10 Filmes Que Completam 30 Anos em 2015

MUITOS DOS NOSSOS LEITORES NASCERAM A PARTIR DE 1985, ou seja, há exatamente 30 anos. Considerando que o tempo passa para a gente, mas nunca para obras inesquecíveis do cinema, confira agora a nossa seleção especial e faça uma visita ao seu passado para se lembrar de como foi a sua experiência de assistir aos filmes lembrados aqui. Conte para a gente!

Veja agora 10 Filmes Que Completam 30 Anos em 2015:

O Clube dos Cinco, de John Hughes

Lançado em 15 de fevereiro

clube dos cinco foto

Cinco adolescentes bem diferentes são levados para passar uma tarde de detenção na escola. No dia a dia, dificilmente eles sequer olhariam um na cara do outro, mas ali, naquela situação foi impossível que uma estranha relação de amizade, respeito e até amor nascesse. Partindo de um tema que John Hughes conhecia muito bem, Clube dos Cinco é uma das obras mais especiais produzidas na década de 1980, e não por acaso entrou na nossa lista de 100 Filmes Favoritos. Se você ainda não saboreou essa produção inesquecível, deixe de lado todas as recomendações que estiverem na frente da fila e assista a este filme.

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Tullio Dias

Brazil – O Filme, de Terry Gilliam

Lançado em 22 de fevereiro

Brazil O Filme

Em 1939, Ary Barroso compôs a canção “Aquarela do Brasil”, diz a lenda, numa noite de tempestade, plantando a primeira semente do samba-exaltação. É uma ode com certa melancolia e, apesar de banalizada, tem uma mensagem clara num português tão lindo quanto incomum. Mensagem esta obviamente deturpada em sua versão internacional (letra escrita por Bob Russell, para Frank Sinatra), que fala de uma noite de amor em Junho passada num “velho Brasil”, e que dá saudade. A alusão de Brazil – o Filme, de Terry Gilliam, é ao Brazil de Bob Russell e não especificamente ao país Brasil, ou sequer a um dito terceiro mundo. O cerne da questão é a patética ilusão de se conceber um primeiro, numa deturpada e inconsequente noção de “desenvolvimento”, este gigante bloco de concreto que avassala campos e corações. Começamos a viagem de Gilliam voando pelas nuvens e então surgem os caracteres: “Algures, no século XX.” Nesta informação está o alerta para a irônica relatividade de espaço-tempo do filme. Um retrofuturismo assumidamente atemporal, que recicla simbologias de diversas épocas e, no fundo, reflete o âmbito de toda projeção distópica: a crise do agora. O que ainda há de injusto, perverso, defeituoso na sociedade do presente.

Leonardo Francini

A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen

Lançado em 1 de março

Woody Allen A Rosa Purpura do Cairo

Há 30 anos ficamos fascinados com a fantasia metalinguística surrealista de Woody Allen. Cecília (Mia Farrow) tem uma vida desafortunada por ter se casado com o canalha Monk (Danny Aiello) e encontra na magia do cinema a sua única válvula de escape, chegando a apaixonar se por Tom Baxter / Gil Shepard (Jeff Daniels), o personagem / ator de A Rosa Púrpura do Cairo, o filme dentro do filme, e de mesmo nome. As diversas situações criadas a partir da divertida premissa da obra entretêm o expectador ao mesmo tempo em que se configura numa grande homenagem ao cinema.

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Leonardo Lopes Carnelos

Os Goonies, de Richard Donner

Lançado em 7 de junho de 1985.

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Se você nunca quis ser um Goonie, é melhor largar tudo o que está fazendo e ver – ou rever – esse clássico da década de 1980. A aventura de algumas crianças prestes a se separarem, já que seus pais serão despejados, envolve uma família italiana maafiosa que é pura comédia, piratas e seus navios, segredos e tesouros, amores, perigos, chocolaaaaaaaateeeee e muita confusão, no melhor estilo Sessão da Tarde. Um filme que desperta a sensação de pertencimento a um grupo, a vontade de fazer história, de promover grandes descobertas e de voltar a ser criança, com toda a fantasia e a aventura que se tem direito.

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Aline Monteiro

De Volta Para o Futuro, de Robert Zemeckis

Lançado em 3 de julho

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De Volta para o Futuro é um marco dos anos 80 que até hoje conta com uma legião de fãs e arrecadou nas bilheterias de todo o mundo mais de US$ 350 milhões. O filme superou as expectativas referente aos efeitos visuais disponíveis na época. Ele conta a história de um jovem chamado Marty McFly (Michael J. Fox) que conhece um cientista visionário (Christopher Lloyd) e parte para uma aventura através do tempo, mais especificamente para os anos 50, com um DeLorean transformado pelo cientista em uma máquina do tempo. O DeLorean é equipado com um dispositivo chamado capacitor de fluxo, que permite que a tal viagem seja possível, e este capacitor funciona a base de plutônio. O problema começa quando Marty precisa voltar para o futuro mas não tem o plutônio. DVPF ganhou Oscar de Melhores Efeitos Sonoros e teve indicação para Melhor Roteiro Original, Melhor Som e Melhor Canção Original.

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Nicole Pádua

Mulher Nota 1000, de John Hughes

Lançado em 2 de agosto de 1985

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Todo mundo que já assistiu filmes da Sessão da Tarde sabe que não é fácil ser o adolescente feio e nerd em um colégio norte americano, não é mesmo? John Hughes era um especialista em retratar a adolescência nos anos 80, e não duvide que o menino desprovido de beleza e inteligente que sempre aparece em seus filmes seja apenas uma caricatura do diretor. Mulher Nota 1000 é uma ficção científica barata, feita naquela época que computador era algo mágico (ele havia acabado de ser lançado em sua versão residencial). Tudo era possível com aquela máquina! Só bastava um nerd para descobrir o que podia ser feito com ela. Com a puberdade gritando, imaginação fértil e a ausência de atenção das gatinhas da escola, o jeito de resolver tudo era uma simulação pelo computador. Por enquanto, tudo é fruto do desejo adolescente que, até então, demoraria a ser realizado. Só que uma tempestade cai e um raio acerta a casa, e a simulação vem à vida e vira uma super mulher, realizando as vontades dos garotos. O filme é ótimo para quem gosta de rir dessas abobrinhas divertidas. Ele é tão bom, que virou série de TV nos anos 90, nos EUA.

Thais Vieira

Depois de Horas, de Martin Scorsese

Lançado em 13 de setembro

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Scorsese é um diretor mais conhecido pelos filmes de mafiosos, como Os Bons Companheiros, mas costuma flertar com outros gêneros do cinema de vez em quando. Há 30 anos, mais precisamente no dia 13 de setembro, o cineasta levou aos cinemas o hilário Depois de Horas, uma comédia de humor negro que apresenta uma série de eventos realmente bizarros com o protagonista, com direito até mesmo a participação dos malucos Cheech e Chong.

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Tullio Dias

O Enigma da Pirâmide, de Barry Levinson

Lançado em 4 de dezembro de 1985

O Enigma da Piramide

Uma escola britânica tradicional, assassinatos em série, um amigo incondicional e um amor impossível formam o cenário ideal para que um estudante aspirante a detetive resolva um grande mistério pela primeira vez. O Enigma da Pirâmide é uma espécie de prequel das aventuras de Sherlock Holmes, a mais bem sucedida criação de Sir Arthur Conan Doyle. Além do clima de suspense e aventura, é curioso notar no filme que os efeitos especiais dignos de premiação foram realizados há 30 anos por uma espécie de pré—Pixar, estúdio que nos encantaria anos mais tarde com animações como Toy Story, Procurando Nemo e Wall—E. Vocês ainda tem dúvida se vale a pena ver e rever este clássico de 1985? A resposta é simples: “Elementar, meu caro Watson”.

Leonardo Lopes Carnelos

Clue – Os sete suspeitos

Lançado em 13 de dezembro

Os Sete Suspeitos

Um jogo de tabuleiro que virou filme. Clue é o filme do jogo Detetive, que fez sucesso entre a garotada de décadas atrás. O objetivo era descobrir, a partir de um número certo de personagens, quem matou quem, em que local de uma casa, com qual arma. Sra. Peacock, Sra. White, Professor Plum, Sr. Green, Coronel Mostarda e Miss Scarlet são convidados para jantar com Mr. Boddy. Lá, descobrem que Mr. Boddy está chantageando cada um dos convidados. É quando aparecem as armas: chave inglesa, faca, cano, candelabro, revólver e corda. A luz se apaga, a confusão se forma e, ao ser acesa novamente, há um corpo no chão. Começa o mistério: quem matou? com que arma? A polícia vai chegar em 45 minutos e muita coisa ainda vai acontecer.

Para quem jogou Detetive, o filme é bastante divertido. A produção não é lá uma maravilha, mas rende umas risadas com as trapalhadas dos personagens. No elenco, Christopher Lloyd, Tim Curry e Lesley Ann Warren (que está a cara da Susan Sarandon)

Aline Monteiro

A Cor Púrpura, de Steven Spielberg

Lançado em 18 de dezembro

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Mais que questões raciais, o foco de A Cor Púrpura está no relacionamento de seus personagens. Com uma Whoopi Goldberg no papel principal em apenas seu segundo filme – no que parece ter sido uma eternidade antes de Mudança de Hábito -, o elenco é completo por Danny Glover, Margaret Avery e até Oprah Winfrey, que já no ano seguinte se tornaria a rainha dos talk shows da TV americana. Todas as atrizes foram indicadas a Oscares e Whoopi levou um Globo de Ouro por sua interpretação.

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Nathália Pandeló