Nome Próprio

Antes de mais nada, não procurem genialidade nem diálogos profundos ao assistir Nome Próprio. O filme começa com a personagem Camila, interpretada por Leandra Leal, brigando nua com seu namorado, logo após descobrir que foi traída. Ela vai para a casa de um desconhecido (aliás, ela faz muito isso) e o filme prossegue. Adaptação de Máquina de Pinball (2002) e Cama de Gato (2004) da escritora Clarah Averbuck, o filme mostra uma heroína sem aut-estima, sem lar e sem noção. Bebe demais, fuma demais, transa demais com qualquer desconhecido. Pega o namorado da sua amiga, expõe a vida do seu ex no seu blog famoso, mesmo que ela tenha cometido o erro de trai-lo, gasta seu último dinheiro em bebidas, fica pelada 80% do drama, não aceita o emprego de jornalista para tentar escrever seu livro, transa com uma amiga, oferece boquete por um laptop… Esta é a vida confusa cheia de baixos de Camila, que se apaixona fácil perdidamente, que destrói suas relações mais intimas e que possue uma ligação muito forte com a internet.

Não há lição de moral no longa. Às vezes você fica com raiva da protagonista pelas suas atitudes impulsivas-destrutivas. Uma cena de sexo, no final, poderia ser 70% cortada. Não porque é de sexo quase explicito, mas sim pelo fato de não acrescentar em nada a história em si. Aliás, chega a ser entediante. Na última cena, o diretor Murilo Salles deixa uma abertura desnecessária para você pensar sobre o que pode ter acontecido com a Camila. A cena é muito mal feita. O filme não se preocupa com a produção mostrando erros nítidos, como a sombra do câmera numa das cenas de sexo. Nem pela história nem pela fotografia, Nome próprio é um filme fraco que não mostra além da vida de uma perdida. E de filme de mulheres perdidas, tem melhores. Muito melhores.