Tullio Dias e os filmes assistidos em abril

DIGAMOS QUE O MÊS DE ABRIL NÃO FOI LÁ MUITO PRODUTIVO PARA A MINHA TELEVISÃO. Foram menos de 20 filmes assistidos, mas se for comparar com o que a Juliana Vannucchi e o Lucas Paio mandaram até agora, estou no lucro.

A culpa da baixa produção foi minha entrada como apresentador no podcast Walking Cast do site Fear the Walking Dead Brasil e também o começo da produção de um programa sobre Game of Thrones no Cinema de Buteco: o hanGOT. Acabei até pisando no freio na minha produção de críticas de cinema: prestes a completar 1000 artigos na carreira, estacionei faltando oito críticas. Esse mês vai! 

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A contagem dos filmes inclui as obras vistas em janeiro, fevereiro e março (todas devidamente registradas e comentadas). Os títulos grifados serão considerados em nossas listas de Melhores do Ano; em itálico estarão os filmes a que assisti pela primeira vez; e os que não tiverem nada… bem, acontece.

Enfim, confira agora a minha lista completa de recomendações com o que assisti em abril:

127- How to Plan an Orgy in a Small Town: Demorei 11 dias para finalmente ver um filme no mês de abril. Sinto que a minha disputa pessoal contra o Alex irá ficar abalada nesse período, mas pretendo correr contra o tempo e voltar a produzir loucamente. Falando sobre a obra, que comédia alternativa bobinha e divertida. É como se fosse uma comédia romântica inocente produzida pela Capricho. Bom passatempo que faz jus para o nome, embora não inclua cenas de sexo. (3/5)

128- The Invitation: acho que esse é um dos meus filmes de terror favoritos do ano porque trabalha bem demais com a questão do fanatismo religioso, um tema que muito me interessa. Falei deles em duas oportunidades diferentes no site (trailer e 5 filmes sobre noites infernais) e recomendo muito para fãs de terror. (4/5)

129- Horas Decisivas: Por mais que eu goste de filmes com desastres naturais, acho que faltou alguma coisa para tornar esse aqui memorável. Angustiante e surpreendente sim, mas não o suficiente para a gente pensar nele semanas depois. (3/5)

130- Diary of a Teenage Girl: Que filme épico sobre descobertas sexuais, experiências muito erradas e paixões platônicas na juventude. São obras assim que precisamos mais vezes: o nível de realismo das frustrações dos protagonistas é arrepiante. (3/5)

131- Quem tem Medo de Virginia Woolf?: em abril iniciei uma pequena pesquisa sobre os melhores títulos lançados nos cinemas em 1966 para um material inédito que vem por aí. Aproveitei para finalmente assistir à estreia de Mike Nicholls (diretor de Closer) na cadeira de diretor. Em breve teremos a crítica completa aqui. (4/5)

132- Persona: Mais um clássico do cinema de 1966 que eu nunca havia tido a chance de assistir. Na verdade, sendo bem sincero, não sou um profundo conhecedor de Ingmar Bergman como alguns dos integrantes do Cinema de Buteco. Tanto que a única coisa marcante do filme foi o incrivelmente sensual desabafo sobre uma pulada de cerca na praia. (3/5)

133- Uma Loura por um Milhão: Ah, o cinema de Billy Wilder! Tinha algum tempinho que não me deliciava com uma de suas narrativas e essa maratona de 1966 foi bem vinda para me apresentar a primeira produção estrelada por Walter Matthau e Jack Lemon juntos. (4/5)

134- Invasão a Londres: Se eu tivesse que entregar a minha lista de piores filmes do ano esse mês, a segunda tentativa de Gerard Butler imitar Bruce Willis estaria presente com louvor. Não por ser um péssimo espécime de ação, mas por ser uma das coisas mais desprovidas de graça que assistir em 2016. (2/5)

135- Fahrenheit 451: se não existisse um certo faroeste chamado Três Homens em Conflito, esse longa-metragem de François Truffaut facilmente garantiria o seu lugar no topo dos melhores filmes lançados em 1966: sci-fi distópico arrepiante sobre um futuro em que os livros são proibidos pelo governo e os bombeiros têm a missão de queimar cada exemplar que encontrarem. (4/5)

136- Armadilha do Destino: Abril foi proveitoso pela oportunidade de matar saudade de dois cineastas que adoro: Billy Wilder e Roman Polanski, diretor dessa divertida comédia sobre um sequestro que dá muito errado. Diversão garantida com diálogos afiados, personagens interessantes e a sempre genial direção de Polanski. (4/5)

137- Alfie:
extremamente politicamente incorreto, o Alfie original de 1966 é um daqueles filmes irresistíveis que a gente aprende verdadeiras lições de vida. Detalhe é que nunca pensei que Michael Caine pudesse ser um tipinho sedutor. Toda a ironia característica dos personagens do ator já está presente, mas a parte de galã é uma grata novidade. (4/5)

138- O Retorno dos Mortos-Vivos:
me pergunto como foi que demorei tantos anos para assistir a esse clássico do humor-negro trash bagaceira. Na verdade, eu só assisti porque foi uma “ordem” do meu editor no Fear the Walking Dead Brasil: afinal, preciso estar calibrado para apresentar o Walking Cast, o podcast oficial do site, né? (4/5)

50tons

139- 50 Tons de Cinza: Mais de um ano depois, 50 Tons de Cinza continua um entretenimento raso que nos faz rir de vergonha alheia ou por simplesmente porque é o primeiro pastelão porno suave da história. Sei lá. (2/5)

140- Mamãe é de Morte:
minha pesquisa com psicopatas ficou seriamente comprometida em abril e essa comédia hilária de humor negro foi um dos dois únicos momentos que tive para adicionar títulos para a minha seleção: o artigo completo será publicado em junho. (4/5)

141- Capitão América: Guerra Civil:
estamos diante o melhor exemplar de cinema da Marvel até o momento. Isso não significa grande coisa, eu sei, mas Guerra Civil é um thriller político arrepiante e com muitas cenas de porrada. Além de ter a estreia do melhor Homem-Aranha de todos os tempos. (4/5)

142- Retratos de uma Obsessão:
além de Mamãe é de Morte, esse suspense estrelado por Robin Williams foi o outro momento em que pude dedicar atenção para a minha lista de psicopatas. Apesar de ser um belo longa-metragem comandado por Mark Romanek, Retratos de uma Obsessão não me parece um bom exemplo para aparecer entre os 51 melhores filmes sobre o tema. (3/5)

143- Reencarnação do Sexo:
Era uma madrugada de segunda-feira, pós-Game of Thrones e zapeava pelos canais até chegar nesse curioso título nacional de 1982. Mesmo com todo o meu interesse pelos dois temas (e a improvável chance de ambos estarem juntos no nome do filme), o que garantiu o meu interesse foram os efeitos visuais toscos e diálogos surreais. O resultado foi um dos filmes mais divertidos a que assisti em abril. (4/5)

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