Cheatin’
Medalha de Prata na nossa lista das 10 melhores animações de 2015, Cheatin’ narra uma tórrida história de amor que descamba para ciúmes, mal-entendidos e traição. Mas em vez de um melodrama de novela mexicana, temos o estilo inconfundível do lendário Bill Plympton, que desenhou o filme inteiro praticamente sozinho. Lascivo e surrealista, é uma das animações mais originais – e, infelizmente, negligenciadas – de 2015. Mantenha longe das crianças.
(Lucas Paio)
Onde encontrar: Vimeo On Demand
A Ressaca 2
Continuações geralmente cumprem o papel de serem piores que o original, ainda mais quando o lançamento acontece de maneira discreta e sem muitos veículos falando sobre. Felizmente, A Ressaca 2 é tão ou mais engraçado quanto o primeiro e nem mesmo a ausência de John Cusack diminui a graça da nova aventura sci-fi que desta vez se passa num futuro em que as coisas deram muito errado. E a química entre esse elenco é outro show a parte que garante a recomendação: é sempre bom assistir a reencontros de grandes amigos que parecem se divertir muito em cena. (Tullio Dias)
O Apostador
Mark Wahlberg é um ator 8 ou 80. Ou você ama ou odeia. Faço parte da primeira turma e convido todos que torcem o nariz para o ator a começarem a mudar essa opinião com o excelente suspense O Apostador, que apresenta a história de um professor viciado em jogos e fica devendo a maior grana para um pessoal barra pesada. Ainda que a produção falhe ao tratar com distanciamento o drama de um viciado, temos um verdadeiro show de Wahlberg e um roteiro espertinho recheado de sacadas espirituosas e isso faz valer a pena gastar um tempinho mergulhado nesse universo em que as coisas podem dar muito erradas a qualquer momento. (Tullio Dias)
No Auge da Fama
Chris Rock tem história aqui no Cinema de Buteco, afinal a crítica de Acho que eu Amo a Minha Mulher foi uma das primeiras a serem publicadas. Em No Auge da Fama, Rock dirige, escreve e estrela a história de um comediante decidido a tentar uma carreira séria e que precisa lidar com o assédio da imprensa, já que a sua noiva quer transformar o casamento dos dois em um reality show. Engraçado, com atuações inspiradas e uma bela mensagem de amor, No Auge da Fama é uma das principais comédias do ano e um dos grandes filmes que não passaram nos cinemas. (Tullio Dias)
Hacker
Hacker não é uma obra indispensável nem mesmo no currículo de Chris Hemsworth, quanto mais na rica filmografia de Mann. Como um suspense policial sobre crimes virtuais, a produção peca ao não nos apresentar de fato um inimigo e mesmo ao tentar nos convencer que o perigo está além de nosso alcance, nas informações transferidas pela rede mundial dos computadores. O roteiro até ousa ter a indecência de introduzir um protótipo de vilão, mas é apenas um detalhe a mais para incomodar os cinéfilos mais calejados ao mesmo tempo que consegue deixar os fãs do gênero de ação entusiasmados por terem alguém para torcer contra. (Tullio Dias)
Dope – Um Deslize Perigoso
Existe um certo pré-conceito relacionado com filmes produzidos por negros na indústria do cinema. Acabam se tornando obras com um target muito específico e temas repetitivos, o que afasta a turma com a cabeça menos aberta para mergulhar nessas produções. De qualquer forma, Dope – Um Deslize Perigoso é uma verdadeira quebra desse conceito conservador, preconceituoso e ultrapassado. Com um senso de humor afiado, o filme brinca exatamente com os esteriotipos que impedem um negro de ser nerd ou não ter interesses por drogas ou esportes. Pena que foi lançado diretamente em home video e poucas pessoas tiveram acesso ao longa-metragem. Fica a nossa dica! (Tullio Dias)