Halloween – Ressureição

Existem produtores e diretores capazes das maiores atrocidades com o público e o legado de certos filmes. Michael Myers foi criado por John Carpenter no final dos anos 70 e por muito tempo foi ídolo do público dos slasher`s movies. Em 1998, completando o aniversário de vinte anos do primeiro filme, a turma toda foi reunida para um novo halloween aterrorizante. Completamente aceitável, ainda mais porque o resultado foi bom e divertido. Halloween H20 teria colocado um ponto final na história do assassino nos cinemas, até que…

Quem assistiu H20 sabe muito bem como o filme termina e imagina que uma continuação direta seria um completo absurdo. Jamie Lee Curtis consegue sobreviver aos ataques do irmão e não satisfeita, resolve arrancar a cabeça dele com um machado. Um belo final para a relação dos dois irmãos, mas alguém achou que Michael Myers morreu cedo demais e que ele merecia um novo filme. Para não perder 100% da credibilidade e “ignorar” o final do filme anterior, os roteiristas inventaram uma solução mirabolante para mostrar que Michael Myers está bem vivo e que foi “outra pessoa” que usava a máscara na sequência final de Halloween H20. Para o público sequelado que acha que o Van Damme é um excelente ator, é provável que o roteiro soe como algo genial. Já o restante das pessoas (as normais e que detestam os filmes do Steven Seagal), vai achar uma completa falta de respeito e uma forçada de barra épica.

Halloween – Ressurreição não tem personagens carismáticos, as mulheres quase não ficam nuas e as mortes não tem nenhum pingo de originalidade. O único momento que vale a pena (para rir, mesmo assim) é da sequência em que um dos personagens começa a querer lutar com Myers e sua faca de cozinheiro. Um momento surreal para um filme fraco e que detonou tanto o legado da série que foi preciso um reboot para tentar preservar um pouco do que Halloween representou para o cinema de terror.

Título original: Halloween: Resurrection
Direção: Rick Rosenthal
Lançamento: 2002
Nota: