RetrospectivaButeco2014 #3 – Os melhores personagens digitais de 2014

A CADA ANO QUE PASSA, MAIOR É A QUANTIDADE (e, ainda bem, a qualidade) – de personagens criados por computação gráfica povoando as telas de cinema. De gigantescos animais a robôs geniais – sem esquecer dos simpáticos vegetais – eles podem ser, por dentro, uma mera combinação de zeros e uns, mas por fora são capazes de expressar mais emoções do que muitos dos indivíduos de carne e osso com os quais contracenam.

Esta é a homenagem do Cinema de Buteco aos melhores personagens digitais do cinema em 2014, e às mentes brilhantes – pertencentes a indivíduos, sim, de carne e osso – que os conceberam:

5- Smaug (O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos)

Smaug Hobbit Batalha dos Cinco Exércitos

Para compensar a ausência desta lista em 2013, não seria possível imaginar uma seleção de personagens digitais mais marcantes do ano sem mencionar o dragão Smaug. Com a voz do excelente Benedict Cumberbatch, o personagem é um dos principais trunfos da nova trilogia baseada na obra de Peter Jackson. Ele foi apenas uma sombra ameaçadora e destruidora na primeira parte, salvou o segundo filme de ser um fiasco, e retorna para mostrar a sua ira no encerramento de O Hobbit nos cinemas. – Tullio Dias

4- Soluço e Banguela (Como Treinar o Seu Dragão 2)

Soluço e Banguela Como Treinar Seu Dragão 2

O primeiro Como Treinar o Seu Dragão foi um ótimo filme, daqueles que te fazem sonhar com um mundo diferente, que te surpreendem e te cativam. A missão de superar o primeiro era difícil, mas o segundo filme conseguiu ser melhor por causa da evolução de seus dois personagens principais, Soluço e Banguela. Como Treinar Seu Dragão 2 se passa cinco anos depois do final do primeiro e já no seu começo podemos perceber como seus personagens evoluíram. E o mais impressionante é que durante o filme eles evoluem e crescem ainda mais, talvez mais ainda que nos cinco anos anteriores! – Matheus Abade

3- TARS (Interestelar)

TARS Interestelar

Os robôs retratados em Interestelar, de Cristopher Nolan, são um dos grandes acertos do filme, tanto pela personalidade ajustável quanto pelo design incomum. A possibilidade de ajustar os níveis de sinceridade, humor e discrição são uma clara referência a Marvin, o robô depressivo de O Guia do Mochileiro das Galáxias, e além disso trazem ao espectador novas possibilidades de interface homem-máquina nunca antes vista no cinema, sem descambar para o alívio cômico da dupla R2-D2/C-3PO de Star Wars. O filme é dramático demais e tal alívio cômico não cairia bem.

O design prismático de TARS causa estranhamento a princípio, e cheguei a ver algumas pessoas comparando seu formato ao icônico monolito de 2001: Uma Odisséia no Espaço. Eu particularmente imagino que a ideia de seus criadores foi mesmo fugir dos formatos humanoides já amplamente explorados na ficção científica. Quando o robô entra em ação numa emergência é que realmente ficamos a par do que ele é capaz. – Leonardo Lopes Carnelos

2- Groot (Guardiões da Galáxia)

Groot Guardiões da Galáxia

Poderíamos mencionar também o Rocket Raccoon, mas porque negar que o detalhe mais incrível do longa-metragem é o carisma e charme da árvore humana Groot? Guardiões da Galáxia surpreendeu muito pelo seu timing cômico (uma tradição das produções da Marvel) e grande parte do sucesso está nas cenas em que Groot é simplesmente… GROOT. – Tullio Dias

1- Koba (Planeta dos Macacos: O Confronto)

Koba Planeta dos Macacos O Confronto

Estamos acostumados a ver no cinema diversos personagens digitais marcantes. Desde Gollum, em O Senhor dos Anéis, somos surpreendidos com apresentações cada vez melhores, mais realistas e convincentes. Em 2014, Andy Serkis viveu novamente o chimpanzé Caesar, mas quem chamou a atenção mesmo foi Toby Kebbell, que interpretou o perturbado macaco Koba. Com caras e bocas, e expressões profundas e sombrias, o vilão é o ponto alto de Planeta dos Macacos: O Confronto e garantiu a merecida primeira posição em nossa lista. – Tullio Dias

Prêmio especial: Scarlett Johansson (Ela & Lucy)

Scarlett Johansson Lucy

Scarlett Johansson brincou de ser digital este ano. Primeiro, como uma entidade digital que roubou (para posteriormente destroçar) o coração de um pobre solitário que redescobriu o amor com sua companheira inseparável. Você, querido leitor ou querida leitora, poderia exclamar bem alto: “Mas hey! Vocês estão roubando!”, e a gente responderia de volta: “Sim, estamos! Vai uma cerveja aí?”.

Em um segundo momento, Johansson voltou aos cinemas no sci-fi de ação Lucy, onde ela literalmente se transforma em tudo, todos e qualquer coisa. Sem dúvida nenhuma no coração, assim como não existe questionamento na hora de escolher qual cerveja pedir no buteco, Scarlett Johansson foi o principal destaque digital de 2014. – Tullio Dias