Uma Mulher (@festivaldorio)


COMEÇAMOS PELA SINOPSE: “A jovem Julie conhece um homem misterioso, que descobre ser o famoso romancista americano Max Oliver. Ele tem vivido perturbado pela recente morte de sua esposa, a dançarina de tango Lucia Giordano. Julie resgata Max de seu luto e se apaixona por ele. Ela aceita seu convite para morar na Itália, apesar do constante medo de estar à sombra da falecida esposa. Em sua nova casa, a insegurança de Julie se transforma em paranoia e obsessão com o fantasma de Lucia. Apenas Max poderá ajudá-la a exorcizar seus demônios.”
Tudo começa por uma sinopse, principalmente quando há um festival com filmes inéditos. E a presença do Willem Dafoe na mesma seção atrai mais ainda para ver o filme, que aparentemente possuia uma boa história.

O filme começa com uma música do Kings of Leon. Bom, apesar de não curtir muito a banda. Na sequência, uma bela moça loira aparece numa livraria e se atrai pelo que o escritor de um famoso livro está dizendo. Até ai, nada demais. Mas aos 10 minutos do filme (que tem 1h40min) começa os furos do roteiro… E as falas sem sentindo.

Do nada o cara se vê apaixonado pela jovem. E mais do nada ainda ele aparece na casa dela (eles já se conheciam? Ao longo do filme você descobre que não. Como ele conseguiu o endereço? Não sei, nem ninguém sabe). E do nada do nada ele a convida para morar na Itália. Sem explicação, ela aceita. E ai começa as cenas sem lógica que mais parecem cenas do Chamado alternados com cenas de um tango demorado, para frisar bem que a ex esposa do escritor era uma dançarina de tango.
A atriz, Jess Weixler, é daquelas que aprendeu a atuar na escola de atores do Sylvester Stallone. Sua naturalidade para falar as frases sem nexo davam risos involuntários no público. Dafoe, que é um bom ator, ficou perdido em algumas cenas. Era tão ridículo que chegava a dar vergonha alheia. Ao sair do cinema, a reclamação unanime do público era: um desperdício de vida.
Um filme que poderia ser condensado em 1h e ter um roteiro mais descente. A diretora italiana mulher de Dafoe, Giada Colagrande, também é roterista deste muito fraco filme. Justifica o fato das falas sem profundidade e de curso de inglês.
Depois deste filme, aprendo a lição: A sinopse do filme às vezes é muito mais coerente que o próprio.

FICHA TÉCNICA:

Nome Original: A Woman
Direção: Giada Colagrande
Produção: Graziano Bruni
Rita Capasa
Frank Frattaroli
Roteiro: Giada Colagrande
Elenco: Willem Dafoe (Anticristo)
Jess Weixler (Teeth)
Stefania Rocca
Lançamento: 2010