Minha Vida Sem Mim

Minha Vida Sem Mim foi recomendação da minha amiga Isabelle (do site Muse Brasil). Ela disse que era uma história linda e que merecia ser vista. Pelo que pesquisei sobre o filme, tinha tudo para ser uma daquelas histórias tristes que te fazem chorar até secar a fonte. Mas fiquei apenas na expectativa. Parece que a diretora Isabel Coixet sofreu do mesmo mal de David Fincher em O Curioso Caso de Benjamin Button: faltou pegar pesado no drama e atacar direto na emoção do espectador. A bela história da personagem acaba não emocionando tanto quanto deveria. Uma pena.

Scott Speedman (que está a cara do Kurt Cobain) interpreta um marido em busca de emprego. Tem duas filhas e mora em um trailer atrás da casa da sogra, uma reclamona de marca maior. Sarah Polley interpreta Ann. Ela é esposa, mãe, filha e ainda tem que lidar com um emprego dificil. Embora nunca tenha reclamado da sua vida ao lado do marido, ela se sente vazia e então descobre que vai morrer em três meses. Pronto. Todo o clima para uma história dramática (sem exageros. afinal, não é preciso exagerar na dose para se fazer um filme emocionante) está aí, mas Coixet preferiu uma coisa mais sutil e reflexiva. Longe de dizer que o filme é ruim, definitivamente não é, mas senti falta de uma dose mais pesada de drama. Tudo fica no ar, é fácil absorver, mas não conseguiu me fazer refletir sobre o quanto a vida é importante e rara (amo o Lenine mesmo). Talvez outras pessoas consigam apreciar mais do que eu e só por isso que recomendo!