#5- I Am Mother
(Grant Sputore, 2019) Num futuro distópico, uma jovem adolescente é criada por um robô com a função de ajudar na repopulação do planeta Terra. A relação entre robô e jovem é afetada quando uma estranha chega com notícias nada boas…
Em seu primeiro trabalho como diretor, Sputore nos faz recordar de Aliens, de James Cameron, ao usar uma narrativa de ficção-científica como disfarce para falar sobre maternidade e conexões pessoais. E isso é um elogio e tanto para uma estreia.
Disponível na Netflix.
Recomendado para quem gosta de: Filmes com Robôs;
#4- Vingadores: Ultimato
Vingadores: Ultimato (Avengers Endgame, 2019, Irmãos Russo) É muito difícil avaliar Ultimato apenas como um filme, pois a verdade é que se trata do encerramento de uma década de produções da Marvel seguindo uma única saga. É algo sem precedentes no Cinema, o que nos faz olhar para Ultimato como a parte final de mais de 20 outras obras. Misturando ação, aventura e ficção-científica, a batalha final contra Thanos é capaz de emocionar aqueles que conviveram com esses heróis desde 2008 e mantém aquela tradicional dose de humor irresistível.
Não sei dizer se gostei tanto de Vingadores Ultimato por tudo que ele significa ou se pelos méritos individuais da obra, mas a grande pergunta é como se analisa esse filme por si só e ignora todo seu passado?
A coerência está em aceitar Ultimato como o capítulo final de uma longa série cinematográfica que depende MUITO dos seus episódios anteriores para fazer 100% de sentido na mente do público. Seria injusto avaliar uma série apenas pelo seu episódio final (estou olhando para todos vocês que criticam LOST) e deixar de levar em consideração tudo que passamos para chegar lá.
A única certeza é que você precisa experimentar, definitivamente.
Recomendado para quem gosta de: Filmes de viagem no tempo; Marvel; Revisitar seu passado e quem você era quando viu os filmes da Marvel pela primeira vez
3- Ad Astra: Rumo às Estrelas
(Ad Astra, James Gray, 2019) O astronauta Roy McBride aceita uma missão além do sistema solar para descobrir a verdade sobre o seu pai desaparecido e sua relação com uma ameaça para todo o universo.
Acostumado a dramas familiares e pessoais mais intimistas, o diretor e roteirista James Gray já havia partido para um projeto de proporções maiores com Z: A Cidade Perdida (2016). Três anos depois, ele mistura as duas propostas: um filme caro, visualmente ambicioso, mas ainda sim uma história totalmente focada em um sujeito e suas questões. Ad Astra (2019) tem, além de qualidades técnicas, a presença de um Brad Pitt maduro, segurando a obra nas costas. (Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro)
Recomendado para quem gosta de: High Life; Solaris; Lunar; Gravidade; Filmes de dramas existenciais no espaço; Filmes sobre autoconhecimento
#2- High Life
(Claire Danes, 2018) Um pai e sua filha tentam sobreviver vivendo totalmente isolados no espaço.
Dirigido pela francesa Claire Denis e com atores de peso no elenco como Juliette Binoche e Robert Pattinson, High Life aborda a paternidade e a solidão de uma maneira nada convencional. No longa acompanhamos criminosos selecionados como cobaias que partem em uma nave, liderada pela cientista Dibs (Binoche), rumo ao espaço e cujo objetivo é chegar a um buraco negro para coletar informações do mesmo.
Com um ritmo lento que talvez lembre filmes como Solaris ou Lunar, High Life nos apresenta personagens interessantes e como estes se comportam diante daquele cenário insalubre.
A parte sonora é incrível, assim como a fotografia que alterna entre as cores frias do presente e flashbacks quentes da vida passada dos prisioneiros e o motivo que os fizeram parar ali. Destaque para os minutos iniciais dedicados apenas para mostrar o cuidados que Monte (Pattinson) tem com sua filha, que além de segurar boa parte do longa, ainda se mostra um bom cantor.
High Life pode não agradar a todos, mas garanto que será uma experiência no mínimo interessante; um passeio pela psique humana quando esta é sujeita a contemplar o seu próprio vazio. (Heliezer Soares)
Recomendado para quem gosta de: Ad Astra; Solaris; Lunar; Gravidade; Filmes de dramas existenciais no espaço; paternidade
#1- A Luz no Fim do Mundo
(Light of My Life, Casey Affleck, 2019) Casey Afflek estrela, escreve e dirige aquele que podemos colocar facilmente como um dos destaques “alternativos” da temporada 2019, fazendo companhia a Midsommar, Doutor Sono, dentre outras obras menos badaladas e citadas em listas de final de ano.
Luz no Fim do Mundo apresenta o pai de uma criança num mundo em que todas as mulheres morreram e com isso, a população mundial começa a entrar em declínio. Como sua criança é um pequeno milagre, Affleck precisa se esforçar para protegê-la de outros homens desprovidos de boas intenções. Lembrando bastante A Estrada, com Viggo Mortensen, o filme acerta em cheio na ambientação da trilha sonora, que deixa o espectador vidrado na tela. Affleck mostra uma sensibilidade ímpar para retratar a relação paterna, com longas cenas em que ele compartilha histórias com sua criança.
Temos aqui um longa-metragem que foge do lugar comum da ficção-científica e investe principalmente no drama pessoal de seus protagonistas, sem precisar dedicar tempo explicando o que houve ou tentando buscar a “cura” para a extinção que parece se aproximar da humanidade. Filmaço.
Recomendado para quem gosta de: A Estrada, de John Hillcot; Last of Us (game do Playstation 3); Filhos da Esperança; Filmes sobre futuros distópicos