As principais decepções cinematográficas de 2016

Por mais que sempre tentemos não criar expectativas sobre novos filmes, basta um trailer, ou uma campanha de marketing mais insistente, para surgir aquela ansiedade. Se o filme é bom, todos ficam satisfeitos e o problema está resolvido – caso de Rogue One (2016), que traz uma carga enorme por ser parte do universo de Star Wars. Mas, se o filme não é bom, é aquela decepção! Não necessariamente o pior do ano, mas um golpe nos espectadores.

Abaixo, seguem as cinco maiores decepções de 2016, todos com uma rápida explicação do porquê de estarem na lista. Para a crítica completa (dos que têm), clique no título.

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Nota do editor: A lista de Principais Surpresas e a lista de Principais Decepções são baseadas na opinião de dois críticos que foram ao cinema com expectativas prévias em relação aos filmes mencionados, e acabaram surpreendidos de uma maneira positiva ou negativa após assisti-los. De maneira alguma, as duas listas representam os “melhores” ou os “piores” filmes do ano.

Esclarecido isso, apreciem sem moderação!

Top 5 – As principais decepções do cinema em 2016, por Marcelo Seabra (O Pipoqueiro)

Banner Coringa Esquadrao Suicida

Esquadrão Suicida – ao contrário da Marvel, a DC parece perdida no Cinema, nos fazendo passar raiva com coisas como esse Esquadrão Suicida, que trai as próprias premissas que estabelece. Uma burocrata do governo resolve reunir um grupo de criminosos para combater uma ameaça que acaba surgindo deles mesmos, algo que faria os Power Rangers ficarem envergonhados.

Batman vs Superman – mesmo depois do fraco Homem de Aço, um encontro entre ícones da infância de muita gente joga nas alturas as expectativas. Mas a mão de Zack Snyder foi mais forte e BvsS conseguiu desapontar, resultando num embate vazio e confuso, com vilões ruins e conclusões piores.

O Caçador e a Rainha do Gelo – parecia uma boa ideia se afastar da Branca de Neve e contar uma história à parte, ainda que no mesmo universo. Com três ótimas atrizes, o cenário era melhor ainda. Mas o resultado é uma canseira confusa, que não traz novidade alguma e tenta fazer graça com um humor rasteiro e fora de lugar.

Café Society – um elenco fantástico nas mãos do prolífico Woody Allen não necessariamente resulta em algo marcante. Com uma média de um novo filme por ano, o diretor e roteirista é lembrado por ótimas produções, mas as medíocres continuam rondando seu currículo. Assim como a série que lançou esse ano, Crisis in Six Scenes, esse Café Society não chega a lugar nenhum, contando histórias que se encavalam e não se resolvem.

Assassino a Preço Fixo 2 – o dinheiro falou mais alto e uma aventura bacana de 2011 ganhou uma continuação formulaica na qual o protagonista, um assassino do mais alto gabarito, aceita uma missão… por que mesmo? Furado de um lado a outro, o longa não empolga nem mesmo seus atores, que parecem constrangidos e doidos para passarem logo para o próximo projeto.

Menção Desonrosa:

A Última Ressaca do Ano – com alguns atores aparentemente engraçados no elenco, era de se esperar ótimas piadas. Mas passamos a sessão toda com aquele projeto de sorriso no rosto, esperando que ele se confirme, mas nada que justifique acontece. A festa de Natal do escritório só consegue produzir violência e situações previsíveis, nada nem perto de engraçado.

Top 5 – As principais decepções cinematográficas de 2016, por Tullio Dias


Tremenda frustração. O novo Bruxa de Blair não passa de um dos grandes fiascos da temporada, quando poderia ter se revelado como a principal surpresa de 2016. Anunciado de repente e surpreendendo toda a indústria, o longa-metragem chamou a atenção dos fãs de terror pela assinatura do cineasta Adam Wingard (Você é o Próximo).

Contrariando as expectativas negativas e tentando esquecer o segundo filme, fiz um esforço tremendo para me convencer que esse Bruxa de Blair seria tão bom quanto o primeiro. Cheguei até a dizer que tinha fé que poderia ser um dos fortes candidatos a melhor filme de terror do ano. Pois bem. A Bruxa de Blair é nada mais que uma das maiores decepções de 2016.


Queria continuar a lista falando de Esquadrão Suicida, mas o Marcelo cuidou disso logo acima. Posso trocar a frustração por outra equipe de heróis. X-Men: Apocalypse é mais broxante do que garotas com filtro de cachorro mostrando a língua (com uma ou outra exceção, vejam bem). Bryan Singer nos deixou tão mal acostumados depois da qualidade de Dias de um Futuro Esquecido, que até ele mesmo parece ter se esquecido como contar uma boa história. Pior é que esse longa ainda entrou numa polêmica por exibir a imagem acima como material de divulgação, o que foi visto como um comportamento machista e que estimulava a violência contra mulheres – independente do fato de Mística confrontar o grande vilão Apocalypse.


Agora frustrante mesmo foi a tão esperada adaptação do romance Celular, de Stephen King. Em tempos que os zumbis estão mais populares do que nunca, era de se esperar que John Cusack e Samuel L. Jackson pudessem ter a sorte de corrigirem a péssima impressão deixada na primeira vez em que se reuniram para filmar juntos um romance de King (em 1408). Celular é uma obra rasa e desprovida de qualquer emoção, além de um roteiro bobo e uma frieza que não permite que o público se interesse ou importe com seus protagonistas.

Parece até que estou falando da lista de piores filmes do ano. Credo. Orgulho e Preconceito e Zumbis é de um tremendo mau gosto, além de uma qualidade duvidosa para uma obra irreverente que transformou o escritor Seth-Grahame Smith num queridinho da indústria. Mas preciso ser sincero e dizer que estou parecendo vira-lata que apanha do dono e volta com o rabinho entre as pernas: para uma obra recheada de problemas nos bastidores e que quase foi cancelada diversas vezes, não tinha como ser diferente.

Guily pleasure do ano, Independence Day 2 é um blockbuster bobão cheio de efeitos visuais de primeira e humanos trocando tiros contra alienígenas. Fãs de games ficarão alucinados, assim como quem é apaixonado pelo filme original, cuja “idiotice” foi herdada com juros nessa sequência bastante divertida e indicada para quem é feliz o suficiente para rir do fato de ter gastado muito dinheiro para ver isso nos cinemas em tempos de crise.

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