O Cinema de Buteco revisitou a filmografia completa do cineasta Wes Anderson para apresentar um pouco de sua trajetória para aqueles que ainda não o conhecem muito bem.
WES ANDERSON É UM DOS DIRETORES MAIS INTERESSANTES da atualidade, com um estilo muito marcante e uma assinatura única. Seus travellings, seus personagens centralizados e a quase sempre presente narração são imediatamente reconhecíveis. Relembre no nosso especial a carreira desse cineasta que um dia foi chamado pelo próximo Scorsese de “o próximo Scorsese”.
Pura Adrenalina (1996)
Pura Adrenalina é o primeiro longa metragem do Wes Anderson. É o ponto mais baixo da carreira do diretor, o que é compreensível, já que além de ser o primeiro, o diretor tinha apenas 27 anos. Não que o filme seja ruim, é apenas inferior às outras obras do diretor. (João Golin)
Três é Demais (1998)
Três é Demais, como segundo longa-metragem de Wes Anderson, foi responsável por servir como o chute na porta do diretor. Se em Pura Adrenalina ele imprimiu seu estilo narrativo, foi neste filme que ele ganhou uma legião de fãs, graças à estranha doçura e naturalidade com que narrou a jornada do adolescente Max Fischer (Jason Schwartzman), numa narrativa que nos apresentou às primeiras sequências e personagens memoráveis do diretor. Herman Blume que o diga. (Leonardo Lopes)
Os Excêntricos Tenenbaums (2001)
Os Excêntricos Tenenbaums é considerado por muitos como a grande obra-prima de Wes Anderson. Particularmente não sei se concordo com isso, mas creio que é certamente um dos melhores da carreira do cineasta texano. As atuações são fantásticas, e o estilo do cineasta está impregnado na película e no universo peculiar em que se passa o filme. (João Golin)
A Vida Marinha Com Steve Zissou (2004)
A Vida Marinha com Steve Zissou não é o melhor filme de Wes Anderson – na verdade é mediano – mas possui uma trilha sonora composta principalmente por versões de músicas do David Bowie na voz do Seu Jorge, que impressionaram até o próprio Bowie. A atuação do Bill Murray também é excelente, como de costume. (João Golin)
Viagem a Darjeeling (2007)
Viagem a Darjeeling talvez seja o único trabalho subestimado do querido Wes Anderson. Nesta fábula pitoresca, o diretor desconstrói o estereótipo conservador dos laços sanguíneos de irmandade – o que é um traço recorrente do autor, quando trata de relações familiares -, criando uma relação complexa e peculiar – evidenciada pelo cenário quase único – entre seus três irmãos protagonistas, vividos por Adrien Brody, Owen Wilson e Jason Schwartzman. E a brincadeira metalínguistica com Bill Murray é bastante divertida. (Leonardo Lopes)
O Fantástico Sr. Raposo (2009)
O Fantástico Sr. Raposo é a única animação de Wes Anderson, mas não é por ser uma animação que não contenha os principais elementos da carreira do diretor: os problemas familiares, os travellings, os personagens centralizados. O design de produção é fantástico, e todo o universo criado para a história é fascinante. Não é por acaso que é um dos filmes mais populares do diretor. (João Golin)
Moonrise Kingdom (2012)
Moonrise Kingdom é um conto sobre amor e inocência, resignação e amizade. Não que a moral seja o objetivo da obra de Wes Anderson. Ele conta fábulas fantásticas cujas peças fazem sentido, pois falam de pessoas e sentimentos reais. O amadurecer sempre esteve presente em seus filmes, e é uma idiossincrasia, ora trágica, ora cômica, mas muito própria que dá sentido ao seu mundo. O mérito de Anderson está em criar um universo tanto estranho quanto familiar. Talvez porque de loucos, todos temos um pouco. (Nathália Pandeló) – Leia a crítica completa
O Grande Hotel Budapeste (2014)
O cinema de Wes Anderson é o traço literário em seus movimentos mais surrealistas, é o exagero teatral, é a ultra-plasticidade visual. Uma reunião, nem sempre equilibrada, e talvez por isso mesmo, sempre encantadora. (Leonardo Lopes) – Leia a crítica completa