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Invocação do Mal: O Último Ritual promete encerrar a saga Warren, mas entrega só sustos reciclados e um espelho de brechó amaldiçoado

O universo Invocação do Mal decidiu fechar as cortinas — ou pelo menos fingir que está se despedindo — com O Último Ritual, filme que prometia ser o grand finale da história de Ed e Lorraine Warren, mas que mais parece um compilado de sustos que já vimos em 2013, 2016, 2021 e… você entendeu. O problema não é o espelho amaldiçoado, nem os fantasmas surtados: o problema é a gente já ter visto esse filme antes. Várias vezes.


️ Sobre o que é Invocação do Mal: O Último Ritual?

Inspirado no caso da família Smurl, o filme nos leva de volta a 1986, quando um espelho sinistro chega a uma casa na Pensilvânia e, surpresa!, começa a provocar fenômenos demoníacos. O problema? Ed e Lorraine estão aposentados (de novo), o roteiro os mantém afastados da trama por quase uma hora e a coisa só começa a engrenar quando o padre amigo do casal morre de forma suspeita — porque claro, em Invocação do Mal, nada une mais as pessoas do que um bom enforcamento espiritual.

Judy, a filha do casal, agora adulta e com dons herdados da mãe, tem visões perturbadoras e decide intervir. E quando a coisa esquenta, todos acabam de volta ao ponto de sempre: invocando orações, lutando contra forças demoníacas e tentando conter um objeto amaldiçoado — desta vez, um espelho que parece ter saído direto do set de Oculus.


Para quem é?

Se você coleciona bonecas Annabelle, sabe o nome de todos os demônios do universo Conjuring e acha que todo filme de terror devia ter a Vera Farmiga chorando em câmera lenta, então essa despedida pode ser emocionante. Mas se você esperava algo realmente novo, inovador ou ao menos assustador… talvez seja melhor rever o primeiro filme e fingir que a franquia terminou ali.


Quem está no elenco?

Patrick Wilson e Vera Farmiga continuam firmes e dignos, mesmo quando o roteiro parece escrito por um ChatGPT que só aprendeu três truques: subir escada no escuro, vidro quebrando sozinho e criança vendo demônio no espelho. Mia Tomlinson dá vida à filha Judy, com direito a trauma hereditário e casamento marcado — porque não existe possessão que impeça um bom plot romântico. Ben Hardy entra como o genro em teste e, claro, ajuda no exorcismo final. Porque por que não?


Onde assistir Invocação do Mal: O Último Ritual?

Já disponível nos cinemas e, em breve, em alguma plataforma de streaming com aviso: “baseado em fatos que talvez nem sejam tão reais assim”.


Veredicto: O Último Ritual é bom?

Funciona como tributo visual à trajetória dos Warrens, com boas intenções e uma dose simpática de nostalgia. Mas como filme de terror? É como aquela banda de classic rock que se recusa a inovar: os acordes são os mesmos, os fãs vão cantar junto, mas ninguém sai realmente surpreso. O clímax é genérico, o “grande mistério” do espelho é meio “ah tá bom”, e o final parece querer emocionar mais do que amedrontar.

A cena final, com Judy enfrentando o demônio usando um truque ensinado pela mãe, quase convence… até você lembrar que esse espelho já foi destruído e inexplicavelmente voltou intacto. Como tudo nesse filme. Inclusive a sensação de déjà vu.

Ah, e sim, tem uma última cena nos créditos. Mas não, não muda nada.


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