sua amiga de infância, resolve assistir a um show de uma banda promissora. O que ela não esperava é que os integrantes tivessem a ambição de serem um grande sucesso e que para isso estavam procurando uma virgem para ser sacrificada em uma oferenda ao capetão. Pois é. O problema é que a cheerleader voltou com o diabo no corpo e com necessidades fisicas agudas. O resultado é muito sangue, mortes, sedução e beijos interessantes. O típico filme de terror adolescente que ninguém mais aguenta ver, mas que não consegue perder de jeito nenhum. O que pode significar uma grande diversão. Ou não.

São 4 caipiriñas.

Ficha Técnica:
Garota Infernal (Jennifer’s Body, 2009)
Dirigido: Karyn Kusama
Roteiro: Diablo Cody
Genêro: Comédia
Elenco:
Megan Fox